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Expressões faciais

Atualizado dia 6/12/2012 11:43:46 AM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Vocês já observaram que muitas vezes nossa expressão facial não é condizente com o que estamos dizendo? O subordinado diz para seu colega: "Não sei não, o gerente disse que eu posso, mas com uma cara... Acho que ele não gostou nada!" E deixa de fazer o que havia sugerido para seu superior. Dias depois é chamado a apresentar os resultados de sua proposta. Não sabe o que dizer. Gagueja, se atrapalha e ao final diz: "Eu não fiz porque, pelo seu jeito, achei que não tinha gostado da idéia". E o gerente já havia passado a idéia para seus diretores, inclusive, elogiado sua equipe.

O pai que, ao saber de uma conquista importante de seu filho, diz: "Que ótimo!" Como quem está indo a um velório. O rapaz sai desconsolado, acreditando que nada que faça irá satisfazer seu pai. Sente-se desestimulado, às vezes até deixando passar a oportunidade conquistada, por interpretar que não "agradou".

Várias são as possibilidades. Uma das mais cruéis é o fato de nos manifestarmos "para dentro", ou seja, acostumamos a nos manifestar apenas em nossas mentes. Vários clientes meus, quando questionados sobre a incoerência do dito com o manifestado, surpreenderam-se, pois "sabiam", por exemplo, que estavam sorrindo. Mas estavam impassíveis. Outra, também cruel, é a da falta de energia interior, que impede as pessoas de vibrarem com as coisas boas que estão acontecendo ao seu redor.

Duas linguagens: a verbal e a corporal. Sobre a primeira temos um domínio adquirido com o tempo, que nos faz dizer com convicção até mesmo aquilo em que não acreditamos. Quanto à segunda, é praticamente impossível alterá-la com o mesmo sucesso da primeira. Pessoas atentas aos seus interlocutores observam muito mais as posturas e expressões do corpo do que a fala, propriamente.

É preciso lembrar que quando nos comunicamos, a forma como o outro nos percebe, como recebe a comunicação, é importantíssima, não só para a compreensão do exposto, mas também para a formação da imagem que nosso interlocutor tenta projetar enquanto discursamos. Muitas pessoas não compreendem porque são tidas como antipáticas, mas não vêem que, ao se relacionarem, não demonstram uma ínfima expressão de sorriso. Ao contrário, às vezes têm contrações faciais, como se estivessem irritados ou muito descontentes.

Este assunto é um dos grandes causadores de desencontros do entendimento em relacionamentos. É muito inconsciente para as pessoas, tal como os que possuem "tiques" nervosos, que alegam não notar este sestro.

Se procurarmos nos aprofundar no porquê de não mais termos coerência entre o que sentimos, dizemos e expressamos fisicamente, iremos também encontrar a constante cobrança de sermos sociáveis: "isso não se pode demonstrar", "aquilo é feio", "o que as pessoas vão dizer?" e assim por diante. Perde-se da espontaneidade, a sinceridade, tudo para que se possa ser melhor aceito no meio em que se vive.

As pessoas que têm este fato mais acentuado em seus comportamentos trazem consigo um forte sentimento de serem incompreendidas pelos que as cercam. Não conseguem entender o porquê de reações hostis ou não simpáticas quando "estão sendo" tão cordiais. A pessoa faz um comentário brincalhão com o outro. O outro recebe isso como uma ironia, sarcasmo, ou mesmo agressão e cobrança direta. Bela confusão!

Procurar perceber-se mais em qualquer situação, em qualquer momento, é um exercício que facilita a percepção do outro daquilo que se quer expressar. Não é o identificar apenas da emoção sentida, mas mais que isso, é identificar o sentimento que gerou esta emoção.

Olhe-se. Ouça os demais. Reflita. Esforce-se. O resultado será percebido de imediato.

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