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Você coloca a sua vida nas mãos dos outros?

Atualizado dia 10/15/2012 5:43:27 PM em Psicologia
por Andrea Pavlo


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Essa história é velha, mas velha que andar pra frente, como diria a minha avó. Menina conhece menino. Eles se apaixonam perdidamente e decidem se casar. Até aí, tudo certo! Menina se casa e passa todas as responsabilidades financeiras para o marido. Ela não sabe nem a senha do cartão, ou não se lembra de... mesmo onde anotou. Só passa, ele paga e aí reclama um pouco, mas tudo bem. Um belo dia, menino se enche, faz as malas e vai embora com a secretária (não necessariamente por conta disso). E ela não sabe nem como comprar o pão da semana.

Está bem, tem um exagero poético no parágrafo acima, mas eu sou escritora e posso fazer isso. Hoje em dia é sim mais difícil ver uma situação assim tão radical, mas ainda acontece. Isso porque papel, banco e contas são coisas chatas e, quando podemos, preferimos passar a responsabilidade para alguém mais "competente". Pode ser que aconteça o contrário, ou que isso se resuma à papelada de imóveis ou coisas mais "complicadas" como ações, mas alguém deixou a vida financeira, no caso, na mão do outro.

E aí, meu bem, com isso vai todo o seu poder. O seu poder de agir, de decidir, de ser você que fica depositado em alguém. Isso acontece na vida amorosa, financeira, de trabalho e mais uma lista enorme de A a Z, letra miúda. Mas como é mais fácil colocar a nossa vida e as nossas expectativas nas mãos dos outros.

Tem gente que faz isso com a mãe. Aquele grande grito do oitavo andar da casa "mãe, onde está meu sapato". Tem gente que faz isso com o irmão mais velho. Sabe aquela pessoa que nunca faz nada sem perguntar pra meia dúzia de parentes? E ficar ainda mais confuso com meia dúzia de opiniões diferentes? O preço de não assumir e bancar as próprias escolhas é bem alto.

Conheço esposas que não queriam se separar porque achavam que não conseguiriam lidar com a parte financeira sozinha. E hoje, depois de pesquisar, estudar e dar umas cabeçadas, estão muito bem, obrigada. Conheço gente que deixou a felicidade na possibilidade de uma relação dar certo e, quando não deu (tem sempre 50% de chance de dar certo ou errado) nunca mais quis viver. Já viu aquelas mulheres matronas, mais velhas, as famosas solteironas? Isso não tem nada a ver com o fato de não ter se casado, mas o fato de terem sido obrigadas pelo destino a cuidarem da própria vida. Sozinhas. E algumas, se não a maioria ainda hoje, amarga demais com essa decisão. Tornam-se pessoas sérias, pessoas ranzizas, quando tudo o que queriam era um alguém pra cuidar da sua vida.

Você mesmo, quantas vezes já pediu para o mundo parar "que eu quero descer" diante do imposto de renda? Ou da pia de louça para lavar? Ou um parente doente? De fato, em alguns momentos queríamos mesmo ter alguém pra fazer aquilo para gente, mas, na maioria das vezes, é impossível.

Ninguém pode fazer ginástica por você, se você quer um abdômen tanquinho. Nem o Fenômeno Ronaldo. Ninguém pode sentir a sua alegria, a sua tristeza, a sua dor de estômago. Ninguém pode fazer uma cirurgia por você, arrancar um dente, fazer um canal. Ninguém pode, no mundo, querer tomar o seu lugar. Então porque ainda deixamos algumas coisas nas mãos de outras pessoas?

A nossa felicidade é nossa. Não depende da decisão de ninguém, senão da nossa mesmo. Decidir ser feliz e tirar da vida o que é atraso, ou continuar insistindo, é nossa responsabilidade. E não adianta repetir o mantra "ah, se a minha mãe não pegasse tanto no meu pé tudo seria melhor", não! Isso é responsabilizar o outro pela sua desgraça. E estamos num país de coitadinhos, que precisam que o governo ajude, mas que não correm atrás nem quando a oportunidade bate na porta. Sim, é mais fácil manter a "ordem sem progresso" com uma profusão de "bolsas-família" por aí. Isso é deixar a vida nas mãos dos outros.

Não é que não podemos aceitar ajuda. Sim, podemos. Até um "bolsa-família", durante alguns meses, quando não temos um emprego. Ainda. Mas acomodar-se é muito fácil e é preciso manter a consciência no que é necessário para a nossa libertação.

Ser livre passa por isso. Por poder tomar as nossas próprias decisões e quebramos a nossa própria cabeça, quando necessário. Não adianta ser dependente de ninguém, que não sejam suas duas pernas e seus dois braços.

Então, na próxima vez que for reclamar, lembre-se: Deus nunca dá uma cruz maior do que possamos carregar. Se estiver pesada demais, peça ajuda. Mas não passe a cruz para mais ninguém. As nossas lições, quando não aprendidas, voltam de novo e de novo e cada vez mais complicadas. Então é hora de parar, sozinha, e olhar para isso. Não é mesmo?

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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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