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Sua vida adulta é muita chata?

Atualizado dia 6/27/2012 10:06:55 AM em Psicologia
por Cássia Marina Moreira


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José Saramago disse:
“Quando me for deste mundo, partirão duas pessoas.
Sairei, de mão dada, com essa criança que fui".


Sua vida adulta é muita chata?


Isto bem pode ter tido raízes em amargas palavras e orientações que vieram lá da infância. Recebemos todos os tipos de informações durante a época de crescimento, e sem saber avaliar o que exatamente cada uma delas quer dizer, guardamos tudo num baú sem fundo...

Uma pastinha, um arquivo na memória de sabe-se lá quantos mega- bytes, giga-bytes, com um nome novo, talvez sugestivo, talvez engraçado como: “Informações a serem usadas somente quando crescer!” E às vezes não são dados muito esclarecedores, apenas apontamentos sobre o que deveremos fazer numa determinada situação quando formos grandes.

Ora, nem tudo que se ouve se aproveita, mesmo vindo de adulto do tipo legal ou poderoso lá das vivências e sombras da infância. Não por ser bobagem o que o tal adulto falou, mas será que o contexto do que se vive hoje, é o mesmo que tal pessoa viveu? É a mesma história a minha e dela? Alguns conceitos e ensinamentos, sim, são bons para qualquer época, enquanto outros terão de ser avaliados quando já somos adultos e pensarmos por nós mesmos.

Esta idéia de que a vida do adulto responsável é chata e sem graça, por exemplo, é algo a ser pensado e repensado com muito cuidado e carinho.

Preleções ”que foram ouvidas inúmeras vezes durante toda a infância como: “aproveite que um dia esta farra toda termina...” Esta fala acaba, na verdade, deixando um amargor permanente na visão do futuro. Quase que uma certeza de que tudo será só dureza na vida adulta, tão somente problemas e dificuldades a serem resolvidas.

Quem quer crescer e tornar-se adulto é perder a alegria e a espontaneidade que se tem e se vive durante os anos mais que dourados da infância?

Já trabalhei com muita gente que trouxe para as sessões medos que não lhe pertencem, medos de viver uma vida adulta mais plena e feliz por estarem ainda com as referências ouvidas de que ser adulto é ser chato sempre preocupado em pagar contas e “carregar pedras”. Sem espaço para a alegria, acaba por ir deixando a criança livre, e de bem com o mundo, sem ar suficiente para crescer saudável.

Rever estas informações e ensinamentos recebidos na mais tenra idade é também fazer as pazes com a vida adulta, sem se fixar no padrão que foi passado de geração para geração sem uma avaliação mais apurada de qualquer uma das partes.

Um adulto pode ser uma pessoa divertida e responsável ao mesmo tempo, que coloca sua criança interior para se divertir, mantendo o bom senso e o senso de dever e humanidade, para consigo mesmo e todos. Isto inclui também as mensagens que como adultos passaremos às crianças que estão ao redor e oferecer espaço para que todas as crianças brinquem.

Penso ser isso uma saída bem bolada para que afinal de contas a vida bem pode ser vivida como uma brincadeira bastante séria. Com muito a realizar e com muito bom humor para levar adiante os sonhos que sonhamos na infância.

Filtrar todas as orientações que recebemos é um ótimo e necessário exercício a se fazer, os tempos mudaram e é preciso acompanhar a marcha, como dizem hoje: a fila anda! E se você ficar só amargando, a sua vez passa, ou pior a vida passa e você não vai conseguir aproveitar do tempo mais longo da vida de uma forma gostosa, estará sentado atrás de montanhas de papéis ao invés de sentado no topo da montanha admirando a vista, quem sabe um entardecer, um nascer da lua.

Amadurecer talvez seja mais ou menos como limpeza de um velho e grande baú. Repensar tudo para poder ter certeza do que se podemos reutilizar. Não se põe tudo do tal baú na rua, é preciso – olhar – por mais incomodo que seja, peça por peça para realizar um trabalho bem feito.

Com a cuca é assim também, conceitos e orientações que ficaram guardados ou estão atravessados na goela, por algum motivo precisam ser revistos para que possamos ou utilizá-los ou despachá-los para sempre.

O bom disto tudo é que sempre acaba sobrando espaço, seja para viver com mais conforto ou para adquirir algo novo no lugar.

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Conteúdo desenvolvido por: Cássia Marina Moreira   
Cássia Marina Moreira Psicóloga / Terapeuta Floral - Vibracional Pesquisadora do Sistema das Essências Vibracionais D´Água
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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