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Preguiça mental!

Atualizado dia 9/4/2016 5:37:21 PM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Poucos se dão conta desse grande e trágico problema que aflige uma parcela considerável da população. Está presente em todas as faixas etárias, da infância à velhice. Grande por que o condicionamento do não pensar atua como um motor que ficou anos desligado e até o líquido lubrificante de suas engrenagens emplastou, criando o efeito inverso do desejado, ou seja, em vez de lubrificar e facilitar o movimento, atua como uma “cola”, que emperra ainda mais o giro necessário para seu funcionamento.
Trágico por que uma pessoa sem raciocinar é como um barco com motor engrenado e com aceleração, mas com o leme solto, à deriva em um rio caudaloso e veloz, onde suas águas o lançam de um lado para outro. Não pensar não significa que as forças internas não estão atuando. Apenas estão impulsionando o ser humano sem que haja um destino, uma direção.

A preguiça mental é muitas vezes mais perniciosa que a preguiça física (que também tem suas consequências). Muitos jovens enfrentam dificuldades de aprendizagem, não só tirando baixas notas como também sentindo a ida às aulas como algo insuportável exatamente por essa razão. Pois tudo que exige pensar, raciocinar, é muito doloroso. E não conseguir resultados, ou seja, as frustrações geradas pelo baixíssimo aproveitamento é uma situação ainda mais bloqueadora.
Pessoas que se bloquearam na capacidade do pensar possuem uma baixíssima resistência às frustrações. Não se manifesta apenas em casos extremos, mas está presente em grande fatia da população. Tão grave como os casos extremos, muitos acreditam estarem em plenos poderes de suas capacidades mentais, mas apenas estão camuflando o não uso de suas capacidades cognitivas com uma colcha de retalhos de ideias pré-estabelecidas e que se repetem a cada situação que surge.
Perguntado a um jovem em que ele ficava pensando quando com o olhar perdido permanecia no sofá de sua casa por horas, me respondeu: “Não sei”.
Após várias sessões, contou-me que se pegava agora se perguntando o porquê agia assim. Sem respostas, sem conclusões. Há muitas razões que levam uma pessoa a isso, porém, para que elas possam ser desvendadas só há um caminho: forçar-se a agir!

Todos os fatores ocultos por esse comportamento assim permanecerão enquanto não houver um movimento para a modificação do mesmo.
Normalmente, essas pessoas são muito hábeis em “fugirem” das consequências de suas ações. Isso garante a elas a permanência na “zona de conforto”. E para elas não se sabe o que é pior: se permanecerem assim ou enfrentarem o pavor do desconhecido, algo tão intenso que paralisa e leva a reações inclusive agressivas se pressionados.
Eis o grande impasse: se é permitido que a pessoa permaneça em sua zona de conforto, ela nunca sairá desse estado. Se feito com que ela responda por seus comportamentos, as reações serão hostis e algumas vezes imprevisíveis. Nesse caso, quem se assusta e fica atemorizada são as que a cercam.

É necessário que se reúna firmeza e amor. A jornada não é fácil e trilhá-la é tão difícil como quem acompanha pessoas viciadas em drogas químicas. Ajuda medicamentosa e psicoterápica se faz necessária, pois aquelas que estão diretamente envolvidas, muitas vezes ficam sem saber o que fazer, o que é suficiente para desviar a outra pessoa a voltar ao seu “casulo”. Firmeza para que os caminhos de fuga comecem a diminuir e amor para que a pessoa perceba que é capaz e reconhecida em cada esforço que faz.
Muitos que estão em estado intermediário, onde o não pensar é disfarçado pelas aparências, pagam um preço também alto por isso e jogam a culpa sempre nos outros. Na família, nos empregos, nos amigos, enfim, não identificam suas responsabilidades e suas limitações em enfrentarem seus obstáculos interiores.
Uma pessoa após vencer seus bloqueios e sair desse estado letárgico me disse: “Nunca imaginei que uma “simples” displicência mental pudesse acarretar problemas tão sérios como os que estou enfrentando”. Vale muito pensar sobre isso!



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