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Dívidas internas

Atualizado dia 12/1/2007 1:03:37 PM em Psicologia
por Andrea Pavlo


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Ainda outro dia uma amiga me pediu, in off, que a ajudasse com um trabalho da pós-graduacão sobre a dívida interna brasileira. Como ando metida em aprender sobre as coisas de economia (matéria que, confesso, nunca foi o meu forte), topei. Pesquisamos sobre o porquê das dívidas, como elas se formam, se manifestam e como elas atingem um país. De fato, as dívidas atrapalham, e muito, o bom funcionamento da economia, gerando desemprego, problemas orçamentários, dentre outros.

Fiquei pensando nesse termo por um bom tempo: dívidas internas. Afinal de contas todo mundo tem uma pequena dívida que ainda não pagou, não é mesmo? Pode ser aquele eletrodoméstico imperdível cujo saldo se dividiu em 10 prestações. Pode ser uma roupinha nova que está pendurada no cartão de crédito. Pode ser o próprio cartão de crédito e até as dívidas mais complicadas, como o cheque especial ou pequenos empréstimos que pipocam por aí como chuchus nas cercas. Estatisticamente, 70% da população brasileira tem alguma dívida. Fiquei também pensando porque algumas pessoas se atolam em dívidas e outras não. Minha irmã, por exemplo, parece que quanto mais ela compra, mais dinheiro ela tem. E eu estou sendo obrigada a fazer uma dieta financeira se quiser restabelecer essa minha saúde.

Afinal de contas, será que as nossas dívidas são mesmo internas?

O que eu entendo por uma dívida interna é aquela dívida que temos conosco. Talvez de ter feito aquela viagem que nos prometemos, de ter comprado aquele disco (ainda em vinil e que juramos que teríamos um dia). De perder uns quilinhos ou uns quilões. De encontrar um cara realmente legal e que não tenha defeitos muito terríveis tipo assassinar a família. Ou pior ainda, as promessas que nos fazemos.

Prometemos que nunca mais vamos cair na tentação de ligar para aquele safado. Que nunca mais vamos ajudar aquela pessoa que sempre acaba puxando o nosso tapete. Que nunca mais ficaremos nervosos com o trânsito, com a chuva com uma coisa qualquer que deu errado. Que nunca mais comeremos brigadeiro de colher feito no microondas (essa é mesmo cruel, não é?). E aí? O que fazemos com as promessas que não cumprimos?

Lembra-se do ditado: promessa é dívida? E de promessa em promessa nós nos enchemos de dívidas internas. Até que um dia o Universo manda um monte de dívidas de verdade para que nos lembremos das nossas pequenas promessas. E como é forte essa coisa, não é? Como é difícil se livrar das promessas que nos fazemos, como é complicado fazer de conta que elas nunca existiram. Com certeza, conscientemente, você nem se lembra delas. Mas é só um problema acontecer novamente que você se cobra a dívida. "Eu não falei que não ia ajudar de novo, olha de novo no que deu" . E lá vai você pagar mais uma dívida, cheia de juros emocionais, por não conseguir se perdoar.

Sim, se perdoar. Afinal de contas qual é o seu verdadeiro sonho? Conseguir pagar as dívidas (o que até está de bom tamanho) ou esperar que elas sejam perdoadas! Ah, que delícia. Imagina se o banco ligasse e dissesse "Olha, fique sossegado que todas as suas dívidas foram pagas, viu?" Não seria perfeito?

Então, porque não começar a ser o seu banco ideal agora? Perdoar-se. Perdoar os seus erros, as suas dívidas internas. Entender que a gente se promete, sim, coisas que não tem condições de cumprir e que só fazemos aquilo que realmente a nossa consciência, a nossa evolução permite. Perdoe o que não foi cumprido, você não precisa pagar essas dívidas. Quanto às financeiras... bem, não vai ter jeito mesmo. Mas quem sabe ainda não acontece um milagre? Um prêmio da loteria, uma herança esquecida, quem sabe? O importante é deixar a culpa de lado, se livrar das suas dívidas internas que as externas, com certeza, serão pagas a seu tempo.


Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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