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Religiões e Confusões

Atualizado dia 3/24/2011 2:41:07 PM em Espiritualidade
por Renato Mayol


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“Somente quando a civilização ascender à maturidade psíquica é que prescindirá dos mecanismos infantis e alienantes cuja matriz é a religião, pois esta infantiliza as pessoas e as arrasta ao delírio de massa”. – Freud.

No início, o homem primitivo, espantado e maravilhado com o sol, a lua, as estrelas, o trovão, o raio, o fogo, as doenças e a morte, procurou nas divindades o fator causal de seus medos e aflições. E procurou aplacar a ira e atrair as graças do Desconhecido através de sacrifícios humanos ou de animais. Desde sempre, tudo realizado sob a liderança daqueles que primeiro perceberam as vantagens sociais e econômicas da intermediação entre o Céu e a Terra.

E as mensagens dos Grandes Mestres e dos Profetas foram, infelizmente, em sua maioria, desvirtuadas por aqueles que se apossando delas, outorgaram-se a patente desses ensinamentos e os interpretaram e editaram de forma conveniente aos seus próprios interesses. Ensinamentos esses que, aos poucos, foram sendo disseminados por pregadores profissionais, procurando cada um conseguir a maior faixa possível desse mercado.

Dessa forma, estruturaram-se as diversas religiões, que com suas doutrinas e dogmas passaram a controlar a vida das pessoas por meio do estabelecimento de regras de conduta a serem seguidas para adentrar no reino dos céus. Reino do qual cada uma delas e mais ninguém teria as chaves. Supostas chaves que deram aos intermediários da religação com o Divino o controle do corpo e da alma dos homens e, em inúmeras circunstâncias, também do seu dinheiro e de suas posses, apesar de, a rigor, a salvação dispensar a necessidade de quaisquer intermediários.

Para cativar e inculcar mensagens subliminares nas mentes carentes e receptivas dos que vão em busca de lenitivo para suas aflições, os modernos empresários da religiosidade e os pregadores profissionais usam atualmente sofisticados métodos de neurolinguística, seja de forma estudada e planejada, seja de forma natural e espontânea.

São gestos das mãos e do corpo executados pelos fiéis sob o comando e a orientação dos mestres de cerimônia. Gestos que são acompanhados de palavras e músicas que exaltam as emoções do público, desarmando-o de qualquer análise crítica, pois durante tais atividades, difícil, senão impossível, é o refletir. Tais artimanhas para a sutil manipulação da mente, em suas variadas formas e em maior ou menor grau, são encontradas em qualquer religião.

Ademais, em geral, o homem comum depende de manuais com ideias, opiniões e doutrinas prontas para sentir-se feliz. E as doutrinas dos supostos livros sagrados, de tanto lidas e repetidas, acabam, aos poucos, instalando-se no subconsciente, integrando-se na programação do cérebro e robotizando, em especial, os indivíduos de mente fraca e pouco evoluída. Esses, quando tomados de exaltada e cega devoção, transformam-se em fanáticos cuja intolerância com os seguidores de outras doutrinas é causa de tantas atrocidades e de tantas guerras religiosas. Guerras essas que sempre têm também fatores econômicos e políticos em sua origem.

E nessas, ou em quaisquer guerras, por acaso faz sentido que cada lado da contenda peça proteção ao seu próprio Deus e peça para que morram os inimigos que estão do lado oposto? E não é tragicômico o Deus dos vencedores ser recompensado com preces, velas e oferendas para que permaneça fiel e à disposição para continuar atendendo qual gênio da lâmpada aos pedidos que lhe sejam feitos? Mas, e o Deus dos outros? E se o Deus dos outros for o mesmo Deus para os dois lados? Jogaria ele nesse tabuleiro, ora com as peças brancas, ora com as pretas?

Se os pregadores conhecessem de fato os verdadeiros ensinamentos originais e soubessem transmitir os métodos para a redenção e a transmutação do homem, dificilmente ocorreriam guerras. Por isso, frente a crises de percepção sobre a própria existência, a busca pelo transcendental leva os homens a passeios pelos campos não só da religião, mas também da filosofia e do misticismo.

As religiões deveriam servir como os andadores – úteis para ajudar as pessoas em seus primeiros passos, para depois deixá-las livres na busca consciente da própria realização espiritual. Cada um polindo-se com as ferramentas que bem desejar dentre as que estão disponíveis, até reconquistar o brilho perdido. Realização essa que deveria consistir em agir, demonstrando, de todas as formas possíveis, o Amor ao próximo. Então, sim, estariam as religiões ajudando o homem a encontrar a via que leva à Harmonia, à Tolerância e à Paz.

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