FALANDO DE AMOR II




Autor Carmem Farage
Assunto PsicologiaAtualizado em 19/04/2012 20:18:06
Tudo na vida se relaciona com o amor. O amor é o único significado real da vida. Estar vivo significa que ocupamos a casa do amor e devemos seguir suas regras. Nem a vida nem o amor exigem que as pessoas desistam de sua dignidade, auto-estima, objetivos de trabalho, bom-senso. Por algum motivo, nem sempre entendemos isso direito. Acreditamos que é preciso desistir de algo para conseguir outra coisa. Acreditamos nisso especialmente em relação ao amor. Não entendemos que o amor é crescimento, é realização de potencial - ser mais quem você é, fazer melhor o que faz, acreditar com mais convicção e tomar mais posse do que tem. Infelizmente, achamos que podemos nos unir a outras pessoas antes de nos unirmos a nós mesmos. Isso é absolutamente impossível. Você não irá receber amor de fora enquanto não for amor por dentro.
Estamos na vida aprendendo a respeito do amor. Tropeçamos por aí, nos envolvendo em estranhas ligações, estabelecendo as regras à medida que passamos por experiências, em nome do que pensamos ser amor. Observamos e ouvimos outras pessoas, acreditando que elas sabem tudo sobre o amor e os relacionamentos. A verdade é que essas pessoas, assim como nós, estamos aprendendo através de tentativa e erro.
As pessoas não conseguem preencher as nossas necessidades. Podem querer faze-lo, podem tentar. Podem nos convencer de que são capazes, mas não é verdade. O que as pessoas podem fazer pelas outras é tornar a necessidade menos urgente.
Elaborei uma lista de coisas que geralmente quando, na urgência de encontrar um amor, fazemos. É inevitável que cada uma dessas coisas não consiga preencher nossas necessidades e há um grande risco de que elas criem, situações insuportáveis e dolorosas:
Todos os sinais indicam que esta não é a pessoa certa, mas você ignora seus alarmes internos e continua insistindo.
Por medo de ficarmos sozinhos, ou por acreditarmos que não podemos ter o que queremos em um relacionamento, aceitamos a primeira pessoa que aparece, apenas para sermos abandonados, derrotados, enganados, etc...
Confundimos amizade e gentileza, com amor romântico.
Quando alguém é gentil conosco e não estamos acostumados, ficamos sem saber como dizer não para essa pessoa, mesmo quando percebemos que não é quem queríamos que fosse.
Ficamos presos a aparências e promessas.
Forçamos uma pessoa a ficar conosco ou lhe damos um ultimato. Como a pessoa não sabe como dizer não, ela fica conosco...Por algum tempo.
Como a outra demonstra interesse por nós, correspondemos sem verificar profundamente se encontramos quem ou o que queríamos.
Permitimos que a fé cega, que leva ao amor cego, nos leve para um relacionamento que não é saudável.
Decidimos acreditar que nossos parceiros não farão conosco o que fizeram com outras pessoas.
Compatibilidade sexual é confundida com amor.
Permanecemos em um relacionamento, tentando teimosamente resolver os problemas, mesmo estando infelizes e mesmo quando o parceiro não demonstra interesse em superar as dificuldades.
Não expressamos o que realmente sentimos porque achamos que vamos magoar o parceiro.
Decidimos acreditar nas mentiras do parceiro, mesmo quando sabemos a verdade! Agimos como se não soubéssemos o que está acontecendo, mesmo quando sabemos.
LEVA TEMPO
Não existe um tempo determinado para a prontidão. Não é uma questão de "se eu fizer isso, vai acabar mais rápido" ou "se eu fizer desse jeito, nunca mais vou passar por isso". Cada um tem a sua própria experiência. Você ficará nas vidas o tempo necessário para botar suas questões internas em ordem e para que a outra pessoa fique pronta.
Em outras palavras, podemos estar prontos, mas nosso parceiro pode não estar. Podemos estar curados de nossas inseguranças, porém nosso parceiro pode não estar curado ainda. Podemos ter perdoado tudo o que tínhamos para perdoar, mas a pessoa pela qual estamos esperando pode nem ter começado a perdoar e a abrir mão. Conseqüentemente, você continuará nas vidas até que a pessoa especial para a qual você está se preparando também esteja pronta. Não desanime! Isso é bom! Neste meio-tempo, você estará se aprimorando e também protegido.
A paciência é o elixir da cura para a melancolia deste meio-tempo. O desafio quer gostemos ou não, é aprender a ser paciente conosco mesmos. Quando estamos no meio-tempo, existe uma tendência para nos culparmos e castigarmos pelo que deveríamos estar sentido ou fazendo. Nada disso. Sinta simplesmente o que está sentindo, relaxe e deixe passar. Não devemos julgar nossos sentimentos nem rotulá-los como bons ou ruins, certos ou errados. Quando já estivermos cansados de nos sentir mal, ou quando tivermos entendido a causa do problema que está nos atormentando, o sentimento irá passar. Cada vez que surge um sentimento, é sinal seguro de que estamos lidando com ele a fim de libera-lo. Se resistirmos ao sentimento, ele irá brigar conosco, criará dentes e garras que usará para nos atacar - estará lutando pela própria sobrevivência! Quando sentimentos e padrões antigos de comportamento estão lutando para se perpetuarem, a coisa mais amorosa que podemos fazer é ter paciência conosco mesmos e com o que estamos sentindo.
Enquanto estamos caminhando em direção ao amor, podemos ter experiências que são valiosas e significativas. Não acredite nunca que o que você faz no meio-tempo, mesmo que sejam relacionamentos curtos, é uma perda de tempo. Todos os relacionamentos são o relacionamento de que precisamos naquele momento. Tudo o que fazemos em todos os relacionamentos que temos nos prepara para a grande experiência do amor total e incondicional por nós mesmos e pelos outros e nos aproxima dela. O importante é resistir à tentação e à armadilha de pensar que todo relacionamento tem que ser o relacionamento que dura para todo o sempre, amém. Lembre-se de que estamos sendo preparados para algo melhor ou protegidos de algo pior.









Fundadora do Instituto Lumni, criadora da Terapia Lumni - uma terapia quântica que une ciência e espiritualidade sob a mentoria de Teillhard de Chardin. Psicóloga, Psicanalista, especialista em Regressão de memória, apometria Clínica, Mestra de Reiki Usui Tibetano, especialista em Medicina Chinesa. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |