A LINHA DA VIDA...




Autor Margareth Maria Demarchi
Assunto PsicologiaAtualizado em 4/27/2012 6:58:28 PM
O Camelo, o Leão e o Dragão. (Nietzche)
Você cresce e muda...
...muda o cabelo, o tamanho do corpo, a roupa, a bolsa, o sapato, a música, o quarto, o armário...
Agora, lembre o que acontecia, quando você pensava por exemplo, em mudar o cabelo para alcançar uma mudança especial. Antes do novo corte ou penteado, elaborado por um profissional escolhido para isso, ficava ansiosa (o), e nessa ansiedade, se imaginava como se estivesse vendo o cabelo cortado, você em você mesma (o), ou aquela porção do modelo visto em revista em você.
Ação tomada, surge um de três sentimentos comuns: amar o novo corte; Achar simplesmente razoável; ou, detestar o que foi feito, às vezes com profunda decepção..
Essa "revolução existencial" que surge da necessidade de mudar, tem uma razão em sua vida.
Esta razão vem da intenção secreta de mudar o modo de "como sou" e me tornar "outra pessoa". O tempo todo que se tenta mudar qualquer coisa que está no externo suporta a crença de poder interferir nos mais guardados sentimentos internos.
Porém, pergunte-se:
- O que aconteceu na minha vida para "desejar ser outra pessoa"?
- Em que momento da minha vida eu parei de me olhar como sou e buscar uma mudança para que fosse olhada (o) de forma diferente?
Saiba que sempre que se deseja aprovação do outro é acionado o desejo próprio de aprovar a pessoa que se é.
O que significa, uma forma diferente?
O fato é que existem outras revoluções, e muitas delas, mais importantes do um corte de cabelo. Observe sua linha da vida, sua história. Perceba nela a experiência com os seus pais. Identifique um determinado comportamento que foi adotado para se sentir aceita (o) e amada (o) e que aos poucos foi causando mudanças fazendo com que deixasse de ser você. Avalie se passou a controlar as suas emoções e colecionar segredos de forma obter ganhos.
Você aprendeu que através de determinados comportamentos obtinha valor, e para manter constante esse valor, passou adotar os mesmos comportamentos em quase todos os diferentes relacionamentos.
Mais à frente, aprendeu que as emoções e sentimentos muito fortes criam marcas, sobretudo as más experiências. E assim, sempre que alguém ou situação lembrar você de alguma experiência desagradável, com a imagem de uma daquelas marcas, você acionará suas defesas e será dirigida pela reação àquele sentimento.
Se este ciclo de más experiências for muito dinâmico, o que é comum, a insistência triunfa, de forma que chega um momento na linha de vida no qual perde-se a consciência do (auto) controle, e a emoção passa a comandar a ações.
Insegurança e descontrole são as palavras de ordem para lidar com as emoções e seus sentimentos de origem.
Quando isso acontece, o seu interno está no limite e pede imperativamente uma transformação de atitudes.
Uma transformação que acontece quando se olha para a linha da vida, e nela é identificada a emoção que é a raiz do sentimento e sua marca. Mas é preciso estar atenta (o) aos sinais. Sinais do corpo e sinais do comportamento.
Nunca se é coisa acabada, trabalho finalizado, existência realizada. Por isso na maturidade, se pode compreender as verdadeiras razões de todos que estavam envolvidos e cada experiências desagradável relevante, inclusive as suas próprias, e o quanto esses envolvidos estavam emaranhados na mesma rede de associação de necessidades, de faltas e de carências.
É preciso se convencer de que a aceitação de si (o amor por si mesmo) só tem lugar quando cessa a busca pelo "eu perfeito". Numa reflexão; sendo "perfeito", como será olhar os "imperfeitos"?.
É preciso entender a perfeição dentre as imperfeições, e que dois conceitos opostos conseguem atribuição de conhecimento verdadeiro à medida que sejam entendidos como complemento, um do outro, pois sendo assim, sempre haverá reflexão sobre o todo. Afinal, sempre se é resultado das várias transformações que ocorrem em nossas vidas. É preciso tomar conhecimento de todas as que são relevantes, saber lidar com elas, saber usá-las com propriedade, saber compartilhá-las para que também sejam complemento e criem verdades úteis.
A linha da vida continua....
Agora, com muito mais consciência de que os sentimentos é que orientam o verdadeiro sentido a vida. E que o sentido mais real e verdadeiro é aquele de quem vê, ouve, toca e sente o seu ser e também o outro.









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