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Sociedade Psicopata?

Atualizado dia 7/15/2012 10:47:45 PM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Estará Freud se desesperando em seu habitat atual? Estamos vivendo épocas onde, segundo a teoria psicanalítica, o "Superego", que tem a responsabilidade de equilibrar o "Id" com o "Ego" e fazer com que nossas ações, no plano da consciência, sejam equilibradas e respeitem normas e regras estabelecidas, não deixando que nosso inconsciente atue de qualquer forma, dando vazão aos desejos da forma como aparecem, está perdendo sua razão de ser. É isso. A atuação do "Superego" está cada vez menor. Ele está sendo "desativado" de suas funções pela nova forma de viver das pessoas. Parece absurdo? Como isso pode estar ocorrendo?

Vejamos primeiro o que é uma psicopatia, definida por autores psicanalíticos: "Uma grave patologia do Superego como sendo uma síndrome de Narcisismo Maligno, cujas características são a conduta anti-social, agressão ego-sintônica dirigida contra outros em forma de tendências auto-mutiladoras ou suicidas sem depressão e conduta paranóide". (Otto Kemberg). O que significa isso? Uma auto-referência excessiva, tendência à superioridade, exibicionismo, grande necessidade da admiração por parte dos outros e superficialidade emocional. Desvinculo com pessoas e falta de compromisso interno em suas relações.

Eis alguns sintomas: Capacidade de sedução e manipulação. Sendo narcisista, necessita ser admirado, ou mais que isso, precisa encantar para poder manipular. Como só é possível manipular quem se permite ser manipulado, antes esse alguém tem que ser seduzido. Aqui as pessoas são "coisificadas", usadas e quando perdem a utilidade, descartadas. Mentiras freqüentes e comportamento fantasioso. A mentira é, para o psicopata, uma ferramenta de trabalho. Mente com toda a tranqüilidade, olhando nos olhos de seu interlocutor e completamente à vontade. Assume qualquer papel que seja interessante para seus interesses, inclusive de vítima, incompreendido, injustiçado, etc. Ausência de sentimentos, não manifesta sensibilidade por nada e mantém-se indiferente aos sentimentos alheios. Para eles, psicopatas, não há nem mesmo laços sentimentais com familiares. Quando interessa, representam. São extremamente frios do ponto de vista emocional. Amoralidade. Possuem grande insensibilidade moral, são desprovidos de juízo e consciência moral, bem como de noções de ética. Impulsividade. Por não terem freios morais e éticos, faz o que lhe aprouver, mesmo brutalidades, crueldades e crimes. Incorrigibilidade. Após o desvio de caráter estabelecido, dificilmente aceita ser reeducado. Pode representar, mas retoma sua conduta assim que houver um relaxamento. Falta de adaptação social. Se não respeita pessoas e não possui vínculos, desnecessário falarmos mais.

Este artigo nasceu a partir da leitura sobre tema acima e da reflexão com o momento atual que vivemos. Uma criança, ao nascer, não possui personalidade e seu caráter vai se formando através de suas experiências e dos ensinamentos transmitidos e adquiridos. Se cada vez menos os valores estão sendo transmitidos e respeitados, cada vez mais teremos pessoas que não respeitarão o outro, pois não sabem o que é isso e o porquê disso. O narcisismo, o egocentrismo, estão sendo cultuados de tal forma que as relações não podem mais sobreviver de forma saudável.

Vocês conseguem identificar situações vividas com o que está descrito acima? Será que estamos vivendo a constituição de uma nova sociedade, a psicopata? Apenas completando informações, os psicopatas são insaciáveis, precisam sempre de mais. Então, podemos concluir que optarmos por uma conduta desse tipo não nos trará a realização e que a satisfação vem do convívio harmonioso com as pessoas que nos rodeiam, seja no âmbito familiar, social ou profissional.

Valores, ética, moral, respeito a todos, condições para que possamos aprimorar a arte do conviver e compartilhar ainda existem. Não pensem que tudo está perdido. Não estamos vivendo o apocalipse. Mas estamos, sim, vivendo um período de transição onde mais do que nunca precisamos ter firmeza e convicção de nossas crenças.

A pergunta é: Você acredita em quê?

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