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Por que fazer terapia?

Atualizado dia 4/26/2007 10:00:25 PM em Psicologia
por Andrea Pavlo


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Ok, vamos falar sério aqui, vamos ser sinceros. Você recebe os meus artigos, lê na surdina e não conta para ninguém que adora os textos que uma psicóloga escreve? Psicóloga? Que palavra feia! Na faculdade me disseram que se eu não me casasse antes de me formar, não casaria mais. Isso porque o termo psicóloga é demasiado negativo, ruim, e evoca médicos, doentes e loucos.
Psicóloga, psicoloca. Eu já estou acostumada a ver bocas se abrindo quando digo a minha profissão e um misterioso sorriso que mostra balõezinhos nas cabeças das pessoas, como nos desenhos animados, dizendo “você não está me analisando, está?”. Para os narcisistas de plantão eu tenho uma má notícia: psicólogos fazem outras coisas além de analisar pessoas! Nós também somos amigos, pais, mães, namoradas, amantes e nem sempre estamos olhando para pessoas nas ruas e pensando o que se passa na cabeça de cada um. Está certo que, em alguns momentos, isso é inevitável. É como o engenheiro que adora olhar as novas construções do bairro ou o advogado que ama assistir a TV Justiça ou algo que o valha. Faz parte da profissão. Pois bem, mas nem era sobre isso que eu queria falar.
Sabemos que a psicologia está muito atrelada à idéia de loucura e de doença. Isso começou no século passado, quando um médico, Freud, fundou a psicologia. Ele chamava seus clientes de pacientes porque ele era médico (e tem uma explicação mais lógica do que essa?) e acreditava que o que as pessoas tinham era “doenças”. Depois, com o tempo, ele mesmo descobriu as neuroses e foi enfático ao dizer que todos, todos mesmo, são neuróticos.
Calma, você não é maluco. Você é normal. Se fôssemos perfeitos nem teríamos reencarnado. Estaríamos ao lado do Pai (ou seja lá qual é o nome dele), julgando os vivos e os mortos. Mas não somos. Somos de carne, osso e espírito e fazemos bobagens o tempo todo. Não é só você que teve uma infância difícil. Não é só você que tem problemas com o seu casamento, com seus filhos, com sua saúde ou qualquer outro aspecto. A televisão mostra pessoas ditas perfeitas, mas nem elas o são - e não me diga que você não sabia disso. No fundo, sabemos que a perfeição não existe. Mas estamos tão preocupados em julgar os outros e deixar a nossa vida de lado que até nos esquecemos desses pequenos detalhes.

Assim, por mais problemas que tenhamos, por mais que saibamos que precisamos sim de uma ajudinha de vez em quando, não admitimos. Não gostamos de ligar a nossa imagem à imagem de um “paciente” ou “louco” . No fundo, sabemos que temos algumas loucuras compreensíveis. Todo mundo tem uma mania, por menor que seja. A minha, por exemplo, é nunca deixar o volume da televisão em números ímpares. Todo mundo chora por alguma coisa considerada idiota, como um comercial de margarina ou um insulto que ouviu de um mendigo na rua. Todo mundo passa por situações em que realmente não sabe o que fazer. Mas, nos comparamos. Comparamos-nos ao vizinho que você acha que não tem problemas. Comparamo-nos à Camila Pitanga, que achamos que não tem problema (com aquele corpão). E, claro, em toda comparação somos sempre nós que perdemos.
O que nos afasta de nós mesmos é a mesma coisa que nos afasta de fazer uma terapia. Não queremos ser taxados de loucos. Não queremos que a vizinha ou a Camila Pitanga saiba que nós admitimos que temos uma fraqueza ou algumas fraquezas.
Assim, mantemos o nosso orgulho lá em cima e nossa auto-estima lá em baixo, só procurando uma terapia quando estamos, realmente, chegando muito perto da doença e da loucura.

E não precisa ser assim. Não precisa mesmo. Podemos trabalhar cada um dos nossos problemas ainda no começo. Podemos ter uma qualidade de vida melhor. Sim, terapia não serve só para curar pessoas doentes, mas para melhorar a vida de todo mundo. Para que você saiba melhor o que fazer nas situações difíceis, para que você não se veja desesperado com pequenas coisas que, muitas vezes, não tem porquê. A terapia, mais uma vez, serve para que tenhamos mais qualidade de vida e só. Para que sejamos, sim, mais felizes e mais realizados e consigamos, de alguma maneira que só a gente tem acesso, realizar a nossa missão neste mundo.
Se você não pode ou não quer fazer uma terapia tradicional existem alternativas. As terapias alternativas vão desde o reiki, florais, massagens, até as mais perto do tradicional, como as terapias de grupo. Nela, todos são convidados a compartilhar os seus problemas e suas indagações com pessoas realmente interessadas em aprender com o outro e consigo mesmas. É uma delícia saber que não estamos sozinhos no mundo e que sempre existe um problema maior do que o nosso. Aprendemos a encontrar a nossa força, o nosso brilho interior. Aprendemos que sim também podemos ajudar os outros sendo solidários e não simplesmente dando esmolas. Num mundo, numa cidade, onde ninguém confia em ninguém, ter algo desse tipo é maravilhoso.
Então, convencidos de que ninguém é maluco o suficiente e tudo tem solução nessa vida? Não precisamos viver na dor, no sofrimento. Existem alternativas e elas estão mais próximas de nós do que pensamos. Pense nisso. Pense em se cuidar melhor daqui para frente. É o seu tempo e o seu espaço.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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