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Um certo tio chamado Juventino

Atualizado dia 8/27/2011 2:46:35 PM em Psicologia
por Cássia Marina Moreira


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Sempre me pego contando sobre a origem de nossos infindáveis sofrimentos. Aqueles que invariavelmente estamos colocando em primeiro plano.

Para isso faço referência ao famoso vale de lágrimas de uma oração chamada Salve Rainha.

Ela me lembra sempre certa aptidão “quase natural” nossa – os humanos - para trilhar o caminho das pedras, ou seja, aquele das grandes ou das pequenas dores.

Não bastasse a nossa inclinação pessoal para o sofrimento, sempre aparece mais alguém para nós lembrar – que esta cruz pesada ou leve é nossa – e não temos como fugir dela.

Estes dias ouvi uma história que me fez perceber como isso vem sendo transmitido dentro das famílias, bem a miúde, dando a impressão fatídica que não se pode querer mudar a linha do destino e escrever um novo final para nossas próprias vivências. 

Tio Juventino quando fazia uma visitinha para ver como andavam as coisas na casa da comadre, e percebia que as coisas estavam bem difíceis para ela que há tempos encontrava-se acamada, punha-se a acalma-la dizendo:- ”Comadre, se sua cruz esta pesando demais neste ombro... passe logo esta cruz para o outro lado; porque como você sabe, esta cruz é a sua num tem jeito”...

Se crescemos ouvindo este tipo de mensagem, como pode ficar mais fácil deixar de ver a vida como o vale de lágrimas? 

Como encarar o viver como algo favorável e não desastroso a maior parte do tempo?

Que força e que consciência esperta – e em estado de alerta, precisamos ter para quebrar este padrão tão bem aprendido e apreendido no mais profundo do nosso ser.

Mas é emocionante ver alguém que só repetia as histórias e falas da família, dos educadores, dos amigos, irmãos – acordar e entender que no caminho sempre tem escolhas a fazer quando se percebe por onde se anda.


Descobrir que o que disseram lá trás ou continuam a dizer ainda a pouco - pode ser mudado pela consciência e pela vontade, é libertador, pelo menos!


Isto me parece usufruir do livre arbítrio – aquele poder de escolha – que precisamos ter, entre tudo o que nos ensinaram.


Até mesmo o livre pensar. Seja igual a alguém, seja diferente de todos, é fundamental avaliar as coisas que nos falam por nós mesmos. Concordar ou discordar é outro item. Se poderemos colocar em prática, se é permitido, se esta a nosso alcance, são dados para pensarmos muito também. Mas pensar qualquer coisa que seja, isso lá nós podermos.

Pensar coisas diferentes até dos mais queridos tios, porque se não pudermos pensar por nós – com certeza outros pensarão por nós.


E isso por si só não é estar fadado a habitar eternamente o tal vale de lágrimas? É sempre bom se cuidar pois as vezes trocamos as cruzes por pedras...

Texto revisado










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Conteúdo desenvolvido por: Cássia Marina Moreira   
Cássia Marina Moreira Psicóloga / Terapeuta Floral - Vibracional Pesquisadora do Sistema das Essências Vibracionais D´Água
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