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Venenos Mentais

Atualizado dia 7/29/2015 2:26:24 PM em Espiritualidade
por Nadya Prado


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Todo sofrimento é um sintoma, um remédio amargo, para curar a alma dos venenos da mente.
O budismo descreve os três principais venenos: apego, raiva e ignorância.
Em sua história, Siddhartha Gautama é tentado pelas três filhas de Mara ou Maya, o demônio da ilusão. Ele apenas observa as três forças de Maya, sem desejo e sem repulsa, alcançando a iluminação, tornando-se o Buddha.

Buddha significa o iluminado, que como a flor de lótus que nasce no pântano, abre-se para a vida com sua beleza e sua luz.
Todos nós trazemos o iluminado em nosso cerne e podemos revelá-lo, assim como Buddha.

A mente é doente em sua natureza e a psicologia oriental nos ensina o caminho do desperto, para que possamos dissolver os venenos que ela produz e que assediam nosso espírito, adoecendo e fazendo sofrer.
Neste contexto, a mente é vista como a causa de todo a infelicidade. A psicologia e medicina do ocidente não compreendem os desequilíbrios que nos assolam por este prisma e deixam uma lacuna que o ensinamento oriental preenche.
Estamos inseridos no ciclo natural do nascimento, crescimento, envelhecimento e morte do corpo. Não podemos nos desvencilhar da nossa conexão com a mãe Natureza e Gaya. A impermanência é o fluxo da vida que faz transcender o espírito. Esta verdade nos leva pelo caminho do meio, que o observador atento trilha entre o céu e a terra, o bem e o mau, a vida e a morte, o espírito e o corpo.
Mas, como filhos desgarrados, afastamo-nos de nossa essência natural e espiritual, enlouquecidos e entorpecidos pelos venenos que a mente exala.

Apego
Consiste no desejo de posse de objetos, pessoas e fenômenos. Querer “ter”, possuir. Porém, nada nos pertence a não ser nossa consciência e o momento presente.
O outro extremo do apego é a repulsa. Quando sentimos dor procuramos nos afastar, repudiamos aquilo que nos causou o sofrimento. Quando sentimos prazer, desejamos, mais e mais...
Se Buddha desejasse ou repudiasse as filhas de Maya, teria caído nas malhas do apego.
Procure perceber o quanto você tem sofrido por causa do apego.

Raiva
É o sentimento contrário ao amor e tem suas raízes no medo, causado pela ilusão de separatividade do ego. Vivemos um mundo violento, conturbado e cheio de raiva. Se Buddha tivesse reagido ao assédio de Maya, atacando suas filhas, ele estaria no domínio da mente e do veneno da raiva.

Ignorância
É a falta de consciência, que está limitada pelo sistema de crenças nas quais o ego se apoia para se manter vivo em nós. Por meio do autoconhecimento, acessamos a consciência que desperta da ilusão. Se Buddha se deixasse levar por Maya, ele não poderia alcançar a iluminação.

O caminho da cura
Portanto, os três pilares em que se fundamenta a psicologia oriental budista para o caminho da cura são o desapego, o amor incondicional e a sabedoria.
O desapego nos abre espaço para o amor que nos conecta com a sabedoria do observador.
Para alcançarmos a plenitude e a felicidade precisamos desapegar. O apego causa sofrimento.
A perda de um ente querido, prejuízos financeiros, fim de uma relação amorosa e tantos outros acontecimentos que a impermanência nos impõe, causam um enorme sofrimento. Quanto mais desejamos algo, mais condicionados ao apego ficamos.

Para praticar o desapego, você pode começar por fazer uma arrumação em seu lar. Perceba o quanto é apegado a objetos e faça isto com muita sinceridade. Não negue o seu desejo de posse.
Pode ser uma foto, uma roupa, um objeto que lhe remeta ao passado com muita força. Olhe, pegue e sinta o que aquilo representa para você. Tome consciência que isto é passado e você vem carregando essa dor para o presente. Você pode dizer que seria falta de amor jogar fora esse objeto, esse sentimento... Não, não é... Isto é desapego. O amor, guardamos no coração.

Jogue-o fora, desapegue, sinta que o sofrimento acompanha esse apego, porque se fosse amor não haveria dor. Transmute o apego em amor. Ilumine esse sentimento que traz do passado, tomando consciência e trazendo à tona a sabedoria do Buddha que habita o seu ser.

PRÁTICA PARA DISSOLVER O VENENO MENTAL DO APEGO

Escolha um objeto que tenha valor sentimental para você;
Coloque-o à sua frente de forma que possa olhar para ele;
Sente-se e fixe seu olhar nesse objeto por alguns instantes;
Entre em contato com os pensamentos e sentimentos que ele lhe traz à tona;
Feche os olhos e visualize o objeto;
Imagine que está jogando-o fora, quebrando ou queimando o objeto;
Perceba o sofrimento que isso lhe causa. Continue a se desfazer do objeto mentalmente e inclua na cena o sofrimento que está sendo dissolvido junto com ele.
Permaneça na prática até que todo o sofrimento se dissolva;
Abra os olhos quando terminar e olhe novamente para o objeto;
Se não houver mais apego poderá agora se desfazer dele sem dor!
Esta é apenas uma parte do processo terapêutico transpessoal da psicoterapia budista. Em outros artigos, trataremos de outros aspectos e práticas que nos ajudam a eliminar de nossa vida os venenos mentais que nos tiram a oportunidade de uma vida auspiciosa.

“Tu és filho do Divino, é o espírito santificado. Trouxeste a palavra do Homem à tua boca e contaminaste o teu coração com os desejos. Mas, nada disto tem valor e é apenas uma ilusão de teu ego, o fundador de todo o sofrimento". Shan (meu mestre espiritual)

Namastê!

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Conteúdo desenvolvido por: Nadya Prado   
Psicoterapeuta Transpessoal Técnica Naturopata, com extensão em Psicopatologias Psicanalíticas e Psicossomática Contemporânea., estudiosa dos estados alterados da consciência e transtornos psicológicos, inclusive mediunidade transreligiosa. Atendimentos online no skype Informações e agendamento envie email para [email protected]
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