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Decisão Difícil

Atualizado dia 11/23/2009 11:03:27 PM em Psicologia
por Tania Paupitz


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Não é tarefa das mais fáceis tomar uma decisão, principalmente, quando ela é direcionada para o caso de uma separação.
Podemos permanecer numa relação desgastada por anos esperando que algum milagre aconteça, ou que alguém venha com a palavrinha mágica: “vá sem medo... é seguro ir por aí...”
Percebemos que sair de um relacionamento fica mais dificil quando sentimos certa melancolia da lembrança daquilo que foi um dia o nosso amor, como se houvesse de fato uma ligação íntima profunda que não se rompe tão facilmente quanto gostaríamos.

Podemos ainda optar pela separação e nos aventurarmos em busca de outro relacionamento, para, lá na frente, descobrirmos que talvez o abismo que exista entre mim e meu parceiro é o mesmo que me separou de outros homens do passado.
De algum modo, começo a compreender que um relacionamento significa algo diferente de encontrar a pessoa certa.

Quando tentamos encontrar a felicidade numa relação com outra pessoa, o que estamos procurando de fato é a harmonia e equilíbrio em nós mesmos.
Há uma frase que traduz de forma sutil um dos muitos caminhos alternativos que temos à nossa disposição, para que as coisas tomem um novo rumo: “se você quer se livrar das suas amarras, ame-as”. Da mesma forma, se você não consegue resolver um problema ou um conflito amoroso, entregue-o, e as coisas acabarão por se solucionarem sozinhas, de um jeito ou de outro.

Muitas pessoas vivem mal com seus parceiros e a grande maioria costuma ir literalmente “empurrando com a barriga” para ver o que acontece. Apesar desta não ser uma das melhores alternativas quando o assunto é desgaste, dar-se um tempo para que as coisas amadureçam é uma maneira de deixar que as coisas acabem tomando um rumo. Tudo é um processo e já diz um ditado popular bastante conhecido: o fruto só cai do pé quando encontra-se maduro.

Às vezes, podemos ficar em cima do muro, por vários motivos, entre eles está o que considero o maior de todos – o MEDO, seja da solidão, do desconhecido, daquilo que as pessoas vão pensar (sociedade), dos filhos saírem prejudicados, da perda financeira quando há bens envolvidos, enfim, toda experiência do recomeçar uma nova etapa na nossa vida, acaba nos causando um certo pavor, pois no fundo não sabemos o que o futuro nos reserva.

Lembro que há algum tempo, conversava com uma amiga a respeito das divergências de uma relação a dois e ela que já é casada há muitos anos, me disse: olha fulana... o segredo de viver bem com um homem é ficar quieta, deixar ele falar, se irritar, fazer de conta que entra por um ouvido e depois sai pelo outro... Somente dessa forma a gente vive feliz dentro de um casamento...
Foi, então, que eu a questionei: e o que eu faço com aquilo tudo que estou ouvindo e não me agrada? Limito-me a engolir o sapo, e daí?

Por um bom tempo, fiquei pensando sobre esta questão, para muito mais tarde descobrir que quem sabe, no fundo, a minha amiga estivesse completamente cheia de razão.
Não que engolir sapos nos faça mais felizes mas, pelo menos, se estivermos em paz conosco, equilibradas emocionalmente, o sapo que irão nos fazer engolir com certeza, retornará para a pessoa que nos enviou...

Se formos nos lembrar das milhares de vezes que rebatemos uma ofensa, um ponto de vista, tornando-nos incisivos, algumas vezes até agressivos, com certeza, não iremos ter boas recordações destes momentos, pois o desgaste provocado, na maioria das vezes, não compensa todo nosso esforço em querer estarmos cobertos da razão.

Agora, se pensarmos no sentido inverso... quando alguém nos ofende, ou nos critica de forma deliberada, e agimos como se não fosse conosco como disse minha amiga - o que poderá acontecer?
Num primeiro momento, a pessoa que quer nos atingir vai ficar muito surpresa com nossa mudança de atitude, e aquilo que ela nos enviou, seja uma ofensa, uma crítica, não encontrará um meio para se manifestar, então, terá que retornar à sua origem. Aquela energia contaminada e carregada de negatividade tenderá a retornar para pessoa que enviou.

Adquirir esta compreensão para não revidarmos a ofensa alheia, a crítica maldosa... é ainda algo bastante dificil para grande maioria das pessoas.
É um desafio que temos que exercitar através da prática do dia-a-dia.
Essa maturidade emocional, aliada ao desapego poderá nos servir de ponte para darmos um novo sentido à nossa vida.
No fundo, não importa com quem você vive. Você sempre vai terminar consigo mesmo. O outro é só um pano de fundo para testarmos nossas necessidades, capacidade de amar, preconceitos, feridas, e acima de tudo, o abismo entre nossos desejos e medos.
Nenhum parceiro pode nos fazer feliz e muito menos garantir que tenhamos em alta nossa auto-estima e confiança. Sendo assim, não importa quem a gente vai encontrar, pois no final acabaremos encontrando tão somente a nós mesmos.

Texto revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Tania Paupitz   
Tânia Paupitz é Artista Plástica e Professora de Artes, há 37 anos, sendo sua marca registrada as cores fortes e vibrantes, influência dos estudos de vários artistas Impressionistas. Cursos de Pintura em Óleo sobre tela, para iniciantes, adultos, terceira idade. www.taniapaupitzartes.blogspot.com waths - 48 9997234
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