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Você quer ser feliz ou bem aventurado/a?

Atualizado dia 6/6/2010 2:11:11 PM em Espiritualidade
por Lucya Vervloet


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Lembro-me de quando fui iniciada no Reiki e da total ausência de palavras para definir a sensação de felicidade e leveza que estava sentindo. Após a iniciação, o mestre de Reiki deixava as pessoas à vontade para expressar suas impressões.  Uma moça que a mim demonstrava um profundo desespero interior e quase total ignorância dos assuntos do espírito, resolveu dar o seu depoimento. Falou, falou bastante e não satisfeita por talvez ter sentido algo em minha energia, estou inferindo, de repente, do nada, insistia de forma um tanto agressiva (eu estava num momento vulnerável) para que eu desse o meu depoimento. Confesso que uma leve irritação quase tirou-me do profundo estado de paz em que me encontrava.  Mas, nestes momentos como é de costume, a energia positiva que recebo, o amor cósmico que se instala em mim mesmo que de forma sutil, tem uma capacidade enorme de manter-me em equilíbrio.  Por conta da repetição destas situações ao longo dos anos e das experiências de contato que considero profundo com meu Ser, apenas um pensamento toma conta de minha mente, muito mais forte por agora. 
Está propriamente se tornando uma obsessão.  O meu grau de tolerância para com a cegueira geral em que nos encontramos vem diminuindo a olhos vistos. Bom seria se conseguíssemos de imediato falar a linguagem do amor, muito sofrimento pouparia a mim e a tantas outras pessoas que não mais suportam a tagarelice ininterrupta de nossas mentes e alheias, com nossos egos e personalidades doentias e cheias de orgulho.Muitas das vezes bem intencionadas e esforçadas, conscientes de quão árduo é o trabalho interior e a necessidade de um tempo quase que integral de nossa atenção, observação, análise e aprimoramento. E quanto aos karmas próprios e herdados, sejam positivos ou negativos que ainda temos por finalizar, e, mais, bem completos, senão, retornam. Quem merece?

As queixas, mágoas ou ressentimentos, ou seja, a resistência da não aceitação daquilo que é, não resolve o problema existencial humano. Desesperar com o fato de ter uma "tranqueira" de desafios até alcançar a paz, além de perturbar nossa concentração no momento presente, momento maravilhoso, como diz o mestre vietnamita Thich Nhat Hanh ainda piora mais a situação. Então, o jeito é ser valente e sereno, cultivar o amor e a compaixão como um dos inúmeros caminhos para o crescimento pessoal, além de ter como foco a vitória sobre o mundo das ilusões de nossas criações. Ter uma atenção redobrada quando do surgir de cada fenômeno, e ter de início, ao menos o conhecimento intelectual de que tudo o que parece existir, de fato necessita de vários componentes e portanto não dotado de realidade verdadeira.  Com o treino constante, uma quase hipnose, como nos lembra Osho, podemos ir formando uma segunda natureza que com o tempo se tornará definitiva.

Quando lemos ou escrevemos sobre assuntos espirituais, os caminhos para a felicidade, a paz profunda, o nirvana e a bem aventurança, tudo parece bem paradoxal, mas o que é a vida senão um grande paradoxo?  Não é nem um pouco minha intenção descrever uma análise sobre tal, mas sim conseguir as condições necessárias para alcançar tal estado, de forma permanente.

Assim Buda resumiu a situação sobre a concepção de um eu e como opomos a essa noção um não-eu:

Este mundo... geralmente está voltado para dois [pontos de vista]: a existência e a não-existência. Àqueles que percebem com o conhecimento correto o surgimento do mundo como ele veio a ser, a noção de não-existência do mundo não ocorre. ... Para aqueles que percebem com conhecimento correto o fim do mundo como virá a ser, a noção de existência do mundo não ocorre.

Steve Hagen, assim explica - "Quando simplesmente vemos - quando confiamos apenas na percepção, antes de surgir qualquer conceito de um eu duradouro, imutável, separado de tudo o mais - o conceito de não-existência não ocorre.  Nossa crença na não-existência surge, a princípio, somente como resultado da nossa noção de existência.  E só por acreditarmos tão a fundo na idéia do "Eu" e do "mundo separado de mim", e por sentirmos essa idéia com tanta força, sentimos confusão e medo.

Por outro lado, se percebermos com o conhecimento correto o fim do mundo com sua essência neste momento, se virmos a natureza efêmera de todas as coisas sem encobrir o que vimos com conceitos, a noção de um eu permanente não ocorrerá.  Apesar de ainda haver pensamento e sensação, a noção de um eu permanente a não existe - restam apenas a paz de espírito e a ausência de medo.

O mesmo acontece com relação ao surgimento ou ao fim de "mim" ou do "mundo", já que essas duas ilusões acontecem ao mesmo tempo. Somente com a percepção - na ausencia da concepção - nem a noção de eu nem a de um mundo externo a esse eu ocorrem.  Só quando pressupomos o conceito de existência é que somos levados a um dos lamentáveis extremos do eternalismo ou do niilismo, ou a oscilar entre ambos.

Como Buda observou, nenhuma dessas conclusões pode ter origem na nossa experiência real".

Continua

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Conteúdo desenvolvido por: Lucya Vervloet   
Astrologia (básico na Regulus/SP) e autodidata. Participei de workshops de Runas, Tarot místico/terapêutico com Veet Pramad. Estudei Numerologia e quirologia. Iniciei-me na energia Reiki. Estudei 12 meses do Curso de Psicanálise/ES. Com uma visão universalista da vida dediquei-me ao aprendizado de idiomas e culturas estrangeiras.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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