PARA NÃO SOFRER




Autor Katia Leoni
Assunto PsicologiaAtualizado em 4/25/2012 10:50:42 PM
Em nosso atendimento na Clínica Plenitude, oportunizamos aos nossos pacientes encontros em grupos de apoio para várias situações clíncas. Os trabalhos são realizados com dinamicas de grupo que objetivam trabalhar as relações entre as pessoas, a descoberta de si mesmo, a aceitação de si e do próximo, para finalmente chegarmos ao equilíbrio emocional do indivíduo e da comunidade onde ele está inserido.
Nesses encontros os pacientes são estimulados e convidaos a interagirem, expressarem seus sentimentos e suas emoções e avaliarem a atividade proposta ao fim do trabalho realizado.
Efetivamente os temas, as dúvidas, os questionamentos se repetem, uma vez que as angústias dos seres humanos guardam relação e mantém um estreito laço entre si. Por isso mesmo, as nossas intervenções enquanto facilitadores do grupo, também são recheadas de situações e expressões que retornam e uma das idéias que eu sempre trago à tona é a questão das escolhas.
Costumo dizer aos nossos pacientes que sempre, a todo momento, estamos fazendo escolhas e para mim a escolha básica e fundamental, já que lidamos com o emocional, é SOFRER OU NÃO SOFRER.
É esse o eixo que norteia todo o nosso trabalho terapêutico. Oportunizar ao nosso cliente situações em que ele perceba como fazer a opção pelo não sofrimento, pela não dor.
Quando estamos lidando com situações de conflito desencadeada por valores materiais esse discurso se torna bem mais facil de compreender. Por exemplo, quando desejamos algum objeto além do nosso poder aquisitivo, ou quando temos que permanecer em um trabalho que não nos agrada por uma questão econômica. Nesse caso, os valores éticos, do certo e errado são determinantes para limitar as nossas ações e conduzem as nossas escolhas. Se eu não tenho dinheiro, não posso comprar, o comportamento ético impõe que eu aceite a situação. Se eu necessito trabalhar para sobreviver, o trabalho que me foi oferecido será aceito. Trabalhando a aceitação, ainda que me esfprce para mudar a situação, o sofrimento será bem menor.
Entretanto existem situações especiais que lidam diretamente com a nossa afetividade, com o nosso amor próprio e foi uma situação dessa que foi abordada hoje em nosso grupo.
Nossa paciente sentiu-se distratada por uma pessoa do seu círculo familiar e não conseguia entender porque tal fato acontecera. Dizia se esforçar por ser simpática, comunicativa, extrovertida _ e posso lhes assegurar que assim o é. A despeito do seu comportamento educado e agradável, havia sido distratada em uma reunião familiar, por essa sua contra-parente, sem nenhum motivo declarado e o que era pior, na frente de muitas outras pessoas.
O relato foi feito de maneira muito emocionada, quase chorando e várias vezes eu interferi dizendo: você deve fazer a escolha. É você quem resolve_ SOFRER OU NÃO SOFRER.
A moça pergunta: Mas como? O que eu posso fazer com uma pessoa dessa?
Com ela, provavelmente nada, _ respondi. Você tem que fazer é com você mesma.
Observe que no seu relato você disse que não entendia porque essa pessoa agia assim. Mas, referiu também que esse sempre foi o jeito dela. Ora, porque nós temos que mudar as outras pessoas? Uma pessoa que é naturalmente grosseira com os outros, vai ser comigo também. Ou eu devo ter a pretensão de ser tratada de forma especial? Eu posso não concordar com o jeito dela, mas só ela mesma é quem pode se modificar.
Se eu já sei que ela vai me tratar de forma ríspida, quando tal acontecer, não será surpresa, não vai doer. Eu sofro menos.
Grande parte do nosso sofrimento advém da expectativa que depositamos nos outros, no comportamento, no maneira de viver, nas atitudes de terceiros. É como se nós quizéssemos determinar a maneira que os outros devem proceder. Como cada um é dono do seu nariz, da sua vida, tem seu livre arbítrio, isso nos frusta e por isso sofremos.
Exercício fantástico para diminuir esse tipo de dor: respeitar as diferenças individuais. Principalmente quando as diferenças são MUITO GRANDES.
Katia Leoni
Plenitude- Centro de Saúde Integral
Rua do Cabeça, 10- Ed. Marquês de Abrantes, sala 905
(71)3321-2995









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