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Os insondáveis caminhos da mente

Atualizado dia 11/16/2007 8:19:21 PM em Psicologia
por Cleide Neuza Fernandes Maia


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Desde o nosso período de formação, ainda no ventre materno, começamos a acumular conhecimentos e experiências. Tudo aquilo que passa pelos nossos sentidos são percebidos pela nossa mente e vai sendo gravado, formando um grande arquivo de registros – ou memórias - com todas as informações que tivemos, sejam elas positivas ou negativas.

Embora a literatura utilize as denominações consciente, subconsciente e inconsciente, o que dá a impressão de partes específicas da mente, é apenas uma divisão didática, trata-se apenas de níveis de consciência. Prefiro utilizar somente consciente e inconsciente referindo-me àquilo que está exposto e àquilo que está “escondido”, respectivamente, o que farei de agora em diante.

Essas informações são acumuladas na parte inconsciente da mente. Mas a mente é dinâmica e esses registros se movimentam de acordo com o estímulo e a necessidade que o indivíduo tem de utilizá-los, podendo, em um determinado momento, um certo conteúdo estar no consciente ou não. Na verdade, esses arquivos são a nossa grande porta de entrada para um mundo inteligente e saudável se o soubermos utilizá-lo de forma adequada, porque é o depósito de uma grande sabedoria interior.

Claro que alguns registros com conteúdo emocional traumático dificilmente fluiriam para o consciente sem um trabalho ou um estímulo maior, em função da censura, da crítica e da resistência que o consciente traz e que impede que “lembremos” de tal episódio que provoca em nós algum mal-estar.

Portanto, as memórias inconscientes podem ser acessadas através de um estímulo natural ou não, isto é, de forma espontânea ou de forma provocada. Quando lembramos de alguém sem que alguma coisa tenha despertado isso ou quando sentimos uma grande vontade de chorar sem saber o porquê dizemos que são registros que estavam no inconsciente e fluíram para o consciente.

Esse fluir dos conteúdos inconscientes de forma espontânea ou provocada pode acontecer de duas formas: tomando-se consciência do fato ou simplesmente sentindo-se envolvido pela emoção que aquilo causou, como, por exemplo, a vontade de chorar sem causa aparente.

Quando estamos com um paciente no consultório, precisamos que esses conteúdos fluam naquele momento com um determinado fim – o tratamento - então, provocamos esse acesso. E dependendo do caso, da disponibilidade interna e da condição de saúde física e mental da pessoa, trabalhamos em estado hipnótico com o conteúdo no inconsciente, sem deixá-lo fluir para o consciente, apenas utilizando o transe e uma linguagem adequada para a comunicação com o nível mais profundo da mente – o inconsciente - fazendo sugestões de ressignificação desses conteúdos e reprogramação mental. Ou, se a pessoa apresentar condições propícias, fazemos a regressão, isto é, a levamos a lembrar e a reviver o que causou determinados sintomas, como uma fobia por lugares fechados, por exemplo.

Todos esses conhecimentos e experiências são armazenados e permanecem vivos, alguns “adormecidos” e outros ativos. Estes, “alimentando” nosso jeito de ser, viver e de sentir. Aqueles “adormecidos” podem despertar e com isso surgirem diferenciadas situações ou reações que podem ir desde uma grande motivação para viver até um estado psico-emocional grave, com uma depressão profunda.

Enfim, as experiências de conteúdos emocionais traumáticos que vivenciamos podem causar os mais diversos problemas, que vão desde uma simples tristeza ou apatia, até um distúrbio emocional maior ou uma doença orgânica grave.

Durante o tratamento, o que acontece é uma sintonia do paciente com terapeuta, onde sua atenção é focalizada e limitada à comunicação deste. Por isso há a alteração de consciência, que é o transe onde o consciente crítico, resistente e cheio de censura se afasta e libera o acesso ao inconsciente e, conseqüentemente, às experiências armazenadas, podendo trazê-las ao consciente e revivificá-las. Isto é levar o paciente à regressão quando este conteúdo é compreendido, elaborado e as emoções advindas dele, que é o que importa, são drenadas e daí ocorre a cura. Ou não reviver as experiências por hipnose; através de sugestões as experiências vão sendo elaboradas pelo inconsciente, eliminando emoções negativas e criando novos registros que o levem a atingir o seu objetivo de forma definitiva.

De qualquer forma, com a cura o indivíduo deixa de “criar” situações adversas que inconscientemente justifiquem seus sentimentos como auto-punição, ações repetitivas, isolamento, desfuncionamento orgânico, etc, levando o paciente a reprogramar a sua mente, modificar hábitos, ampliar a capacidade de aprendizagem, eliminar medos, curar-se de doenças físicas, entre outros. Enfim, se liberta de emoções negativas que o prendem e passa a viver sua vida saudável.

Essas técnicas, por serem uma forma de acessar o inconsciente de forma imediata e, conseqüentemente, as memórias lá armazenadas, viabilizam e agilizam em muito o tratamento, reduzindo seu período, evitando o desgaste e o sofrimento dos inúmeros relatos e diminuindo o custo. Portanto, amenizando o investimento pessoal e financeiro.

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Cleide Neuza Fernandes Maia   
Psicóloga, atua numa aboradagem psicanalítica e utiliza técnicas de hipnose e regressão.
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