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Se a palavra é de Prata, o silêncio é de Ouro!

Atualizado dia 4/9/2010 11:31:42 PM em Espiritualidade
por Antony Valentim


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Muitas pessoas nos questionam o motivo pelo qual não dizemos ou comentamos sobre tudo o que vemos no invisível. Na verdade, nem tudo pode ou deve ser dito. E há um motivo muito sério para isso. A grande maioria de nós, não está, com raríssimas exceções, preparada para ouvir e saber lidar com revelações do passado, presente ou futuro. E quando citamos falta de preparo, queremos dizer que não se trata apenas de não saber o que fazer com a informação, mas pior: fazer com a informação algo destrutivo.

Vamos exemplificar:

Um homem, desconfiado de estar sendo alvo de energias negativas, comenta o fato com um vidente ou sensitivo, que imprevidentemente lhe diz: "Aquela pessoa nutre por ti grande repulsa". Não estando preparado para ouvir a revelação, e envenenado pelo fel do orgulho, uma antipatia enfurecedora tomou conta de seu coração. Subitamente,  entrou em estado permanente vibração mental inferior, inconscientemente, buscando meios de aniquilar moralmente a outra pessoa, como se o despreparo para ouvir aquela afirmação lhe conduzisse a uma reação infeliz. Mal sabia ele que a referida senhora realmente sentia por ele uma grande repulsa, facilmente expressa nas cores de sua aura quando se lembrava dele, mas isso era fruto de uma vida passada, onde ele a maltratava, e nada mais natural do que a aversão que nesta existência ela sentia por ele. Aliás, uma das coisas que ele havia pedido para esta vida, era a oportunidade de poder se encontrar com ela e se redimir diante de débitos tão ofensivos do passado, suportando com amor e renúncia aquele contexto, transmutando-o. O resgate da dívida foi um fracasso. E ele próprio foi penalizado, pois se antes o pagamento do débito era voluntário, tornou-se compulsório com o agravante.

Por isso, as coisas do invisível devem ser ditas com critérios. Da mesma forma, por parte do consulente, devem ser evitadas as perguntas baseadas em curiosidade pura e simples. Para avaliarmos se algo deve ser dito, ou perguntado, deveremos sempre nos basear no seguinte critério: "Há algo de construtivo em se dizer isso para esta pessoa?" Ou ainda: "Há algo de edificante ao se perguntar aquilo àquela pessoa?" Se a resposta for "não", ou se pairar a dúvida, antes o silêncio. Afinal, como diz o sábio provérbio: "Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro".

A caridade fraternal pede que não revelemos fatos ou impressões a quem não está preparado para ouvir, pois os erros e desvios que o outro vier a cometer, originados de revelações expressas por nós, serão contabilizados em nosso carma tanto quanto servirmos de instrumento de discórdia.

Por que, então, ao invés de instrumento de discórdia, não nos tornamos instrumento de concórdia?

Nossas palavras, independente de sermos médiuns sensitivos ou não, são como sementes lançadas no coração de quem as ouve. Se dessas sementes crescerem frutos saborosos, que se multiplicarem e alimentarem a fome de paz de quem quer que seja, estaremos cumprindo nosso papel de acender luz nos caminhos alheios. Se o resultado da semeadura, porém, forem espinheiros, estaremos sangrando a própria alma.

Usemos a palavra com responsabilidade e empreguemos nossas percepções do invisível apenas para reerguer, construir, restaurar e refazer, jamais cedendo à tendência de dar guarita a meras curiosidades, edificando sempre nos corações alheios, com despretenciosa ternura e sincero amor, o melhor que pudermos inspirar, pelo bem, pela paz e pela luz.

Façamos "no agora" o melhor que pudermos realizar, da melhor maneira possível, sempre nos embasando nos princípios morais encerrados nas regras simples do equilíbrio interior:

- Fazermos do pensamento um dínamo atômico de energias positivas;

- Expressarmos os bons pensamentos com palavras firmes;

- Não resistirmos a situações ruins. Lutarmos, sim, para resolvê-las, mas sem resisti-las em nosso coração, aceitando-as como oportunidades de aprendizado. Uma vez aprendida, a lição cessa;

- Perdoarmos, soltarmos as mágoas, libertarmo-nos das ofensas. Elas são apenas peso inútil em nossa caminhada e podem nos prender demasiadamente no chão, impedindo que alçemos vôos que nos conduzirão às elevações morais mais dignas;

- Transferirmos sempre nosso fardo para a consciência do cosmos. A perfeição do Espírito Infinito da Inteligência Universal - Deus - que rege todas as coisas, nos ajuda a trilhar os caminhos mais adequados e a atrair fatos, situações ou pessoas que nos auxiliem a encontrar soluções para as questões mais difíceis;

- Amemos. Exercitemos nosso coração a amar. Todas as pessoas, coisas, lugares, situações, oportunidades. Não com o amor das paixões fúteis, mas o amor dos laços nobres;

- Peçamos sempre ao cosmos a direção intuitiva para nossas vidas;

- Ao pedirmos ao Cosmos (a Deus) o que desejamos, nunca nos esquecermos de sermos objetivos, mas ao mesmo tempo, lembrarmo-nos que Ele sabe o que é melhor, por isso, caso não pudermos receber a bênção que pedirmos exatamente como a solicitarmos, peçamos o seu equivalente, ou seja, algo que nos satisfaça tanto quanto aquele que pedimos;

- Que possamos sempre dar aos outros aquilo que gostaríamos que os outros nos dessem;

- Sejamos alegres e simpáticos com as pessoas ao nosso redor;

- Nunca nos achemos pobres. Abençoemos do fundo do coração cada centavo que possuimos e veremos nossa carteira do espírito ficar repleta de moedas de ouro;

- Nunca façamos afirmações negativas. Ainda que o panorama seja desanimador e os horizontes sejam tenebrosos, as afirmações positivas sempre têm o poder de verdadeiramente desanuviar nosso caminho, dando passagem para os raios salutares do sol maior que nos guia o caráter.

Vamos tentar? 
 

Texto revisado
 


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Conteúdo desenvolvido por: Antony Valentim   
Antony Valentim é um ser comum, sem privilégios ou destaques que o diferenciem das demais pessoas. Devorador de livros, admirador de culturas religiosas sem preconceitos, e eterno aprendiz do Cristo. Mestre de nada, sábio de coisa alguma. Alguém como você, que chora, sorri, busca, luta, exercita a fé e cultiva no peito a doce flor da esperança.
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