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Minha mulher não precisa mais de mim! Para que é que eu sirvo?

Atualizado dia 5/3/2007 11:36:32 AM em Psicologia
por Andrea Pavlo


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Em minhas andanças pelo mundo do inconsciente coletivo, tenho notado um novo fenômeno. Uma nova geração de homens, descendente diretos de uma nova geração de mulheres.
As mulheres começaram a mudar no século passado e isso é fato. Saíram dos seus lares, galgaram espaço num mercado de trabalho feito à imagem e semelhança masculina, ou seja, competitivo e cheio de obstáculos, como só os machos pareciam apreciar. De fato, nós tomamos gosto pela coisa. Nos tornamos tão ou mais competitivas do que os eles, queimamos nossos sutiãs e declaramos o fim da dependência financeira. Deu certo? Mais ou menos.
Já mencionei que acho que mulher é mulher, e homem é homem. Que nós nunca devemos abandonar totalmente a nossa essência feminina assim como os homens não devem abandonar a sua essência masculina. De fato, as mulheres recuaram um pouco de sua postura que copiava o mundo masculino, sem dar valor a seus lindos sutiãs e saias lápis maravilhosas. Voltamos um pouco porque percebemos que não dá para viver sem os nossos instintos, sem a nossa intuição, sem o nosso lado mãe, sem as coisas que, de fato, fizeram felizes as nossas tataravós. E fizeram sim, de verdade, amiúde o que elas tinham que passar. Assim, as mulheres mudaram o lado ruim da história e pegaram o lado bom e divertido dos homens. Ulala!!!

Pois bem, mas ainda não paramos para pensar no outro lado. O que aconteceu com os homens? Se olharmos bem para os nossos companheiros de jornada, sejam eles amigos, namorados, maridos ou colegas de trabalho veremos uma nova geração masculina, ainda um pouco amedrontada conosco e com a nossa incrível capacidade de rápida evolução (que pertence e eles também, claro). Mudamos tanto, mas tanto, que alguns homens simplesmente não sabem o que fazer com a gente!
Pelo amor de Deus, eu não estou falando daquela máxima que toda mulher solteirona solta "os homens têm medo de mim e do meu sucesso". De fato, houve uma transferência da competitividade. Antes homens competiam com homens. Hoje homens competem como todo mundo. A mulher era o porto-seguro, onde eles poderiam parar de lutar e de se degladiar. Como diria nosso amigo Chico Buarque "mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas". A mulher era sempre um pouco namorada, um pouco amante, um pouco mãe mas sempre, invariavelmente, precisava de seus cuidados. Se não fossem cuidados psicológicos, pelo menos financeiros. Muitos homens, pais da atual geração da qual estou falando, fizeram isso e tiveram seus casamentos felizes e longos, como manda o figurino. E agora José? Minha mulher não precisa mais de mim! Para que é que eu sirvo?
Mas não é um medo do nosso sucesso que move a nova geração masculina. É o medo do desconhecido. É a perda do seu lugar original, perda dos seus antigos valores. Muitos desses homens foram criados por mulheres (mães e irmãs) que sempre fizeram tudo sozinhas e, pasmem, ainda o mimavam. A mulher carrega isso de seus instintos maternais. Se encontra um homem (ou qualquer outra coisa) que inspire cuidados e que precise dela, ela pega na hora. É instinto. Mas e o que os homens fazem com seus instintos protetores já que as mulheres nem querem ouvir falar deles? Novamente, é instinto. Nós podemos tratá-los como cuidadoras e eles não podem cuidar um pouquinho da gente?

As mulheres, por conta da mudança, acabaram perdendo o senso de "receber". Até mesmo por uma questão de manter o controle das coisas e nunca, nunca mais passar por tudo que fomos obrigadas a passar antes. A nossa heroína, nossa deusa Palas Atenas, ganhou proporções catastróficas, deixando a pobre Perséfone, virgem e passiva, sem espaço para receber um carinho, um aconchego e um cuidado. E eles, os nossos Zeus, sentem falta disso. Eles precisam cuidar de nós, tanto quanto precisamos cuidar deles. Mas não é mais numa perspectiva antiga, de dependência.
Hoje as pessoas ficam juntas porque querem, porque querem trocar coisas legais e não porque precisam. E essa é a maior liberdade que podemos ter. Podemos ser livres para dar e receber na mesma proporção, de homens mais sensíveis, mais equilibrados e, porque não, um pouco mais assustados do que nós. Mas toda mudança leva tempo. A mulher ainda não se encontrou totalmente, apesar de tudo. Nem o homem. E os dois precisam encontrar uma nova forma de relacionamento. Sem amarras, sem cobranças, sendo livres dentro da sua liberdade.
Não existe liberdade maior do que aquela que está dentro de cada um nós. Aquela que nos faz assumir quem nós somos, quem queremos ser e como faremos isso. Então, solte as amarras. Pense com o coração de vez em quando e deixe as coisas fluírem, acontecerem, do jeito como tem que ser. Homens como homens mais sensíveis às nossas necessidades, mas conectados com nosso lado feminino. E mulheres mais conectadas com os homens e suas necessidades de dar carinho, atenção e mimos. O equilíbrio está próximo, é só esticarmos um pouquinho nossos dedos. E ser feliz ainda é, sempre, a melhor pedida.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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