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Timidez

Atualizado dia 7/28/2009 12:19:12 PM em Psicologia
por Mirtes Carneiro


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O dicionário Aurélio traz a definição de tímido como aquele que tem temor, acanhado, retraido.

A timidez é uma das características de uma pessoa com baixa auto-estima, e pode levar a um isolamento social, em casos mais graves. As pessoas tímidas geralmente são inseguras e hesitantes, têm medo de se expor, de falar em público, possuem uma imagem negativa de si mesmas, se sentem inferiores ou inadequadas.

Normalmente, estas pessoas evitam fazer coisas que chamem a atenção para elas, se isolam, possuem uma postura fechada, como que passando a informação: "Estou convencido de minha inferioridade e vou dar o mínimo de pistas possíveis para que o outro perceba isto". O tímido parece estar sempre voltado para dentro de si mesmo, mostra-se desconfiado e é muito sensível às criticas.

As pessoas tímidas apresentam uma grande ansiedade em situações sociais, encaram uma experiência nova como uma ameaça potencial, assustam-se facilmente, parece que estão sempre com sua atenção focada no seu tumulto interior.

Falam pouco, com medo de errar, existe um diálogo interno, dizendo que não será seguro se expor.

Podem se tornar usuários de drogas ou álcool para se livrar da ansiedade e ficarem mais falantes, mais relaxados.

Tudo começa com a interpretação da realidade. A nossa apreensão da realidade se dá de maneira subjetiva, ou seja, nós colocamos os nossos filtros, nossos valores, nossas crenças para formarmos um processo de interiorização que avalia, julga, conclui e dá sentido a uma experiência.

As verdades subjetivas são baseadas em nossos sentimentos, nossas emoções e nosso estado de humor, este estado interno conduz nossos arquivos das experiências.

Se uma experiência foi apreendida como desagradável, a tendência será evitar a repetição da mesma, então tiramos conclusões e criamos nossas crenças.

Ao contrário, se uma experiência se mostrou agradável, tendemos a repeti-la na tentativa de obter o mesmo resultado.

A nossa auto-estima, a nossa auto-imagem é formada desta maneira, isto é, através da nossa interpretação da realidade.

O meio social em que vivemos é um fator determinante na formação de nossa auto-imagem, existem locais onde se considera produtivo ser tímido, especialmente, as moças casadoiras do interior, podem utilizar essa característica a seu favor, como uma qualidade.

Um certo grau de timidez pode ajudar em muitas situações, mas se esse grau for superior ao normal, se estiver limitando, é necessário que se faça uma avaliação do que pode ser mudado ou melhorado, nesses casos.

A timidez vem de uma carga genética, estudos demonstam isto,mas ela pode ser modificada, uma pessoa tímida pode aprender a modificar seu comportamento e ter uma relação mais harmoniosa com outras pessoas.

Na infância, certas crianças já se mostram mais tímidas que outras, ficando mais isoladas, por exemplo.

Na adolescência, a timidez tende a aumentar, pela característica da sexualidade, desejos que despertam e os tabus da sociedade fazem com que o adolescente fique muito tímido, as próprias mudanças hormonais trazem um suor mais forte, a pele com acne, este fatores somados podem fazer com que o adolescente queira se afastar de seus relacionamentos.

No tratamento psicoterápico, voltamos nossa atenção para estas emoções, trazendo á consciência, procuramos ampliá-la, colocando cor, forma, tamanho, cheiro, escolhemos um símbolo para trabalharmos com esta emoção e procurar transformá-la, para que de alguma forma a pessoa se sinta melhor naqueles momentos de timidez.

Outra forma de se trabalhar a timidez é buscar as crenças envolvidas naquela situação, estas crenças podem vir à tona, exatamente quando voltamos nossa atenção para a emoção, pois atrás de cada emoção existe um comportamento e atrás de cada comportamento existe uma crença.

Ao mudarmos a crença, o comportamento pode mudar.

Aos poucos, a pessoa vai se fortalecendo e adquirindo maior autoconfiança para se relacionar.

Dicas

1-Abaixe o julgamento e a crítica, isto o ajudará a se aceitar mais e aceitar mais o outro.

2- Procure enfrentar pequenas coisas perturbadoras, para que você vá perdendo o medo de se expor, arrisque-se a fazer pequenas coisas diferentes do habitual, teste novos comportamentos.

3- Preste atenção no outro, observe como ele se comporta, perceba que cada pessoa tem suas características individuais, nem melhores, nem piores, simplesmente somos diferentes uns dos outros.

4- Explore as experiências que formaram sua auto-imagem, questione antigas crenças para ver se realmente são verdadeiras.

5- Inicie uma conversa, mostre interesse pelo outro, crie empatia, mande a mensagem "você é importante para mim".

Conversas podem ser produtivas, descobrir pontos em comum podem ser um bom começo.

6- A comunicação não-verbal pode ajudar muito, Às vezes não são necessárias palavras, podemos acompanhar o outro com gestos, tom de voz, postura; isto estabelece uma sintonia entre as partes.

7- Identifique como você se sente em relação a si mesmo e como gostaria de se sentir.

Imagine um novo você. Acostume-se a prestar atenção e analisar seus pensamentos, suas emoções e sensações.

8- Para cada pensamento negativo a seu respeito, coloque um positivo, isto ajudará a mudar o padrão de pensamento negativo em relação a si mesmo.

9- Use sua imaginação para testar novas atitudes e também para testar como voc~e se sentiria em determinadas situações. Altere o seu estado interno, imagine-se mais descontraído, mais solto numa relação, veja que isto poderá ajuda-lo.

10- Esteja presente no aqui e no agora, preste atenção à sua respiração, seu corpo manda as mensagens, as emoções estão presentes no nosso corpo. Ao se conscientizar de suas emoções, você terá maior controle sobre o que deseja para si.

11- Capriche no seu visual, atraia olhares para você. Num primeiro momento, pode parecer ruim, mas logo você perceberá que é bom ser notado e que faz bem se relacionar.

12- Esteja mais próximo fisicamente das pessoas, manter contato visual ou toque, se for adequado.

13- Sorriso, treine sorrir, balance a cabeça em sinal de aprovação...

14- Chame o outro pelo nome, Entre no mundo do outro e permita que ele penetre no seu mundo.

15- Evite comparações, pois neste caso, alguém deverá ser melhor ou superior e, consequentemente, o outro será pior ou inferior. Seja qual for o lado que você escolha se colocar, se achando melhor ou pior, isto denota uma baixa auto-estima.

Lembre-se:

Ser diferente é o que faz a grande beleza da variedade, somos diferentes, mas profundamente parecidos, ninguém é absolutamente bom em tudo, ninguém agrada a todos, por isso, relaxe e curta o seu eu, que é belo por natureza.

Todos nós experimentamos basicamente as mesmas emoções, sentimentos, estados internos... todos nós experimentamos temores, de alguma forma, a diferença está em como você lida com estes temores.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Mirtes Carneiro   
Mirtes Carneiro CRP06/111130 Psicóloga e Psicanalista Atendimento on line Tel 11 9 8108-5021
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