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Estados fugazes!

Atualizado dia 12/21/2014 12:07:45 PM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Datas significativas chegando. Momento de festas e comemorações. Congratulações e demonstrações de simpatia e apreço. Momento em que se olha para seu desafeto com certa ternura e afeição. Desafeto é uma palavra forte, densa. Significa adversário, inimigo.
Pena que as pessoas demoram muito a perceber que seres amados passam a serem vistos como tal (desafetos) quando existe o não encontro de ideias, pensamentos e mesmo sentimentos. Um filho pode amar seus pais, porém, viver distante, tal como se seus pais não existissem em sua vida. Esses pais, ressentidos, passam a nutrir por esse filho um sentimento de despeito e sem notarem passam a manifestar opiniões carregadas de ironias e desdéns, pois a dor impede a consciência.
Em alguns momentos onde há um “desarme”, identificam e manifestam o verdadeiro amor que sentem por esses filhos. Mas logo após, novamente a dor. O sentimento de rejeição. A manifestação voraz de uma não aceitação da situação vivida. Viveu-se um estado fugaz, estado que foge facilmente e com rapidez. O amor sentido de forma plena só foi permitido rapidamente. Foi um momento que passou veloz, não permaneceu. Foi transitório.

Eis o desafio lançado: que haja uma inversão nos sentimentos. Que passe a ser rápido o sentir-se desprestigiado e desconsiderado por seu filho, ou filhos, e duradouro o amor manifesto.
Sentir-se desrespeitado, desconsiderado, desprezado, gera uma magoa tão grande, uma revolta interior que impede a percepção do verdadeiro sentimento. O famoso e tão falado “ego” não aceita que possa ser tratado assim. Revida. Exige revanche. Quer medir forças.
Porém, como vivemos um mundo de dualidades, em algum momento surgirá a tão ausente, mas viva, consciência. A capacidade que nos permite agir com equilíbrio e retidão. A condição de sermos mais justos, ou como prefiro dizer: menos injustos!

A consciência permite à pessoa identificar que seu ressentimento gera consequências que de forma alguma ela quer para seu amado. Possibilita, então, a ela a soltura e o desprendimento das mágoas para dar lugar ao amor e ao carinho que sente pelos que a cercam e que não compartilham dos mesmos espaços afetivos.
Observar a forma como se referem às pessoas que lhes são próximas, possibilitará a identificação das emoções que estão regendo as relações sentidas. Amargura, desdém, tristeza, ironia, são alguns dos indicadores que está falando o ego, o ser sofrido pela dor não admitida. Ego e consciência, duas entidades que se contrapõem e se completam. A primeira deve dar o contorno da individualidade e a segunda a compreensão de que “somos todos um”. Assunto para outro dia.
Uma das maiores dádivas do autoconhecimento e do domínio da consciência é poder identificar o que está ocorrendo internamente, quais são nossos desejos, nossas intenções e nossos direitos e, principalmente pontos a respeitar, que podemos também chamar de deveres e, então, possibilitar o equilíbrio e harmonia interna e externa: significa comigo mesmo e com o mundo em que vivo.
O exercício de amar alguém que não manifesta correspondência ao nosso amor é um dos maiores desafios que vivemos.
Não manifestar correspondência não significa não existir. Observarmos as críticas que fazemos às pessoas com quem convivemos nos possibilita identificar com maior clareza as emoções que sentimos relacionadas a essas pessoas.
Tanto se fala em paz, harmonia e amor, mas é preciso transformar essas falas fugazes em práticas duradouras.
Estamos vivendo um tempo em que cada vez mais precisamos da real percepção do que estamos vivendo. Parar de acreditar que nossos pensamentos são a pura realidade é uma realidade.
O ego é importante: faz-me saber que existo. A consciência me transcende. Faz-me saber que posso estar muito além do que o ego me permite perceber.
Feliz Ano Novo!
Texto revisado

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