S.O.S. SILÊNCIO
Atualizado dia 4/20/2010 4:57:36 PM em Espiritualidadepor Ernesto Ruben de Oliveira Júnior
É ele a peça do grande quebra cabeças que traz reflexão, ponderação, oportunidade de recomeçar algo e, principalmente, a resposta mais certa para as mais inusitadas situações.
Nos dias atuais ele anda fora de moda; neste explosivo mundo das comunicações avançadíssimas e sem fronteiras, a grande maioria de nós, não o coloca em seu devido lugar, ou melhor, acabamos não dando a devida importância que lhe cabe.
É impressionante como se estabeleceu uma espécie de lei que diz que todo mundo tem que dizer alguma coisa, emitir um juízo, tecer um comentário e assim por diante.
As pessoas ficaram alienadas com esta pseudocultura de ter que falar, de ter que responder, de ter que opinar, seja lá o que for, onde for e seja para quem for e por aí vai.
Está cada vez mais raro você ouvir algo assim: “Não vou responder ou não vou comentar este fato, pois ainda não tenho opinião formada, ou realmente não sei sobre este assunto o suficiente para comentá-lo”.
É fácil observar o que estou dizendo nos programas de rádio, nos jornais e revistas, nos telejornais, nas programações em geral na televisão e, principalmente, nas páginas da internet, onde são abertos fóruns para comentar notícias, acontecimentos e fatos sobre vários assuntos. É uma coisa sem pé e sem cabeça o que a gente lê e assiste nestes locais! Pessoas que comentam o que não sabem, palpitam sem o menor critério, desrespeitam pessoas, fatos, instituições e tudo o que vier pela frente, chega a ser um verdadeiro festival de horrores.
Acho até que em algum momento da nossa recente história, confundimos liberdade de expressão com “sacanagem de expressão”.
Devemos, sim, partilhar a liberdade de expressão, mas não a liberdade da ignorância e da maldade ao se expressar.
Há necessidade urgente de passar para a grande “massa dos tempos modernos” que ninguém precisa saber sobre tudo e, mesmo sabendo, não precisa necessariamente dizer algo ou emitir alguma opinião ou juízo.
Que o silêncio volte rapidamente à moda neste mundo informatizado onde inúmeros “doutores virtuais” tagarelam sua cultura inútil, absolutamente dispensável e ainda externam abertamente para o mundo, muitas vezes, suas deficiências educacionais, mazelas emocionais e desvios de caráter.
SOCORRO! SILÊNCIO URGENTE!
Ernesto Ruben
Texto revisado
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