A paralisação que o medo provoca

Autor Karina Cavalheiro Chiodi

Assunto Psicologia
Atualizado em 2/21/2011 1:15:46 PM

Depois desses anos de caminhada, muita terapia e muita dança, passei a perceber que a maioria dos mortais morrem de medo de sair do lugar comum. Isso me incluí também.

Por medo do que desconhecemos, tentamos manter o mesmo funcionamento que tínhamos tempos atrás. O que não percebemos é que para ficar nesse lugar, temos que perder nossa vitalidade, nos paralisar, na tentativa que nada de novo nos aconteça. Paramos de respirar, de nos movimentar, locomovermos, mas não percebemos que isso faz com que gastemos uma energia sobrenatural e ficamos esgotados.

Como obtemos energia para o trabalho, prazer, para a vida?

Respirando, não só nos movimentando, mas nos locomovendo. Isso faz com que o corpo ganhe uma quantidade extra de energia. Sem isso, não conseguimos sentir algo como verdadeiramente prazeroso. O problema consiste que quanto mais fazemos isso, mais vivo ficamos, e mais sentimos. Isso inclui tanto situações prazerosas quanto doloridas. O medo é que essa dor nos invada e não consigamos nunca mais sair dela.

Uma das formas que encontrei para aumentar a vida em meu corpo foi através da dança. Ela me alimenta o corpo e a alma. Ela me proporcionou vivências prazerosas e me deixou mais presente para sentir a dor também. Isso não é nada fácil, e muitas vezes pensei em desistir e deixar isso de lado. Acontece que para quem já se fartou de um "banquete" , viver no congelamento novamente é sobrenatural e dói muito mais do que no início. Acho que é o preço da consciência.

Bom, e você o que tem feito para estar mais vivo?

Boa semana.

Autor Karina Cavalheiro Chiodi
Psicóloga, Psicoterapeuta Corporal Neo-reichiana, Analista Bioenergética (em formação), Facilitadora da Dança do Ventre Terapêutica.
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