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Um dia você aprende

Atualizado dia 11/20/2009 12:22:59 AM em Espiritualidade
por Flávio Bastos


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Passa o tempo, morrem as pessoas, mas certas frases ou mensagens ficam para a posteridade. É o caso de William Shakespeare, que entre outras maravilhas de sua obra, deixou-nos um poema intitulado "Um dia você aprende". Um exercício reflexivo que permanece atualíssimo porque reflete a genialidade de um homem que estava muito à frente de seu tempo.

Poema que trata das relações do indivíduo consigo mesmo, com o outrem e com o seu mundo, onde as experiências de vida servem como laboratório de aprendizados para que a consciência se expanda além dos limites da sentimentalidade não resolvida, cuja ação interfere negativamente em todos os níves das relações afetivas.

Ao nos inspirarmos em Shakespeare, pedimos permissão ao gênio para deixar a nossa contribuição criativa, sem, no entanto, descaracterizar ou violentar a integridade de seu poema. É o que veremos ao seguir a linha de raciocínio do autor na tentativa de criarmos uma extensão de seu significado.

Um dia você aprende que amar alguém não se restringe ao mecanicismo da troca de energia sexual, mas à algo cuja compreensão encontra-se muito além do nível egocêntrico das satisfações mundanas.

Um dia você aprende que a minha felicidade é algo complexo que exige muito empenho na busca do autoconhecimento, e que a sua conquista passa pela superação do amor de manifestação egóica: prá mim, meu... até atingir o nível de nossa felicidade.

Um dia você aprende que a opção pelo amor livre não é sinônimo de modernidade, e sim, de irresponsabilidade consigo próprio, e que essa "opção" esconde desequilíbrios nas áreas da afetividade e da espiritualidade.

Um dia você aprende que o outrem não é aquele que irá lhe completar, mas aquele que inseguro, encontra-se receptivo para juntos buscarem a segurança e a completude no exercício diário do amor consciente.

Um dia você aprende que viver uma vida a dois é livrar-se de sentimentos negativos como a posse, a raiva e a mágoa que contaminam as relações afetivas. Percepção que adquire-se com a "cicatrização de feridas" chamado autoconhecimento.

Um dia você aprende que não basta apaixonar-se, se antes, não tiver desenvolvido internamente o sentido da entrega na experiência do amor. Percepção que gera discernimento entre o que significa amar e o que representa dependência afetiva.

Um dia você aprende que amar não é possuir, abafar, mas permitir, confiar e não julgar. E que deixar-se amar não é abster-se de sua integridade física, moral ou de sua identidade própria, mas buscar essa integração e identificação fortalecida na comunhão afetiva com o outrem.

Um dia você aprende que ser livre é ser auto-responsável e responsável por aquele que cativa. Que ser livre é não depender do outrem, mas desprender do outro numa proposta de convívio saudável que vise o crescimento mútuo. Que ser livre não é achar-se livre, mas sentir-se livre diante do outro e de si mesmo.

Um dia você aprende que a sexualidade não se restringe ao nível dos prazeres da carne, mas que a sexualidade é a livre expressão da alma à procura de si mesmo e do eterno, que se reflete no outrem na busca do gozo e da completude chamada felicidade.

Um dia você aprende que amar não é gostar-odiar, sofrer-gozar, magoar-elogiar, beijar-esbofetear, iludir-desiludir, frustrar-reconquistar, destruir-construir. Aprende que amar é realizar o sonho de equilíbrio - e de intensidade - na relação afetivo-sexual.
Um dia você aprende que amar não é usar o outrem, e sim, convidá-lo para que juntos possam trilhar o caminho que os levará à segurança de uma relação construída no exercício do carinho, da confiança, da intensidade e do respeito mútuo.

Um dia você descobre que dizer "eu te amo" sem entender os significados do amor, é o mesmo que recitar uma poesia sem a intensidade da alma, porque amar não é uma fórmula pronta, mas uma troca de energia que transcende às sensações físicas.

Enfim, um dia você aprende que na vida tudo passa e que somente o amor se eterniza. Amor que deve ser construído com os valores que emanam do coração, no convívio do dia-a-dia com aqueles que você verdadeiramente ama.

Psicoterapeuta Interdimensional.

flaviobastos 

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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