Umbral, dimensão do sofrimento
Atualizado dia 7/5/2015 10:32:32 PM em Espiritualidadepor Nadya Prado
Desta forma, sem querer, abrimo-nos às regiões umbralinas que assediam e envolvem sorrateiramente o nosso ser.
O espírito vivencia, simultaneamente, nas várias camadas interdimensionais que se interpenetram, em sintonia com as energias que se assemelham ao seu teor vibracional.
O umbral é uma dessas regiões, na qual o sofrimento impera.
Bastante citado nas obras espíritas, é conhecido como território dos espíritos sofredores.
Contudo, muitos desconhecem o quanto estamos presos a essa dimensão e como ela nos influencia.
O umbral é subdivido em: superior, médio e inferior, segundo a classificação espírita. Suas gradações são sutis, tanto quanto todos os outros limiares que separam as diversas dimensões, conforme as variadas densidades energéticas.
Ao desencarnar, o espírito, de acordo com seu estado energético e vibracional, é naturalmente atraído para a região a qual mais se sintoniza. Em geral, guardando algumas raras exceções, ele adentra a camadas do umbral que mais se aproxima da energia terrena.
Nas zonas umbralinas se encontram vários locais de socorro, como hospitais e acampamentos, onde os desencarnados são recebidos, amparados por socorristas, no momento da morte do corpo físico.
Sempre que possível, junto com o mentor espiritual, procuram facilitar o desenlace energético do espírito.
No fenômeno de EQM – Experiência de Quase Morte, que muitas pessoas revelaram passar, o umbral é representado pelo túnel escuro. É um acontecimento natural que o espírito vivencia no momento da desencarnação. A mente egoica, durante o choque, revê suas experiências, em seu arquivo mental, que passa a integrar o espírito, somando-se a todas outras vivências.
Em sua passagem para a vida espiritual, o espírito percebe a luz acolhedora do plano astral, onde encontra seu mentor, amigos e familiares que estejam autorizados a recebê-lo. Nesse momento, ele pode ser encaminhado para um hospital apropriado para a recuperação após a morte, ou ficar preso às sombras umbralinas, no referido túnel, por seu apego à matéria e ao ego.
Espalham-se por todo o umbral as paisagens sombrias e falanges de espíritos envolvidos em seu sofrimento interior. Não conseguindo se desvencilhar das armadilhas egoicas, continuam reféns dos prazeres e dores das sensações animalizadas.
Todas as formas, cores, aromas e aspectos particulares das dimensões sutis, são construídos pelos pensamentos e sentimentos de seus habitantes. Tudo o que se vê por lá é o reflexo do estado mental e emocional dos espíritos, que caracterizam a densidade e frequência vibratória, padronizando o ambiente astral.
Como aprendemos no Espiritismo e em outros conhecimentos sobre a espiritualidade, somos cocriadores da nossa vida no que diz respeito, principalmente, à vida espiritual.
Quando pensamos, sentimos e nos emocionamos, geramos energia que se condensa na dimensão sutil.
No umbral, também, as energias da mente e do coração desenham seus contornos.
Enquanto, aqui na carne, construímos com tijolos, cimento, areia, entre outras coisas; no mundo sutil, a matéria-prima é a nossa energia emanada.
A roupagem do espírito desencarnado, seu perisírito, também se apresentará na dimensão astral, segundo sua condição energética.
Por isso, são relatadas pelos videntes, imagens desoladoras dos espíritos sofredores. Eles guardam suas misérias, sua dor, seus traumas, que nutrem e dão vida ao ego. Como zumbis, na ilusão de perpetuarem a última identidade vivida, mantêm a aparência que habitavam no corpo físico, com todas as feridas expostas.
Outros, em situação precária, assumem a condição disforme de espécies animalescas, construídas pelo mal uso dos chacras inferiores e suas relações perniciosas com a sexualidade e outos vícios...
Abaixo do umbral, ainda temos as trevas, a dimensão mais densa, subterrânea, sob a crosta terrestre, em total escuridão.
Nas regiões baixa e média do umbral, aderentes à crosta, vivenciam os espíritos sofredores e reincidentes no mal. São zonas sombrias envolvidas pelas energias deletérias. Porém, nessas camadas há muitas casas transitórias, instaladas para o socorro dos espíritos em passagem para a região superior.
Apesar de suas sombras, no umbral superior, percebe-se novos ares, mais alegres e bem parecidos com a vida terrena. Casas, fauna e flora, como no mundo físico. Região da cidade Nosso Lar, tão conhecida por todos nós, contada em livro de Chico Xavier e também no cinema.
Além dessa cidade, várias outras estão espalhadas nesse plano, acolhendo os espíritos em recuperação.
São como oásis em pleno deserto para atender os espíritos em situação transitória de erraticidade.
O umbral é o habitat do ego. Enquanto a mente inferior, comandada por ele, sobrepujar nossas ações, estaremos sob seu jugo.
É a dimensão que acolhe a ilusão e o sofrimento que o espírito insiste em carregar sobre os ombros. O umbral é uma criação da mente, de seus vícios, preconceitos, julgamentos. A psique humana é um manancial energético capaz de dar vida ao seu céu ou seu inferno astral.
Os desequilíbrios, transtornos e sofrimentos mentais, nada mais são, que o espírito transitando nas camadas umbralinas, com as quais se sintoniza.
Como seres multidimensionais, movemo-nos concomitantemente nas dimensões física e sutil. Estamos vinte quatro horas por dia vivenciando o mundo espiritual e podemos escolher estar nas trevas, no umbral ou nas dimensões celestiais, onde a frequência vibratória é de felicidade e paz interior.
À medida que nos libertamos do egoísmo, deixamos de vibrar e nos conectar com as zonas umbralinas e nos tornamos amorosos trabalhadores da transformação interior e planetária.
Como médiuns, que todos somos, podemos trabalhar em prol do espírito humano, ajudando em casas transitórias, cidades astrais de auxílio como Nosso Lar ou em outras paragens.
Estamos todos, meus caros, imersos na psicosfera trevosa e umbralina imantadas ao planeta e a vida terrena.
Devemos, portanto, cuidar de nosso ser interior para que não sejamos sugados para as zonas do sofrimento.
Praticando o autoconhecimento, estando presente aqui e agora, despertamos pouco a pouco, ampliando nossos horizontes conscienciais.
Percebemos nesta jornada que o mal e o bem estão em nós e a responsabilidade de transformação é de cada um.
O mal é apenas a ilusão temporária do sofrimento interno, que se dissipa na luz do bem eterno!
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Texto Revisado
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Psicoterapeuta Transpessoal Técnica Naturopata, com extensão em Psicopatologias Psicanalíticas e Psicossomática Contemporânea., estudiosa dos estados alterados da consciência e transtornos psicológicos, inclusive mediunidade transreligiosa. Atendimentos online no skype Informações e agendamento envie email para [email protected] E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
