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Motivação

Atualizado dia 7/28/2009 12:11:50 PM em Psicologia
por Mirtes Carneiro


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Ao longo da história, várias teorias de motivação foram sendo criadas, como por exemplo a teoria da motivação pelo instinto, que diz que nós nos motivamos a executar certos comportamentos devido à programação genética. Semelhante aos animais, os homens seriam dotados de uma motivação instintiva, inata, como comportamentos de migrar ou acasalar.

Com o passar do tempo esta teoria foi sendo abandonada, por não apresentar uma explicação para estes comportamentos. Surgiu, então, a teoria do impulso, que afirma que o comportamento é motivado pelo desejo de reduzir a tensão interna causada por necessidades biológicas não preenchidas, como fome ou sede.

Neste caso, as necessidades fisiológicas seriam as grandes condutoras da motivação. Por exemplo, um indivíduo com fome é motivado a comer. Mas as pessoas, muitas vezes estão motivadas a comer, mesmo sem sentir fome, como no caso de uma reunião com amigos, por exemplo. Então, esta teoria também não se mostrou completa.

Surgiu, então, a teoria da motivação por incentivo, a qual relata que os indivíduos são motivados a exercerem determinados comportamentos pela atração de objetivos externos como recompensas. Por exemplo, boas notas ou uma promoção no trabalho seriam recompensas externas que motivariam o indivíduo a estudar mais, ou a trabalhar 10% a mais, visando a promoção. Esta teoria também se mostrou incompleta, pois existem certos comportamentos que não visam recompensas externas, como por exemplo: jogar, aprender uma nova tarefa, ajudar outras pessoas sem esperar recompensas, etc. 

No final da década de 50, surgiram as teorias humanistas de motivação. Estas teorias levavam em conta o papel dos fatores motivacionais biológicos e externos. A motivação seria, então, determinada pela maneira como percebemos o mundo, a nós mesmos, às outras pessoas e também pelas nossas crenças, nossas capacidades, etc.

Abraham Maslow, desenvolveu o famoso modelo de motivação denominado Hierarquia das Necessidades. Maslow acreditava que as pessoas eram motivadas a satisfazer suas necessidades em cada nível da hierarquia, antes de mudarem para o nível seguinte, o que foi demonstrado com o símbolo da pirâmide. Os níveis mais baixos da hierarquia de Maslow enfatizam as necessidades biológicas, sociais e de segurança, subindo em direção aos níveis de sensação de pertencer, necessidade de estima e prestígio e finalmente, no topo da pirâmide se encontra a auto-realização, onde o indivíduo atinge o seu potencial total.

Atualmente, pesquisadores assumem que a motivação é determinada por fatores múltiplos, que incluem componentes biológicos, comportamentais, cognitivos e sociais. 

De acordo com Maslow, as pessoas auto-realizadas possuem e se utilizam do realismo e da aceitação, pois têm percepções precisas de si mesmas e dos outros, assim como da realidade externa. Aceitam a si mesmas e aos outros como são; são espontâneas, naturais e abertas em seus comportamentos e modo de pensar, porém, por outro lado, podem conformar-se facilmente com regras convencionais, quando as situações exigirem tal comportamento. Pessoas auto-realizadas geralmente se dedicam a um propósito maior na vida, que se baseia na ética ou em um sentido de responsabilidade pessoal.

Estas pessoas possuem uma forte necessidade para a privacidade e a independência, focam os próprios potenciais e desenvolvimento, em vez das opiniões dos outros.

Pessoas auto-realizadoras apreciam continuamente o novo, os simples prazeres da vida lhes causam admiração e curiosidade. Comumente experimentam momentos de intenso êxtase, onde o sentido do eu perde-se ou transcende. Elas podem sentir-se transformadas por essas experiências culminantes.

Podemos, então, dizer que a motivação envolve necessidades e desejos dos seres humanos. Para se motivar, o homem deve conhecer os seus desejos, e isto poderá ser feito com o processo de autoconhecimento e também com uma boa formulação de seus objetivos. Um homem sem metas definidas é um homem desmotivado.

Biografia de grandes líderes nos mostram como eles se motivaram para chegar onde chegaram. O líder sempre tem um desejo ardente ou uma necessidade, uma emoção forte que o impele rumo ao seu objetivo. A expectativa e a convicção transformam estes desejos em ação. O líder descobre uma necessidade humana, um objetivo.

A motivação é a expectativa de um desejo (meta, objetivo) a ser realizado. A capacidade de automotivação é inerente ao homem. Conforme vimos acima, a  automotivação envolve desejos e necessidades;  expectativa e convicção e, finalmente,   implica em ação. Automotivação diz respeito a converter um desejo em um plano de ação.

O critério da motivação é subjetivo, cada um de nós - de forma particular e individual, de acordo com o mapa pessoal - é motivado por este ou aquele critério.

 Segundo Maslow, podemos ser motivados pelo déficit ou pelo crescimento.

As pessoas que são motivadas pelo déficit possuem algumas características:

Possuem um "vazio" a ser preenchido;

Têm necessidade de amor;

São reativas;

Possuem o referencial externo, temem o ambiente e são vulneráveis;

Evitam a doença.

Na motivação por déficit as pessoas utilizam mecanismos de defesa para eliminara a dor.

"Em essência, o homem deficit-motivado é muito mais dependente de outras pessoas do que o homem que é predominantemente motivado para o crescimento. Ele é mais "interessado, mais necessitado, mais vinculado, mais desejoso".

As pessoas motivadas pelo crescimento:

São autônomas;

Auto-suficientes;

Buscam a saúde;

São pró-ativas;

Possuem tendência à individuação.

Na motivação pelo crescimento as pessoas utilizam mecanismos de interação para buscar o prazer, triunfar e superar as dificuldades.

"Os problemas e conflitos da pessoa motivada para o crescimento são resolvidos por ela própria, recolhendo-se à meditação, isto é, analisando-se e perscrutando o seu íntimo, em vez de procurar a ajuda de outrem".

Sejam as pessoas movidas pelo déficit ou pelo crescimento, no ser humano sempre vamos encontrar um impulso para seguir em frente, buscando uma satisfação maior do que aquela que se experimenta agora.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Mirtes Carneiro   
Mirtes Carneiro CRP06/111130 Psicóloga e Psicanalista Atendimento on line Tel 11 9 8108-5021
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