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Uma Porta que se abre

Atualizado dia 11/9/2012 6:40:22 PM em Psicologia
por Tania Paupitz


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Uma porta fechada dentro da visão esotérica poderá ter muitos significados e, entre eles, uma ruptura, uma mudança de vida, uma nova fase que se inicia ou ainda, que termina.
Independentemente do seu significado, para cada pessoa uma porta fechada pode estar representando uma situação pessoal, relativa, principalmente, à sua própria vida e relacionamentos intrínsecos à mesma.

Hoje revendo algumas posturas, crenças, modelo de mundo adquirido durante a infância e adolescência, percebo o quanto minha vida representou por um bom tempo esta porta fechada. Muitas vezes, um trauma de infância é capaz de se arrastar ao longo da vida de uma pessoa, fazendo com que a mesma erroneamente, sustente uma crença negativa que irá se fortalecendo cada vez mais, trazendo desta forma, muitos dissabores e amarguras para sua vida.

Em uma situação familiar conflitante onde brigas, discussões e violência física fazem parte do cenário, encontra-se uma adolescente de 15 anos, repleta de sonhos, fantasias e expectativas, acreditando ser capaz de resolver a questão dos pais, literalmente “salvando-os” de uma relação destrutiva.

Gritos abafados por uma discussão acalorada surgiram diante daquela porta fechada, fazendo com que sentisse muito medo. Um medo estranho, paralisante, angustiante, ante a possibilidade de fracasso diante do objetivo maior – reverter o quadro familiar instável.

Uma carta amorosa e sincera foi escrita, refletindo a verdadeira expressão do amor incondicional, desejosa de paz e união familiar, sendo delicadamente colocada embaixo da porta. Nela, todo o afeto e ternura nunca expressados e o desejo sincero de ter uma família estruturada, baseada na harmonia, na paz, na amorosidade. Alem disto, nas entrelinhas, uma necessidade preemente de ser ouvida, acolhida, amada e reconhecida.

Um minuto de silêncio foi suficiente para perceber o barulhinho do papel da carta sendo aberto e lido em seguida por ambos. Não foi difícil perceber que risinhos debochados e irônicos surgiam à medida que a carta ia sendo lida... Quem sabe, tivessem pensado (minha interpretação na ocasião): "que menina boba esta, querendo se meter onde não é chamada"; principalmente, porque meu pai na época, sendo extremamente arrogante, vivia nos dizendo: "vocês não sabem nada da vida, são todos uns ignorantes"...

A partir daquele dia, mesmo que de maneira inconsciente, acabei levando esta mensagem vida afora, vivenciando de certa forma, uma espécie de "congelamento emocional", especialmente, dentro dos relacionamento afetivos com relação ao companheiro, filhos, trabalho e amizades de modo geral.

Transformei-me no decorrer da vida, numa pessoa fria, distante, rígida, frívola com relação a toda e qualquer expressão de sentimentos afetivos, exatamente para me poupar de outros tipos de sofrimentos: a rejeição, a desvalia, o desamor, a desconsideração e a sensação de ser ridicularizada, etc..

Quarenta anos se passaram e somente agora me dou conta de que aquela porta do passado acabou sendo fechada por mim mesma. Diante de uma nova compreensão e trabalho efetivo com a ajuda Terapêutica e Espiritual, estou conseguindo aos poucos resgatar a autoestima, percebendo o surgimento de um novo olhar sobre todos os acontecimentos.

A alegria, perante o fato de estar tomando consciência de que tudo isto está aos poucos se diluindo, sendo transmutado em algo muito mais positivo e, ao mesmo tempo, tendo a clara percepção de que talvez as coisas tenham sido na época, mal interpretadas, está fazendo com que eu possa aos poucos redirecionar minha vida, reabrindo, finalmente, esta porta que por tantos anos esteve fechada.

O real significado desta abertura não está propriamente em reviver o passado, mas, sim, aprender com ele, descobrindo finalmente, que nós somos e seremos os únicos responsáveis por aquilo que acreditamos e deixamos tomar conta da nossa vida.
Hoje estou reaprendendo a amar, valorizar e a confiar, especialmente, nas pessoas com as quais convivo e, dentro deste universo, percebo a cada dia que as mudanças significativas, que estão ocorrendo em mim, são as maiores responsáveis pela mudança das pessoas que caminham ao meu lado.

Texto revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Tania Paupitz   
Tânia Paupitz é Artista Plástica e Professora de Artes, há 37 anos, sendo sua marca registrada as cores fortes e vibrantes, influência dos estudos de vários artistas Impressionistas. Cursos de Pintura em Óleo sobre tela, para iniciantes, adultos, terceira idade. www.taniapaupitzartes.blogspot.com waths - 48 9997234
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