Paixão versus Obsessão: Como Identificar e Cultivar Relacionamentos Saudáveis
Atualizado dia 3/22/2024 10:45:14 PM em Psicologiapor ROBERTO DANTAS
Você já se perguntou qual é a linha tênue entre uma paixão ardente e uma obsessão sufocante em um relacionamento?
É normal querer estar com alguém que você ama intensamente, mas quando essa vontade se transforma em uma necessidade incontrolável, é hora de olhar mais de perto.
Paixão, essa chama que nos faz sentir vivos, pode nos levar a declarar que não vivemos sem o outro, que nossa existência está entrelaçada com a deles.
É o sentimento de querer compartilhar todos os momentos, grandes ou pequenos, com o nosso parceiro.
No entanto, é importante reconhecer que essa intensidade pode ser saudável ou doentia, dependendo de como é vivenciada.
No relacionamento saudável e apaixonado, essa vontade intensa de estar com o outro é acompanhada por uma sensação de plenitude e felicidade.
Você se sente completo quando está junto do seu parceiro, mas ainda mantém sua própria identidade e independência.
É uma troca equilibrada de amor e apoio mútuo, onde ambos os parceiros se sentem respeitados e valorizados.
Por outro lado, a obsessão é como uma sombra escura que paira sobre o relacionamento.
A necessidade desesperada de estar constantemente com o outro pode levar a um comportamento possessivo e controlador.
Você sente uma angústia insuportável quando não está ao lado do seu parceiro, e essa dependência emocional pode levar a sentimentos de ciúme, insegurança e até mesmo manipulação.
Vamos dar um exemplo prático para ilustrar a diferença:
Imagine Maria e João, (nomes fictícios) um casal apaixonado.
Eles adoram passar tempo juntos, compartilhando interesses e apoiando um ao outro em suas jornadas individuais.
Maria diz a João que ele é seu porto seguro, sua fonte de felicidade, mas também se sente realizada em suas próprias atividades e amizades.
João se sente da mesma maneira em relação a Maria.
Eles são apaixonados, mas também têm suas próprias vidas.
Agora, vamos considerar Carla e Pedro, (nomes fictícios) que estão em um relacionamento obsessivo.
Carla sente uma necessidade avassaladora de estar com Pedro o tempo todo.
Ela não consegue se concentrar em suas próprias atividades e amigos, pois sua mente está constantemente preocupada com Pedro.
Ela liga para ele repetidamente, verifica suas redes sociais obsessivamente e sente uma angústia terrível quando não consegue contato imediato com ele.
No inicio do relacionamento, Pedro achava bom a preocupação e interesse na parceira nele, porém como o tempo começou sentir-se sufocado pela intensidade das demandas de Carla e
começa a se sentir preso e infeliz no relacionamento.
É importante reconhecer os sinais de uma paixão saudável e de uma obsessão prejudicial.
Se você ou seu parceiro estão experimentando sentimentos de sufocamento, ciúme excessivo ou controle, é essencial buscar apoio e orientação.
A terapia de casal pode oferecer um espaço seguro para explorar esses sentimentos, entender o significado da relação para cada um dos parceiros e ajudar a restaurar um equilíbrio saudável
no relacionamento.
Lembre-se, o amor verdadeiro é baseado na liberdade, respeito e bem-estar mútuos.
Em todo relacionamento deve vir em primeiro lugar a individualidade de cada um, cada um dos parceiros tem uma vida individual que deve ser preservada, claro respeitando as necessidades do casal enquanto tal.
Quando se entra em um relacionamento somos pessoas: eu, você e o par. Os três têm suas necessidades próprias e cada parceiro quando se vincula ao outro assume a responsabilidade de investir parte de si no par.
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Conteúdo desenvolvido por: ROBERTO DANTAS Roberto Dantas, escritor e psicólogo, especialista em saúde mental, vínculos afetivos e relacionamentos. Atua há 26 anos na clínica. [email protected] - Whatsapp: 11 9 8155-9952 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |
