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Sem Divisão

Atualizado dia 3/10/2011 1:51:59 PM em Espiritualidade
por Maria Cristina Tanajura


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Somos razão e emoção e nem sempre essas duas partes de nós mesmos estão em concordância. A emoção, que o nosso coração vibra, é a mensageira de nosso Eu mais profundo, da partícula divina que existe em nós, desde todo o tempo e que nunca desaparecerá. A razão é a voz da mente, que nos fala de conhecimentos antigos e novos, apreendidos através dos tempos, por cada um de nós e por toda a humanidade. Com a razão podemos explicar os acontecimentos, da forma que mais nos agradar.

Lembro-me de quando freqüentei, nos Estados Unidos -naquela época tinha apenas 16 anos e cursava uma aula de Inglês especializada em treinar discursos, ou seja, a capacidade de expressão de cada um-, e a professora nos dava um tema para ser pensado em casa e, em poucos minutos, teríamos que expô-lo diante dos colegas, convencendo-os da verdade que existia naquela frase. E elas eram contraditórias, todas. Iam de encontro ao que normalmente se pensava. Fiquei, naquela experiência, completamente boquiaberta, pois cheguei à conclusão de que, através de uma boa argumentação, podemos justificar qualquer coisa... Que perigo! Acreditem que esta experiência me impactou bastante. Percebi que a razão nem sempre tem razão... Que a mente... mente! E a partir daí, comecei a minha busca por um canal mais confiável, em mim, que me trouxesse respostas mais verdadeiras, mais íntegras! E me tornei, anos depois, Espírita e passei a estudar a mediunidade, a fazer intercâmbio com amigos duma outra dimensão, a procurar confiar cada vez mais nas intuições que me vêm através do coração.

Mas a briga ainda existe. Entre um conhecimento e o outro! Um caminho e outro. E a divisão me fez sempre sofrer muito. Fazer alguma coisa porque todos fazem... mesmo quando o meu coração me pede que não faça... nunca me deixou feliz! Podia me dar um prazer momentâneo, mas muito fugaz e logo depois, instalava-se um vazio enorme, uma baita frustração. Até que eu mesma resolvi dar um basta nisto e falar para mim mesma, que já não iria mais me dividir. Vou ouvir o meu coração, seja o que me fala incômodo como for, e usarei a minha razão apenas para viabilizar o que precisar fazer. Darei força total e prioridade às minhas intuições, aos anseios que me chegam e que nem sempre são comuns, ou compreendidos pelos que me cercam. Eu os porei em prática. E quando a voz comum me indicar um caminho que o meu coração não aceite totalmente, por ali eu não irei.

É claro que pagarei um preço e estou pagando, por esta decisão. Mas garanto a você que estou me sentindo muito mais feliz! Estou livre! Sinto-me realmente vivendo a minha vida, aquela que sinto que se ajusta ao meu próprio jeito de ser. E meu Espírito se encarrega de me preencher de alegria e me faz companhia, mesmo quando estou sozinha.

Acho que andei muito para chegar a poder dizer tudo isto. Entrei em muitos atalhos errados, mas sempre tive a coragem de buscar ajuda com os amigos da Espiritualidade, de ouvir seus conselhos que me entristeciam, muitas vezes, por irem de encontro aos meus desejos. Procurei terapeutas, li livros que me esclarecessem, fiz da busca de uma resposta, a prioridade de minha vida.

Enfim, existe algo que é só nosso, de cada um! Um lugar onde nos sentimos confortáveis, acolhidos, consolados, felizes! O coração nos indica onde ele fica e nem sempre é fácil a caminhada, pois o mundo material nos acena, a cada passo, com armadilhas cheias de brilho falso e lantejoulas baratas. Mas o exercício do erro é necessário, e como! Precisamos tentar. Buscar, seja onde for, para colher flores ou dores. O importante é ser verdadeiro nesta procura.

Eu é que não quero mais me dividir. Se não posso viver inteira numa dada situação, não vou querê-la pra mim. Vou em frente, pois num dia qualquer alguma coisa mais coerente com o que sou vai me aparecer e assim eu estarei feliz!

Será que consegui me fazer compreender? Espero que o que digo lhe faça ter a coragem de ouvir as vozes que se agitam dentro de você, reconhecendo que esta discordância que nos tira do sério, acontece em todos nós e é através dela que nos reconhecemos, que nos libertamos e nos tornamos os seres únicos que na realidade somos.
Coragem pra nós todos!
Texto revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Cristina Tanajura   
Socióloga, terapeuta transpessoal.
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