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Comportamento suicida – Como identificar e tratar antes que seja tarde.

Atualizado dia 9/3/2009 11:33:24 AM em Psicologia
por Aurora de Luz


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O comportamento suicida abrange os gestos suicidas, as tentativas de suicídio e o suicídio consumado.

Os planos de suicídio e as ações que têm poucas possibilidades de levar à morte são chamados “Gestos Suicidas”.
As ações suicidas com intenção de morte, mas que não atingem o seu propósito, chamam-se “Tentativas De Suicídio”. Algumas pessoas que tentam suicidar-se são descobertas a tempo e salvas. Outras pessoas que tentam suicidar-se têm sentimentos contraditórios acerca da morte e a tentativa pode falhar, porque é, na realidade, um pedido de ajuda combinado com um forte desejo de viver.
Finalmente, um “Suicídio Consumado” tem como resultado a morte. Todos os pensamentos e os comportamentos suicidas, quer se trate de gestos, quer de tentativas, devem ser tomados a sério.

O comportamento autodestrutivo pode ser direto ou indireto.

Os gestos suicidas, as tentativas de suicídio e o suicídio consumado são exemplos de “Comportamento Autodestrutivo Direto”.

O comportamento autodestrutivo indireto implica a participação, geralmente de modo repetido, em atividades perigosas sem que exista uma intenção consciente de morrer.
Exemplos de “Comportamento Autodestrutivo Indireto” incluem o abuso do álcool e das drogas, o abuso do tabaco, o comer em excesso, o descuido com a própria saúde, a automutilação, a condução de um veículo de modo temerário e o comportamento criminoso. Das pessoas com comportamento autodestrutivo indireto diz-se que têm um “desejo de morte”, mas geralmente existem muitas razões para este comportamento.

CAUSAS

O comportamento suicida resulta geralmente da interação de vários fatores:

- Perturbações mentais (fundamentalmente depressão e abuso de substâncias).
- Fatores sociais (desilusão, perda e ausência de apoio social).
- Perturbações da personalidade (impulsividade e agressão).
- Uma doença orgânica incurável.

Mais de metade das pessoas que se suicidam estão deprimidas. Os problemas matrimoniais, uma relação amorosa acabada ou problemática ou uma perda pessoal recente (particularmente entre as pessoas de idade avançada) podem precipitar a depressão. Muitas vezes, um fator como a ruptura de uma relação pessoal é considerada a gota de água que transborda o copo. A depressão combinada com uma doença orgânica pode levar a tentar o suicídio. O suicídio é muitas vezes o ato final de uma série de comportamentos autodestrutivos. O comportamento autodestrutivo é especialmente freqüente entre as pessoas com experiências traumáticas na sua infância, especialmente as que foram vítimas de abusos, de negligência ou do sofrimento de um lar monoparental, talvez porque estas sejam mais propensas a ter maiores dificuldades em estabelecer relações profundas e seguras. As tentativas de suicídio são mais prováveis entre mulheres maltratadas, muitas das quais sofreram também abusos em pequenas.

O álcool aumenta o risco de comportamento suicida porque agrava os sentimentos depressivos e diminui o autocontrole. Dado que o alcoolismo por si só, particularmente quando há ingestão exagerada de forma aguda, causa muitas vezes sentimentos profundos de remorso nos períodos entre uma ingestão e outra, os alcoólicos são particularmente propensos ao suicídio mesmo quando estão sóbrios.

A auto-agressão violenta pode ocorrer durante uma alteração de humor no sentido de uma depressão profunda, embora transitória. As mudanças de humor podem ser provocadas por medicamentos ou por doenças graves. Os que sofrem de epilepsia, especialmente epilepsia do lobo temporal, sofrem muitas vezes episódios depressivos breves, mas intensos, o que, adicionado à disponibilidade em medicamentos para tratar a sua doença, aumenta o fator de risco para o comportamento suicida.
Para além da depressão, existem outras perturbações mentais que aumentam o risco de suicídio. Por exemplo, os esquizofrênicos, particularmente os que estão também deprimidos (um problema bastante freqüente na esquizofrenia), são mais propensos a tentar o suicídio do que aqueles que não têm esta doença. Os métodos de suicídio que os esquizofrênicos escolhem podem ser insólitos e freqüentemente violentos. Na esquizofrenia, as tentativas de suicídio acabam geralmente na morte. O suicídio pode ocorrer nas primeiras fases da doença e pode ser a primeira indicação clara de que a pessoa sofria de esquizofrenia.

As pessoas com perturbações da personalidade estão também em risco de se suicidar, especialmente as imaturas, com pouca tolerância para a frustração e que reagem ao stress de modo impetuoso, com violência e agressão. Alguns indivíduos instáveis consideram emocionantes as atividades perigosas que implicam brincar com a morte, como conduzir um veículo de modo temerário ou os desportos perigosos.

FATORES DE ALTO RISCO PARA CONSUMAR O SUICÍDIO

FATORES PESSOAIS E SOCIAIS:

- Homem.
- Idade superior a 60 anos.
- História de uma tentativa prévia de suicídio.
- História de suicídio ou de perturbação do humor na família.
- Separação recente, divórcio ou viuvez.
- Isolamento social, com atitude de incompreensão por parte dos amigos ou familiares, real ou imaginária.
- Aniversários com especial significado pessoal, como o aniversário da morte de um ente querido.
- Desemprego ou dificuldades econômicas, particularmente se provocarem uma queda drástica do status familiar.
- Abuso do álcool ou de drogas.
- Planejamento pormenorizado do suicídio e tomada de precauções para não ser descoberto.
- Experiência vital humilhante recente.

FATORES MENTAIS E FÍSICOS:

- Depressão (especialmente doença maníaco-depressiva).
- Agitação, inquietação e ansiedade.
- Sentimento de culpabilidade, desadequação e falta de esperança.
- Conversa ou conduta autodenegridora.
- Personalidade impulsiva ou hostil.
- Convicção delirante de ter cancro, doença cardíaca ou outra doença grave.
- Alucinações em que a voz dirige a tentativa de suicídio.
- Doença orgânica crônica, dolorosa ou invalidante, especialmente se a pessoa era anteriormente saudável.
- Uso de medicamentos, como a reserpina, que podem provocar depressão profunda.

PREVENÇÃO

Qualquer ato ou ameaça suicidas devem ser tomados a sério. Embora, por vezes, um suicídio consumado ou uma tentativa de suicídio se apresente como algo totalmente surpreendente ou chocante, inclusive para os familiares próximos, os amigos e os companheiros, existem geralmente sinais premonitórios. Regra geral, os que se suicidam estão deprimidos e, por conseqüência, o passo prático mais importante para prevenir o suicídio é diagnosticar e tratar corretamente a depressão. No entanto, o risco de suicídio aumenta próximo do início do tratamento da depressão, quando a pessoa se torna mais ativa e decidida, mas ainda continua deprimida.

Um bom cuidado psiquiátrico e social depois de uma tentativa de suicídio é o melhor modo de prevenir novas tentativas de suicídio. Como muita gente que comete suicídio já tinha anteriormente tentado consumá-lo, deve fazer-se um acompanhamento psiquiátrico imediatamente após a tentativa. O acompanhamento ajuda o médico a identificar os problemas que contribuíram para o ato e a planejar um tratamento apropriado.

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