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Sobre os Sonhos

Atualizado dia 4/13/2011 9:57:51 PM em Psicologia
por João Carvalho Neto


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Todos os dias, ao dormirmos, nossa mente consciente entra em um estado de repouso, com baixa atividade, mas isso não significa que estamos totalmente inativos. O inconsciente que, na verdade, ocupa a maior parte do trabalho mental, permanece elaborando material de diversas origens, construindo aquilo que chamamos de sonhos. Dessa forma, apesar de muitas vezes dizermos que dormimos e não sonhamos, isso nunca acontece. Apenas não nos lembramos deles.

Mas o que é um sonho? Ele tanto pode ser uma atividade dos conteúdos reprimidos do inconsciente, quanto ser uma atividade espiritual de projeção da consciência adormecida.
Essa vivência espiritual pode levar a encontros com outras individualidades em estado fora do corpo físico, pode levar a recordações de vidas passadas, ou ainda à captação de registros sobre perspectivas futuras, naquilo que chamamos de premonição.
Todas essas possibilidades ocorrem com freqüência muito maior do que imaginamos e é preciso saber distingui-las daquelas outras provindas do inconsciente. A principal diferença está no fato de que o material inconsciente se apresenta em formatos simbólicos e quase nunca reais, utilizando-se de símbolos universais e símbolos pessoais, fruto das experiências de cada pessoa.
Já as projeções da consciência, possuem imagens e histórias mais reais, com encontros com pessoas falecidas, vivência de fatos em outras épocas da história, ou visão de acidentes e ocorrências que poderão se suceder.

Mas os conteúdos do inconsciente é que irão marcar a maioria de nossos sonhos, acontecendo quase que diariamente.
Sua construção se baseia no fato de que ao longo de nossa vida, principalmente, nos anos da infância, existem frustrações inevitáveis de nossos desejos que nem sempre conseguimos elaborar. Elas então são reprimidas para a zona inconsciente, como uma forma de proteção do psiquismo contra uma angústia que ele não consegue suportar.

Contudo, esse material, apesar de reprimido, continua ativo, e vai sendo, inclusive, alimentado por novas ocorrências que se lhe assemelham, fortalecendo o fato anterior naquilo que vai se tornando um complexo. Pois, ao longo da vida, a força desse material gera estados de insatisfação, ansiedade e angústia, sendo muitas vezes despertado por ocorrências que funcionam como um gatilho para a sua eclosão, que será quase sempre através da emoção reprimida, sem que o fato que lhe corresponda venha à tona.
Como esses acontecimentos vão se tornando insuportáveis para a mente consciente, marcados por muita angústia, ao dormir o inconsciente libera parte desses fatos e suas emoções como uma forma de aliviar as tensões intrapsíquicas. Para que o consciente não realize a censura que reprimiu o conteúdo originalmente, então, os fatos emergem em um formato simbólico, como que a tentar enganar as forças repressoras da mente. Basicamente isso é um sonho produzido pelo inconsciente diariamente.
Claro que, para explicar melhor esse mecanismo, necessitaríamos aprofundar outros conceitos psicanalíticos que não caberiam neste espaço. Mas escrevemos estas linhas para mostrar a importância dos sonhos em nossas vidas. Sem eles provavelmente enlouqueceríamos, pois o psiquismo não suportaria suas tensões internas.

Mas a importância dos sonhos reside também no fato de que, ao conseguirmos interpretá-los, podemos compreender melhor as forças inconscientes que governam nossas vidas, os fatos do passado que não foram devidamente resolvidos e que continuam à espera de solução, interferindo nas nossas decisões e estados emocionais. É como se esses fatos ficassem exigindo sua repetição para que, então, dêem outro final à sua história. Eles nos levam, assim, a fazermos coisas que não gostaríamos, mas que buscamos inconscientemente. Interpretando os sonhos, podemos tornar conscientes essas demandas do inconsciente, passando a ter mais lucidez sobre nossas decisões.

João Carvalho Neto é Psicanalista
Autor dos livros “Psicanálise da alma”
e “ Casos de um divã transpessoal”
www.joaocarvalho.com.br


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Conteúdo desenvolvido por: João Carvalho Neto   
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal"
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