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Respeitar o momento do outro

Atualizado dia 5/10/2015 12:45:35 PM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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"O que mais ela quer? Fiz de tudo para que fosse possível". Tão comum escutarmos isso. A indignação e a revolta se instalam em quem está falando.
Tudo tem início quando alguém demonstra interesse em fazer algo. Mostra-se entusiasmada, cheia de vontade e até começa, mas logo manifesta o não poder continuar e enumera as razões para isso. Quem está ao lado procura então fazer o que for possível para que essa pessoa não pare, não adie ou mesmo desista.
Apresenta possibilidades. Traz soluções que aparentemente são bem recebidas e aí a surpresa. De nada adiantou. A pessoa desiste pura e simplesmente.
Quando o processo descrito ocorre, há algumas ponderações a se fazer. A primeira é que o benfeitor não percebeu os sinais que a pessoa estava emitindo. Baseada em argumentos aparentemente sólidos, ela estava apenas dando desculpas que justificassem sua decisão.
A segunda, ao eliminar os aparentes empecilhos, colocou a pessoa em questão em uma situação delicada, pois ela se sentirá desmascarada e irá se afastar.
Como terceiro ponto, podemos considerar a falta de sinceridade e transparência dessa pessoa, porém, não podemos julgá-la, pois na maioria das vezes, nem ela tem consciência que está fugindo da situação.
Ela ainda não está preparada. Conscientemente ou não, ela fará de tudo para se esquivar e quando se sentir pressionada, terá uma reação hostil. Dirá até o "quer respeitar minha decisão? Eu sei o que estou fazendo". "Eu sei o que posso ou não posso". "Quando posso ou quando não posso," e assim por diante. Aqueles que fizeram com a melhor das intenções, sentem-se injustiçados, ficam magoados pela incompreensão e mau agradecimento do outro.
Precisamos aprender a não insistirmos. Quando nos colocamos à disposição para trazer a solução a uma situação considerada problemática pelo outro, se for realmente pelo problema, ele aceitará na hora.

Oferecer a possibilidade é devido, mas insistir quando o outro fica com desculpas é se expor inclusive a abalar o relacionamento. Muitas pessoas acham que o outro não está aceitando a ajuda por não querer atrapalhar, abusar etc. Quem realmente quer algo e precisa de ajuda precisa também ter a humildade para recebê-la.
Colocar-se à disposição para contribuir deve ser feito. Insistir para que o outro aceite é não respeitar o momento do outro. "Mas ele precisava!", alguns dizem. É verdade, mas quem precisa só fará bom uso do que recebe se estiver pronto para isso. Caso contrário, a pessoa irá reincidir. Cometerá atitudes que a colocará em situações semelhantes e precisando novamente de ajuda, pois ainda não se encontra preparada para viver o processo da solução e, inclusive, desfrutar dos resultados da conquista.

Em consultório, é comum a interrupção do atendimento com alegações de impossibilidades, não tem mais tempo, não tem como continuar pagando e outros pretextos mais. Quando é apresentada a solução, a pessoa até diz que aceita, que está ótimo e no dia da próxima sessão, simplesmente falta, com desculpas infantis ou mesmo sem nenhuma comunicação.
Em casa, a esposa se queixa que não pode fazer nada para si mesma, pois só cuida dos outros. O marido contrata uma auxiliar. Ou ela dá um jeito de dispensar a pessoa, com a desculpa de que não sabia fazer o serviço, ou fica "enrolando", fez a matrícula e não frequenta, um dia por dor de cabeça, outro porque choveu, outro porque estava sol e assim por diante.
No trabalho, a atividade delegada e que nunca é cumprida. A desculpa é sempre externa a si, nunca o "não estou ainda apto para isso", tomando assim grande tempo até que o responsável perceba e tome decisões diferentes.

Respeite o momento do outro. Respeite também o seu momento. Não fique esperando. Se o outro ainda não pode e você sim, faça. Será, inclusive, um estímulo para que o outro se esforce. Caso isso não aconteça, você não jogou seu tempo fora, como muitos se queixam após terem ficado insistindo e recebendo evasivas.

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