Por que sonhamos?
Atualizado dia 8/15/2014 2:01:12 PM em Psicologiapor Aline Bellino
As pesquisas sugerem que sonhamos nas fases REM e não REM. O sono REM é uma forma ativa do sono, caracterizado por movimentos oculares rápidos e também pela inibição do tônus da musculatura esquelética, é nesta fase que acontece grande parte dos sonhos. Na fase do sono REM, o inconsciente do ser humano é unido ao consciente, uma vez que ocorrem movimentos oculares que podem ser interpretados como o local para onde a pessoa está olhando.
Na teoria psicanalítica, Freud descreve os sonhos como funcionamento do aparelho psíquico e assim conceitua “os sonhos parecem ser um estado intermediário entre o sono e a vigília”.
Por que sonhamos? Talvez porque exista algo que está em atividade contínua, uma energia desligada que precisa mostrar representações que evocam algo da experiência psíquica, do mundo de representações em contato com a realidade.
Freud denominou de pensamento onírico o conteúdo oculto e inconsciente do sonho, aquele que, uma vez lembrado, tornado consciente, traria cenas de natureza primitiva, necessidades e desejos que conscientemente seriam condenatórios do mundo interno. O sonho tem como finalidade amenizar o impacto de desejos inaceitáveis, expondo-os de forma mais aceitável, maquiando-os de maneira que possam se manifestar sem alterar o equilíbrio psíquico da pessoa.
Os sonhos são misteriosos, fascinantes, marcantes e ao mesmo tempo reais, por conterem um significado. Todos os sonhos querem nos dizer alguma coisa, embora os significados possam ser muitos, especialmente quando se começa a compreendê-los. Os sonhos não nos aparecem de forma clara e explícita. Ao despertarmos do sono, temos recordações e vagas lembranças. Em terapia, analisamos as tramas, os personagens e seu conteúdo aparentemente sem sentido, no entanto, percebemos um significado racional, sensato e a representação de uma condição profunda, desperta e avivada para o consciente de nossos desejos e temores.
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