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A solidão entre tantos!

Atualizado dia 11/6/2016 3:28:27 PM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Pessoas com família e até numerosas relatam com frequência o quanto se sentem “esquecidas”, ficando à deriva na navegação dos relacionamentos. Já não são mais procuradas para troca de ideias. Nas conversas, quando tentam participar recebem olhares de desaprovação, tipo “você está interrompendo”, isso quando não são totalmente ignoradas e continuam a falar como se elas nem estivessem presentes.
Boa parte dessas pessoas possuem condições materiais, não sendo um peso financeiro e muitas até ajudam seus parentes. Na hora de pedirem elas são lembradas. Ao receberem se esquecem até do “muito obrigado”. Não existe Alzheimer ou qualquer outro mal a assolá-las. Lúcidas, conscientes, mesmo assim excluídas. Há aquelas pessoas que moram sozinhas, mas o comportamento dos familiares é o mesmo: afastamento. Há também aquelas que receberam em suas casas os familiares, e eles agem como se elas fossem a intrusa.
Seus gostos não são levados em consideração. Suas vontades nem são ouvidas. Suas vozes chegam mudas nos ouvidos surdos dos que as cercam. Tristezas, mágoas, ressentimentos, depressões são os estados mais comuns vividos por elas. E aquelas que por forças das circunstâncias dependem de seus familiares? Soma-se então o sentimento de impotência por não poderem dar outro rumo às suas vidas.

Mas todas sofrem da mesma forma. Mesmo as que têm condições de viverem sem depender de ninguém se sentem presas na teia familiar e com obrigações para com elas, a família. A ingratidão normalmente se faz presente nessas situações.
Uma pessoa me relatou a mudança de suas sobrinhas quando começaram a ser solicitadas pelo pai a ajudarem-no financeiramente. Passaram a hostilizar a tia, inclusive com insinuações até diretas de que ela deveria ajudar seu irmão e não elas, as filhas. Essa ajuda por muito tempo foi dada por ela, mas sua situação financeira após aposentadoria não é mais a mesma, além de seu irmão ser desorganizado com suas despesas. Como doi a percepção de que as pessoas que antes mostravam tanto amor e carinho agora são as que mais lhe viram as costas, excluindo-as de suas vidas. Essa mesma dor sentem os pais que veem seus filhos afastados.

Não há formulas mágicas ou remédios que modifiquem esses fatos. Há sim posturas diferentes que essas pessoas excluídas do convívio familiar podem vir a tomar. Qual a grande dificuldade? Aceitarem que pessoas tão amadas e próximas possam agir assim com elas.
Na linguagem dos dias atuais, quando “caem as fichas” e esses fatos são reconhecidos, então sim se torna possível ações que propiciam uma melhora em suas qualidades de vida, buscando novos contatos, novos grupos sociais, firmando novas amizades e eliminando suas expectativas que eles irão mudar. Não mudarão!
Mudanças neles poderão ocorrer, sim, mas somente após as mudanças dos atingidos.

Há alguns anos uma senhora que vivia situação semelhante e dependia financeiramente de seus familiares, pois sua aposentadoria não lhe permitia se manter sozinha, procurou ela mesma por um local e surpreendeu a todos quando com sua pequena mala pronta e o táxi na porta, entregou o endereço de onde passaria a viver a partir de então. Local simples, porém, limpo e pessoas para poderem compartilhar suas vidas, suas histórias.

“Sabe Dr., quando parei de esperar deles uma mudança, encontrei alguns interesses que hoje preenchem minha vida”. “Só sinto tristeza se fico pensando nisso, mas descobri que minha vida é mais do isso, então afasto esses pensamentos e dou atenção a outras coisas”. É um exercício muitas vezes doído até a aceitação de que se está vivendo situações assim, porém, após se ter a humildade para aceitar e entender que cada um é como é, essa solidão entre tantos (familiares) pode ser preenchida por outras pessoas e mesmo atividades que o desprendimento lhes propicia.

 

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