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Você conquistou a sua liberdade

Atualizado dia 8/11/2021 10:55:12 PM em Psicologia
por Margareth Maria Demarchi


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Uma sala de aula com  25 garotas e 21 gorotos, a professora Osilda diz: o feminino de hoje conquistou sua liberdade no mundo? 
Nesse momento, a sala se agita com todos falando ao mesmo tempo.
 
- Osilda diz:
- Se todos falarem ao mesmo tempo, vai ficar difícil para ouvir!

- Vamos ouvir as garotas primeiro, já que o assunto é o feminino. Os garotos protestaram:

- As garotas até hoje fingem ser princesas, depois viram raposas e tudo tem que ser como elas querem. 
 
 A classe se dividiu, parecia um ringue de luta masculino contra feminino, por causa do assunto a ser discutido.
 
 A professora, mais enérgica, falou:
- Silêncio! Agora me ouçam. – E continuou: - vou sortear os nomes, o sorteado vai fazer um argumento, depois pega nome do próximo a falar. 
 
 Assim se fez o silêncio e Pesildo foi o primeiro escolhido.
Pesildo fala: - eu acho que mudou para melhor, hoje já nem precisa falar com pai para namorar, já pensou pedir permissão? - E todos riram. 
 
 A próxima escolhida foi Carrelita. - agora podemos ter liberdade. 
 
 E seguindo a ordem de escolhidos. Fertinanda: - podemos trabalhar e estudar. 
 
 Quintinho: sem dúvida hoje é melhor, porque podemos ficar sem querer compromisso – ganhando algumas risadas. 
 
 Lari: - a minha mãe pode trabalhar de motorista hoje, antes não podia. 
 
 Gilbito: - as garotas são estranhas e às vezes são difíceis de entender. Eu acho melhor quando elas ficavam só em casa. Hoje nem vejo minha mãe. 
 
 Descarlo: - é verdade, Gilbito, minha mãe trabalha até hoje. Conheço mais minha vó do que minha mãe. 
 
 Holinde: - eu considero importante toda essa evolução, porque vocês são garotos e antes só vocês viviam  o melhor. 
 
 Então começam as discursões paralelas e a professora interrompe: - Silêncio! Agora eu vou falar, prestem atenção. 
 
 O feminino e o masculino vêm passando por transformação a cada novo século. Hoje os jovens, fazem parte da nova transição, o sexo deixou de ser um tabu, garotos e garotas vivem uma facilidade nunca aceita, onde jovens na sua grande maioria podem dormir com as suas namoradas na casa dos pais.
Na fase de transição ainda existe uma obrigatoriedade de fazer parte e como sempre acontece existem alguns que necessitam de um tempo para se adaptarem, mas sofrem pressões sociais; sendo jovens ainda, é difícil ser fora de padrão. Alguns gostariam que fosse como antes, para ter a mãe com eles enquanto criança, outros já absorveram a mudança e conseguem extrair valores.
Aqui a discussão não é para saber quem está certo ou errado, mas para refletirmos sobre essa mudança para a conquista da liberdade do feminino.
A mulher agregou muito ao trabalho, hoje trabalha dentro e fora de casa. A liberdade tão sonhada está acompanhada de ansiedade e depressão, assuntos muito falados nos tempos de hoje. E por quê?
No movimento de transição muitos se sentem obrigados a responder, sem estarem prontos para esta mudança.
Lembro-me bem de uma mãe que veio conversar comigo, porque estava muito preocupada com o comportamento da filha. Ela me disse que a filha namora há 6 meses e nem pensou ainda em ter relação sexual com o namorado. Isso era estranho para ela, que rompeu o tabu no seu tempo (anos 80) e já  tinha conquistado a sua liberdade sexual fora dos padrões sociais. Tentou  orientar a filha, mas ela disse para supresa da mãe. - Eu vou ter no meu tempo e não adiante me forçar. Isso aconteceu 52 anos atrás.
O que pensar disso? O que podemos concluir que somos seres humanos diferentes, e cada qual com a sua historia emocional e vivência familiar?
A liberdade é aceitar quem realmente  é, e isso está cada vez mais difícil, porque ser diferente hoje, pode correr o risco de nomes: bipolar, depressiva, nervosa, desvio de personalidade, entre outros termos.
Hoje já se percebe que a liberdade é conquista pela a vontade interna exercitada e respeitada para saber que o outro pode sim ser diferente,  isso traz paz.
Pregamos a liberdade e ainda classificamos as pessoas de lerdas, antiquadas, lésbicas, gays, bipolar, e outros nomes que nada dizem para o ser humano e nada podem fazer para sua evolução. São rótulos que deixam os jovens com a falsa ideia de liberdade, mas, na verdade, estão se juntando em pacotes rotulados, onde o grupo dita regras.  Humanos passam a ser classificados como produtos e suas diversas marcas, tem para todos os gostos.

Nem antes, em tempos passados e nem depois, se tem realmente exercitado a liberdade.

A liberdade ainda é um pote de ouro, atrás do arco-íris, esperando que o ser humano amadureça e consiga ver a sua identidade interna e possa ao seu tempo integrá-la à realidade externa que a mantém nos dias de hoje. Assim, deixar de querer responder para um padrão e aceitar o seu padrão interno, só assim o ser humano começará a se sentir seguro e em  paz, através do exercício da liberdade em ser quem é e saber principalmente qual o seu sentido,  ou seja, sua meta para vida.

Quando isso começará a acontecer, gente?

Eu não vou estar mais aqui, nem teremos escolas, as pessoas serão instruidas pela internet e terão  possibilidades de aprender tudo que queiram. As atividades surgirão pelo exercicio de seus talentos.

Sempre os seres humanos serão respeitados como: sem classe, tipo ou raça. O ser humano será completo e por viver a sua existência para uma evolução sempre dirigida cada vez mais no exercício da  vontade, amor, sabedoria e ação.

A sala ficou quieta, todos pensando... depois de alguns minutos:

Roselita rompe o silencio e fala:

- Eu sempre em meu silêncio me achava totalmente estranha e fora desse mundo, mas hoje eu consegui  tomar o meu lugar como um ser humano diferente e que apenas o meu nome diz quem eu sou.  Professora Osilda, obrigada! Essa aula me esclareceu muito, a partir de hoje sou apenas a Roselita, nada mais.

Assim a professora percebeu que todos perceberam o objetivo da pergunta. Terminou a aula.

Texto Revisado

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