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Como, quando e por que regredir

Atualizado dia 6/13/2012 9:09:34 PM em Vidas Passadas
por Flávio Bastos


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Muito se tem questionado sobre a validade da regressão de memória como forma de acrescentar qualidade no processo de autoconhecimento. Perguntas e respostas que contribuiram para esclarecer ou confundir o leigo e envolver a regressão em uma névoa de mistério com uma "pitada" de folclore popular.

No entanto, desde que acompanhada por profissional habilitado na área da psicoterapia, uma experiência regressiva é muito mais séria do que se pode imaginar. A começar pelo significado que a experiência representa no processo psicoterapêutico, que tem como meta, investigar as origens do sofrimento psíquico da pessoa.

Na área da saúde mental, seja da linha tradicional ou da linha alternativa, que aprofunda a investigação do inconsciente além da vida intrauterina, a regressão deve ocorrer quando existirem indicativos para o seu encaminhamento. Cabe ao psicoterapeuta adotar critérios baseados em seu método de trabalho e verificar se é momento oportuno de estabelecer conexões entre passado e presente.

Outra situação que deve ser considerada é a vontade da pessoa, que vem acompanhada por um conjunto de crenças e de valores internalizados. Neste sentido, a decisão pessoal entre regredir ou não, poderá depender do que transmitem a práxis terapêutica e a imagem do psicoterapeuta. Portanto, segurança no método aplicado e confiança no profissional, são fatores que influenciam no momento de decisão.

A regressão sem critérios, ou por curiosidade, não é recomendável porque pode reforçar processos obsessivos através da criação de quadros mentais relacionados a desequilíbrios psíquicos, que nada tem a ver com uma experiência regressiva de memória cerebral ou extracerebral.

Cito como exemplo, o caso de obsessão que envolvia a relação passional de uma mulher por um homem. Na primeira consulta, a pessoa que a atendeu levou-a a regredir. A experiência, no entanto, tornou-se uma "montagem", ou seja, uma projeção de quadros mentais produzidos pelo seu inconsciente, e não, exatamente, uma sessão regressiva de memória. Experiência que reforçou a sua neurose e não resolveu o seu problema como foi constatado mais tarde, quando passou por uma regressão com um psicoterapeuta.

A regressão de memória sem uma metodologia que investigue o inconsciente do indivíduo a partir da vida atual, é dar um passo no rumo das incertezas. A experiência regressiva deve ser uma certeza que faça parte de um contexto que estabeleça as conexões necessárias entre a experiência própriamente dita, a psicoterapia e a queixa principal da pessoa.

O objetivo da regressão de memória é agilizar a investigação psicoterapêutica e qualificar com a experiência, o autoconhecimento. Principalmente quando a pessoa acessa informações de sua memória extracerebral, o que lhe dá o direito de "adentrar" a porta do autoconhecimento de âmbito interdimensional.

Outro problema que ocorre é a auto-regressão orientada por livros ou sites na internet. Essa inconsequência pode levar pessoas a situações inimagináveis, onde os riscos à sua integridade física e mental tornam-se uma possibilidade real.

Imaginemos uma pessoa leiga no assunto, que por curiosidade ou por necessidade, segue essas instruções e auto-regride a um fato psiquicamente traumático ocorrido em uma vida passada. Sem o acompanhamento de um psicoterapeuta, como ela lidará com a intensidade de emoções que a envolve? Sem as interconexões de um processo terapêutico, quais associações ou elaborações ela consegurá sem a ajuda de um profissional habilitado?

A regressão de memória veio para acrescentar à vida do ser humano, conhecimento e estimular à autocura de suas dores da alma. Usar esse recurso fora de um acompanhamento psicoterapêutico é pisar no falso terreno das improbabilidades que não levam a lugar algum.

Em certos casos, a regressão é prescindível e cabe ao psicoterapeuta avaliar a sua desnecessidade. Em outros casos, ela se torna imprescindível e cabe ao profissional encaminhar o momento oportuno para a sua realização, que depende da vontade da pessoa e dos critérios inseridos no método de trabalho.

Desfrutemos, portanto, com consciência, daquilo que a natureza nos oferece como meio de chegar a um melhor nível de autoconhecimento, que são as informações obtidas através de uma sessão regressiva criteriosa e direcionada para a autocura, e associadas, é claro, a interpretações e elaborações de um processo psicoterapêutico seguro e confiável.



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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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