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Pôr os pés no chão!

Atualizado dia 9/30/2019 2:33:54 PM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Tem sido surpreendente o avanço tecnológico nestes tempos em que vivemos. A existência da realidade virtual é inegável. O Michaelis define realidade como: “O que existe realmente; o que tem existência objetiva, em contraste com o que é imaginário ou fictício; fato real”.

Ainda o Michaelis, define virtual: “Existente como possibilidade, sem efeito real”. Quando se tem a noção de que para que a possibilidade se concretize é necessário fazer, realizar, movimentar-se no dia a dia, há então uma grande evolução do ser humano em sua capacidade de criação e de se colocar efetivamente no mundo.

Porém, colocamos uns óculos especiais e presenciamos um mundo que não podemos apalpar, pisar, mas que está à nossa frente. Estamos vendo. Fazemos viagens planetárias até. Detalhe: não saímos do lugar.

Mas há uma boa parcela de nossa população, principalmente com os mais jovens, que se veem iludidos pelos informes das possibilidades, como se para realizá-las bastasse o desejar.
Normalmente são dadas como condições a aquisição de algo ou a filiação a algo. Pronto! Eis que a ilusão se instalou e que a partir de então é só ir alimentando o pensamento virtual para que as coisas venham a acontecer, embora não aconteçam.

Conversando com um jovem que aos 17 anos se projetou no mundo do desenvolvimento dos games virtuais, e hoje com seus 22 anos, se vê bem-sucedido profissional e financeiramente, ele dizia, “olhe como o mundo virtual traz situações reais, veja onde estou”, mas silenciou quando lhe disse que isso só aconteceu pelo seu mérito em realizar, fazer acontecer no mundo real, ter enfrentado todas as dificuldades para poder chegar onde chegou.

Nesse momento, ele trouxe seu relato das dificuldades e obstáculos que teve que superar.

Não só os jovens, mas muitos adultos estão vivendo a ilusão que não é preciso enfrentar dificuldades e obstáculos, que não há problemas a serem resolvidos, não há “preços a serem pagos”. Quando identificarem essas pessoas observem que, ou estão sendo amparados por seus familiares, dependendo deles para tudo, ou estão à mingua, dando cabeçadas e ainda assim achando que tudo virá a acontecer sem a necessidade de seus esforços.

Em um mundo virtual, aquele que ainda não aconteceu, pode criar o sonho tal qual se deseja. Porém, é preciso lembrar que o sonho impulsiona para a realidade, não é a realidade. Ele gera uma motivação, ele não é a concretização.

Vivemos uma era de tecnologias e grandes conquistas, mas é preciso lembrar que a maior parte da população é apenas observadora delas. Basta ver as conquistas médicas feitas pela ciência. Quantos realmente tem acesso a elas? Apenas aqueles que podem. São os que possuem dinheiro. Não basta saber que elas existem para tê-las ao seu dispor. É preciso “suar” muito para usufruí-las.

É triste isso? Sim, para todos. Para aqueles que insistem em viver em um mundo irreal e para aqueles que convivem com estes primeiros, que tentam mostrar a realidade e não são escutados.

Texto Revisado

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