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As doenças que justificam

Atualizado dia 9/23/2013 1:27:54 PM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Que título mais estranho! Doenças que justificam o quê? Sintomas? Mas sintomas são conseqüências dos próprios males! Uma das etapas da medicina é identificar, através dos sintomas, a doença que os provocam, para poder tratar as causas e assim, eliminá-los.

Refiro-me às “doenças” que as pessoas desenvolvem para justificar seus estados, suas vontades, seus desejos. Imaginem uma pessoa que tem um desenvolvimento “normal”, que cresceu e estudou, inicia sua vida profissional e se casa. Repentinamente, começa a ter problemas em um ou mais segmentos de sua vida, que pode ser profissional, afetivo-familiar, ou mesmo social. Começa a ter suas atuações limitadas e descobre-se, então, um mal físico que justifica tais limitações.

Inicia-se, então, uma correria a médicos e exames sem fim, todos apontando que nada justifica o mal apresentado. Mas os problemas vão se acentuando e impedindo determinadas ações. Importante esclarecer que o que vem a seguir não é intencional. Não é um processo consciente escolhido pela pessoa.

Inúmeros são os casos em que, em processo terapêutico, descobre-se que o “eu não posso” gerado pela “doença” é um “eu não quero” muito bem camuflado. Se a pessoa não quer algo, como por exemplo, trabalhar, mas sabe que por isso será considerada uma vagabunda, se assim se colocar, inconscientemente desenvolverá o mecanismo do “eu não consigo”, “eu não posso”, para justificar a si mesma e aos demais a sua limitação. Acontece que, de concreto, não há nada que a impeça, a não ser o fato de não querer trabalhar. Para se convencer de que está mesmo impossibilitada, a doença “acontece”. Pronto! Agora essa pessoa está sobre bases consistentes que justificam o “não trabalhar”.

Pois bem, se fosse só isso, estaria tudo certo, pois seu cérebro “arrumou” a condição para que ela, bem como todos os que a cercam a compreendam as suas limitações e, inclusive, a acolham, por se sentirem penalizados diante de alguém tão jovem (embora ela possa não ser necessariamente jovem) estar com tamanho problema. Mas esse mesmo cérebro que criou a condição, agora acredita que isso é verdade. 

Em um processo inicial, são apenas os sintomas e se manifestam. Com o passar do tempo, para que esses sintomas se justifiquem, a própria doença vai se desenvolvendo e se instala no físico.

Psicologicamente, não se pode falar que “não consegue”, então tem que se tornar mesmo um incapacitado para que isso se torne verdade.

Inúmeros são os casos e em ambos os sexos, idades e crenças. É só reprimir um desejo muito forte visando evitar algo, sem querer assumir a escolha, para que esse tipo de manifestação ocorra.

E a pessoa saudável, que atingiu seu objetivo de evitar algo, agora não pode mais aproveitar, porque há uma doença que a atrapalha. Vocês estão “cansados” de ver pessoas caminhando por aí, sem destino claro, insatisfeitas e infelizes. Vocês ainda dizem: “Coitado, tão jovem... tão forte... tão inteligente...” e outros “tão...” a mais.

Deixar vir à tona os reais sentimentos, dizer com clareza e objetividade aos envolvidos exatamente o que se quer, cria apenas um momento de dificuldade: o da manifestação. Logo após, começam as conversas referentes à situação, mas com foco no que realmente se sente e se deseja. Tudo começa a se definir e a caminhar com maior tranqüilidade. Sem seqüelas de “manipulações” inconscientes e, portanto, incontroláveis, tornando as pessoas mais objetivas e sinceras.

A manifestação de suas vontades, desenvolvidas através de relações francas, certamente trarão grandes benefícios e leveza interior. Nem tudo o que se quer é possível, mas o fato de ter isso claro já basta. Ser sincero consigo mesmo e buscar a autotransparência é um exercício possível e muito saudável.

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