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O que eu ganho de positivo?

Atualizado dia 2/16/2014 5:50:14 PM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Sabe-se hoje que em todas as espécies, há códigos pelos quais ocorre a comunicação. Comunicar-se é procurar fazer-se entender pelo outro no que se pretende expressar. É estabelecer vínculos que se fortalecem na medida em que há a reciprocidade.
“Eu entendo o que ele quis dizer”. É uma forma de dizer que captamos o que o outro emitiu. O que o outro disse, mas mais que isso, o que ele quis dizer, o que estava sentindo e que muitas vezes não teve como formar a frase mais adequada.
Nos desencontros do dia-a-dia, o uso da palavra como forma de auto-afirmação tem “garantido” muitos mal-estares, muitos desentendimentos, muitos afastamentos. “Ele teve que me ouvir, disse tudo que queria para ele”. Quantas vezes já ouvimos ou dissemos essa frase?
Quando uma pessoa faz uma colocação infeliz, na maioria das vezes, em vez de mostrarmos a ela se era isso exatamente que ela quis dizer, reagimos agressivamente, “colocando-a em seu lugar”. Pronto. Ela falou uma bobagem e nós falamos muitas outras, pois em vez de conscientizá-la do “tamanho da besteira” que ela disse, a criticamos tanto que ela não irá nunca perceber o que fez. Mas irá sim ficar extremamente magoada com o tudo que fizemos.

O número de relacionamentos desfeitos por conta de dificuldades de comunicação está cada vez maior. Em todos os tipos de relacionamento, desde amizades, trabalhos e principalmente afetivos.
Até parece que o objetivo das pessoas terem o dom do falar é o de se auto-afirmarem e “garantirem terreno” no circulo em que vivem. É como se as palavras não mais tivessem por missão expressar percepções e sentimentos entre as pessoas, mas “ganhar”. Ganhar o que?
O que eu ganho de positivo? Está deve ser a pergunta a ser feita antes de proferirmos qualquer parecer ou opinião em situações onde há tensões e conflitos. Pois sempre que uma idéia, uma opinião é dita, algo é despertado nos demais. Pode ser bom ou não. Favorável ou desfavorável, e o que muito se tem feito é despertar uma grande raiva, um rancor causado pelo que foi dito ou pela forma como foi dito.
Ao se fazer essa pergunta, a resposta nos mostrará de devemos ou não falar e mesmo quando o que precisa ser dito não for agradável para quem irá escutar, nos alerta na forma de falarmos.
Toda comunicação tem conteúdo e forma. Conteúdo é “o que” queremos dizer. A forma é o “como”. O que precisa ser dito é o conteúdo. É muito comum vermos pessoas ensaiando mentalmente o que irão dizer, mas não como uma busca da melhor forma e do ter claro o que quer expressar e sim como uma vazão de “ressentimentos contidos” até a hora do falar, que começa a ser extravasado no pensamento recorrente da conversa. Quando chega a hora o resultado só pode ser de conflito, pois a pessoa está tão “carregada” por esse ressentimento que não fala, “despeja”!

Quando isso ocorre, em bom número de vezes quem falou sai satisfeito por ter dito tudo que “quis”. Mas logo após, começa a sentir certa inquietação que vai ganhando espaço, normalmente é possível localizá-la: no peito, e então vem certo tipo de arrependimento. Uma mescla de “eu precisava dizer” com o “deveria tê-lo feito de outra forma”.
Quanto já foi dito que a palavra tem significado, tem peso e que após pronunciada, ela marca sem possibilidade de retorno. Pode-se (e devemos) pedir desculpas quando se identifica o erro, a precipitação, o engano, mas isso não apagará o que foi dito, apenas passará a quem ouviu o arrependimento, o reconhecimento da não adequação do falado.
A palavra depois de dita é como uma folha de papel que foi amassada. Por mais que se tente alisá-la, ela permanecerá com os vincos feitos.
Quando nos manifestamos, deixamos marcas nas pessoas. Portanto, é nosso dever, nossa obrigação até, cuidarmos para que essas marcas sejam positivas. E ter esse cuidado não diminui ninguém, ao contrário, engrandece e nos faz sermos mais queridos.


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