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Indução do outro ao erro!

Atualizado dia 2/18/2013 7:21:05 AM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Se os pais soubessem o quanto possuem de responsabilidade nos comportamentos de seus filhos, tratariam de rever urgentemente a forma de lidar com os pequeninos, pois um dia estarão adultos e carregados de influências maléficas.Isso mesmo, maléficas, que tiveram origem nas afirmações taxativas de seus pais: "Você é um burro"; "Desse jeito você nunca será alguém na vida"; "Quem vai querer amar alguém como você?"; "Saia daqui, seu imprestável" e muitas outras que, muitas vezes, basta uma única vez ser afirmada para ficar registrado para sempre no inconsciente da pessoa.

Você é capaz de identificar hoje seus comportamentos que refletem afirmações antigas feitas a seu respeito e que estão atuando em você, dificultando sua vida? Situações que após ditas, são incorporadas e dadas como verdade por quem é o alvo. Não só na infância esses registros acontecem, também quando adultos. A Neurolinguística diz que basta três ou quatro repetições para que nosso cérebro registre a experiência, em algumas situações, basta uma única vez.

Não é apenas em consultório que identifico isso. Não são raras as vezes que, em conversas informais, percebo que o que está acontecendo teve origem no contexto citado acima. Há alguns anos, chamei a atenção de um conhecido pelo fato dele estar dizendo o tempo todo que seu filho ia acabar "aprontando", pois gastava demais. Com aprontar ele queria dizer roubar, dar calote etc.. Presenciei o dia em que ele, mesmo relutante, disse ao filho que ficava tão nervoso com o quanto o filho gastava, que acabava falando bobagem. Algum tempo depois, estava este jovem também nervoso, pois tinha duas parcelas de seu carro novo atrasada, que em um momento de desabafo disse: "Não falam que sou aprontão? Não pago mais ninguém e pronto!". Sua esposa, conhecedora de minha conversa com o sogro dela lhe perguntou: "Vai querer dar razão ao que seu pai afirmava antigamente? Pois já faz algum tempo que ele não diz mais isso". O rapaz respondeu: "Estou nervoso, desculpe-me. Você sabe que não vou fazer isso". E resolveu adequadamente suas dificuldades, sem "aprontar com ninguém".

Esse rapaz esteve à beira de "cumprir" a previsão paterna, só não o fazendo por ter ao seu lado alguém que trouxe no momento certo a colocação certa. É comum ouvirmos afirmações do tipo: "Não dizem que eu não presto? Agora vão poder falar; vão ver só", "Estão falando tanto, então vamos lá" etc..

Induzir significa instigar a prática de alguma coisa, incutir. Incutir é fazer penetrar no ânimo de; insinuar; sugerir.

No trabalho, é muito comum resultados fracassados porque a chefia ficou o tempo todo dizendo que "isso não vai dar certo". Comum o filho sair com o carro e sofrer um acidente, que teve sua origem nas afirmações de seus pais "você vai se arrebentar, não sei onde estou com a cabeça em deixá-lo sair com o carro". Muitos casos de infidelidade têm sua origem em acusações e insinuações infundadas. Desde reações inconscientes a atos de rebeldias explicitas, poderiam ter sido evitados se não tivesse ocorrido à indução.
O pior de tudo é que os responsáveis pela indução, quando o fato sugerido acontece, ainda dizem: "Eu sabia, cantei essa bola, não quiseram me ouvir". Intitulam-se os conhecedores da "alma humana", mostram-se revoltados e são os que mais acusam aquele que sofreu a ação da indução. Não identificam que foram ou "autores intelectuais" do acontecido. É verdade que esse fato não retira de quem o faz a responsabilidade pelo erro cometido, mas nos mostra que aqueles que estão ao redor têm também sua participação no ocorrido.

Lembre-se que a palavra é hipnótica e tanto mais peso tem quanto mais importância tem para o ouvinte quem fala. Quantas vezes, querendo dizer algo a alguém, você sugeriu apenas, sem dar aparente importância ao que estava dizendo e mais para a frente descobriu que a pessoa fez exatamente o sugerido?
 
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