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Ritmo na Vida

Atualizado dia 10/2/2014 12:16:42 AM em Espiritualidade
por Maria Cristina Tanajura


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Tudo na Natureza obedece a um ritmo e este jamais é quebrado. As marés, o Sol, o tempo de uma gestação, dias e noites, sempre nos demonstram que a harmonia e o equilíbrio existem, e nos dão um exemplo de que precisamos obedecer a um compasso, para que nossa vida se desenrole num contexto saudável.

A rotina, em nossas vidas, tem esta função – a de nos imprimir um ritmo de vida. Já percebi que se vivermos sem horários, sem bons hábitos, adoeceremos por nos sentirmos perdidos num Universo que é infinito, mas que obedece a leis.

O nosso corpo, fazendo parte da Natureza, precisa estar sujeito a horários: de se alimentar, de descansar, de trabalhar, de fazer exercícios. Se vivemos de maneira desarticulada, não obedecendo ao tempo, que cada dia passa mais rapidamente, acabaremos nos desequilibrando.

Esta cadência existe em tudo. Prestemos atenção aos intervalos nas músicas, na nossa respiração que obedece à inspiração e à expiração, da mesma forma que a Terra – como ser vivo – tem os seus fluxos.

Penso que se estivéssemos mais presentes no que fazemos, ao invés de vivermos voando no mundo mental, ao sabor de pensamentos que nos embalam pra longe de nós mesmos, sentiríamos que o ritmo e a ordem são necessários na forma de vivermos.

Imaginem se o Sol aparecesse um dia num horário e no outro, de forma diferente. Se os bebês não tivessem o tempo certo pra permanecerem no útero das mães, se a chuva não acabasse caindo, depois de dias nublados... Como seria a vida de todos nós?

Ritmo e ordem, molas propulsoras da vida harmoniosa e construtiva. Precisamos estar atentos a eles e construir nossas vidas obedecendo às suas sugestões.

Por que será que os remédios – quando são receitados para combater uma doença – são administrados obedecendo também a um horário?

Se ficarmos sem dormir por muito tempo, adoeceremos seriamente. Também, se só dormirmos, estaremos nos desestabilizando emocionalmente.

Enfim, precisamos estar atentos aos ciclos, ao tempo que passa, para que não lutemos contra eles, mas vivamos ao sabor deles.

Nossas vidas por aqui, no mundo material, são passageiras. Nossos corpos vão envelhecendo um pouco a cada dia que chega, mas nossas consciências podem estar mais despertas a cada amanhecer, se observarmos que precisamos nos adequar às mudanças trazidas pela Vida. Este fluxo não para... Não adianta tentar. Ter a mesma juventude de trinta anos atrás é impossível, mas podemos ter mais sabedoria e resiliência com relação à realidade, se observarmos e nos adequarmos ao ritmo certo de cada fase.

Não poderemos jamais voltar pra trás, mas podemos viver com mais sabedoria o que nos chega e o que virá. Pra isso estamos numa escola, cumprindo horários – dias e noites – e obedecendo a um plano divino que é especial pra cada um de nós.

Parece que este ritmo natural está sendo desrespeitado por nós seres humanos, quando vivemos correndo tanto, fazendo muitas coisas ao mesmo tempo, sem descanso, sem horário pra nos alimentarmos adequadamente, sem tempo para pausas entre uma atividade e outra, como se estivéssemos negando a nossa natureza humana, que precisa da obediência a tudo isso para viver com saúde e em paz!

Mesmo quando falamos, precisamos obedecer a um determinado ritmo e conheço pessoas que falam atropelando os sons e se tornam difíceis de sempre compreendidas.

Os iogues nos ensinam a respirar no silêncio, obedecendo a um ritmo quando inspiramos e expiramos. Podemos comparar este respirar com o fluxo e refluxo das marés, que é onde percebemos mais nitidamente a cadência energética de todo o Universo.

Ajudaria a gente estar mais presente no que faz, mantendo o foco no momento que estamos vivendo, deixando pra trás o que já se foi e sem viver projetando pensamentos para o amanhã – que chegará no tempo certo.

Enfim, ritmo é essencial – na dança, como na Vida. Mudou a música, vamos seguir o novo ritmo, mas dando atenção à cadência e nos disciplinando sempre, pra que possamos estar em paz e harmonizados com o Todo.

Um dia, não sabemos quando, estaremos partindo para outra dimensão. Mas isso não deve nos preocupar, pois pode ocorrer mansamente, de forma harmoniosa, se estivermos plenamente inseridos neste contexto divino e amoroso que é a Vida.

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Cristina Tanajura   
Socióloga, terapeuta transpessoal.
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