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Vínculo Amoroso - A atração inicial e o desencanto da convivência

Atualizado dia 6/10/2019 5:37:29 PM em Psicologia
por Cristiane Eppenstein


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O vínculo amoroso se dá pela atração afetiva e sexual entre duas pessoas, que chamamos de atração inicial. A partir desse vínculo, pode-se iniciar uma relação e, portanto, a convivência.

No início da relação, é natural que haja o encantamento da época da atração inicial. Este encantamento é confrontado com as decepções, frutos de expectativas e idealizações, que a convivência propicia. Inicia-se a fase do "meu parceiro ou parceira não é EXATAMENTE aquilo que eu imaginava"Não é mesmo. Ninguém é exatamente como imaginamos.

Às vezes, um dos parceiros entra nesse momento mais rápido do que o outro, gerando assim um descompasso. Outras vezes, ambos têm este sentimento simultaneamente. De qualquer forma, a relação é afetada. E a partir daí, há 3 caminhos possíveis para a manutenção do vínculo deste casal.

Um dos caminhos é o da conversa franca, sincera, que vai fazer com que cada parceiro se depare com um lado do outro que não gosta e não admira, e aceite isso como parte INTEGRANTE do outro. O outro nunca será exatamente aquilo que a gente quer, o que a gente sonhou, o que a gente idealizou. Quando um casal faz este novo acordo, de aceitação, que não é fácil, faz também um trabalho de cura e amadurecimento individual-pessoal, pois ambos estão trabalhando suas próprias expectativas e ilusões.

Quando me decepciono com o outro por algo que EU imaginei, desejei, esperei que o outro fosse, o problema não está  no outro, mas sim em mim. Quando aceito o outro, estou curando a minha parte imatura que quer que o outro seja aquilo que eu desejo e não o que ele é.

Não é fácil, mas é totalmente possível. Exige do casal certo grau de maturidade, uma vontade de fazer um caminho de autoconhecimento e uma predisposição para lidar com frustrações e aceitação. A este novo acordo, a partir destas descobertas e deste profundo processo, damos o nome de reencantamento.

Um outro caminho é o da hostilidade, da acusação. Este é o caminho do ódio e competição: quem é pior, quem decepcionou mais? Um acusa o outro por não ser aquilo que esperava, por não estar satisfazendo seus desejos, por não ter mais a relação como ela era no início. Se engana quem pensa que casais que agem desta forma separam-se com facilidade para interromper a hostilidade. Nem sempre. Há muitos casais que passam uma vida inteira neste modelo. Estão presos ao Vínculo pela hostilidade e pela acusação mútua.

O terceiro caminho é o da dissimulação, da indiferença. Neste modelo, não cabem a hostilidade e tampouco a conversa franca. É um caminho do “sabemos que não estamos bem, sabemos que não é isso que gostaríamos para as nossas vidas, mas preferimos deixar como está e não falar disso”. É a vida dissimulada, uma relação que para quem vê de fora dá uma sensação de que não é real, de que falta "algo".

Qual o melhor caminho? Depende da dinâmica de cada casal, mas no processo terapêutico e de autoconhecimento, o caminho do diálogo franco é o único possível. E pode ser que ao final o casal perceba que já não há como reencantar-se, e coloque um fim à relação. Porém, ao menos fará de maneira consciente, madura e pelas razões certas.

Podemos dizer que não há uma regra, no entanto, percebemos que os caminhos que mais causam dor e angústia são o da dissimulação e o da hostilidade. Na maioria das vezes, os casais quando buscam a terapia, tanto a de casal como a individual, estão vivendo relações hostis ou dissimuladas, uma vez que a da conversa franca não precisa de uma intervenção terapêutica, o casal JÁ está fazendo isso por sua própria conta.

Em um próximo artigo, falarei sobre a terapia de casal, como ela inicia, como se desenvolve e quais os principais objetivos e resultados.
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