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A Homossexualidade tem cura?

Atualizado dia 11/7/2010 8:24:57 PM em Psicologia
por João Carvalho Neto


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Só de ler este título imagino que alguns leitores de opção homossexual já queiram me fuzilar por imaginar que eu esteja chamando os homossexuais de doentes.
Muito pelo contrário, sou amigo de muitos, amigo das liberdades de escolhas, e “considero justa toda forma de amor”, como afirma Lulu Santos.
Na Classificação Internacional de Doenças – CID X, o homossexualismo só é citado como doença, chamado de transexualismo, nas suas possíveis consequências psicopatológicas, como inadequação social por discriminação, inaceitação do próprio desejo, e nunca pela opção simples em si mesma.

Minhas convicções teóricas e clínicas apontam no sentido de que a maioria das pessoas que fazem opções homossexuais teve encarnações anteriores em corpos de sexo diferente do que possuem hoje. Com isso, temos corpos femininos abrigando almas masculinas e corpos masculinos abrigando almas femininas.
Algumas pessoas conseguem até lidar bem com a divergência entre suas tendências anímicas e sua morfologia sexual, apesar de costumarem estar envolvidas em sentimentos de angústia e insatisfação. Outros se entregam à vivência homossexual e se satisfazem, apesar de ser quase inevitável, ainda, uma certa dose de inadequação social.
Quanto a estas condições não há o que se pensar sobre cura. Não existe doença realmente no fato, mas pode existir nas circunstâncias em que ele vai se manifestar, envolvendo sofrimento na aceitação ou na negação de seus desejos.
A questão é que realmente não é uma experiência fácil de ser vivida.

Contudo, por outro lado, a experiência clínica tem me demonstrado que existem pessoas que fizeram opção homossexual não por tendências anímicas ou mesmo hereditárias, mas sim, por força da educação.
Falo daquelas pessoas que, durante a infância, foram tratadas por seus pais de uma forma inadequada para uma definição sexual de acordo com suas características morfológicas, e que, por conta disso, vivem um conflito que se introjeta no psiquismo de tal forma que cria uma sensação real de inadequação sexual.

Alguns exemplos são filhas mulheres que nascem primeiro e seus pais esperavam um menino e passam a cuidar delas como se fosse um, ou filhos homens que nascem no meio de muitas irmãs e suas mães os tratam como se fossem mais uma menina; se o pai for ausente a situação ainda favorece mais. Essas são algumas situações entre muitas que poderiam ilustrar a questão.

Nestes casos, penso que a opção homossexual que possa vir a surgir não seria por uma questão estrutural do psiquismo, como nas colocações anteriores, mas sim de educação e, portanto, caracterizando-se como uma sintomatologia neurótica.
Logo, em sendo neurótica pode ser curada.

Realmente acredito que pessoas nestas circunstâncias podem reverter sua opção sexual, e não porque eu acredite que a opção sexual de qualquer natureza seja um erro, mas porque, nestes casos, ela não foi construída de dentro pra fora, por conta de um desejo real, mas por conta da internalização do desejo do outro sobre elas, sendo pois impossível dessas experiências se tornarem plenamente gratificantes.

Pessoas nessas situações costumam sofrer e se sentirem insatisfeitas com sua homossexualidade, ou se tornam o que se chama de bissexuais. Particularmente, não acredito em bissexualismo mas em pessoas que não conseguiram definir sua sexualidade, hetero ou homossexual, devido a uma educação familiar equivocada.
Nestes casos, então, podemos considerar uma doença e, como tal, passível de tratamento e cura.

João Carvalho Neto
Psicanalista, autor dos livros
“Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal”.
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Conteúdo desenvolvido por: João Carvalho Neto   
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal"
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