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Muito além do prazer

Atualizado dia 6/26/2013 9:25:01 PM em Vidas Passadas
por Flávio Bastos


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"O conflito entre ética e sexualidade, em nossos dias, não é uma mera colisão entre instintividade e moral, mas uma luta para justificar a presença de um instinto em nossas vidas e pra reconhecer neste instinto um poder que procura sua expressão, e com o qual, manifestadamente, não se pode brincar e que, por isso, também não quer se submeter às nossas bem-intencionadas leis". (Carl G. Jung)

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a sexualidade é definida como "uma energia que nos motiva para encontrar amor, contato, ternura e intimidade. Ela integra-se no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados. É ser-se sensual e, ao mesmo tempo, ser-se sexual. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações, e por isso influencia também a nossa saúde física e mental".

Conforme o documento "Promotion of sexual health: Recommendations for action", a OMS informa que a sexualidade humana está relacionada a um núcleo de bem-estar que inclui gênero (conjunto de valores, atitudes, papéis, práticas ou características culturais baseadas no sexo biológico), identidade sexual e de gênero (como a pessoa se identifica), orientação do desejo sexual, erotismo, vínculo emocional, atividades e práticas sexuais, relações sexuais sem risco e comportamento sexual responsável. O documento firma ainda que a sexualidade é resultado da integração de fatores biológicos, psicológicos, socio-econômicos, culturais, étnicos e espirituais.

No contexto da sexualidade, diferentemente de Freud, que considerava a libido como a energia sexual em busca de satisfação, Jung considerava o tema mais abrangente: "Libido é apetite, é instinto permanente de vida que se manifesta pela fome, sede, sexualidade, agressividade, necessidade e interesses diversos".

Para Iracema Teixeira, "pensar espiritualidade e sexualidade, em princípio pode parecer difícil e, até mesmo incoerente. Essa dissociação traduz um pensamento fragmentado e dicotômico, fruto de um legado secular: o paradigma cartesiano-newtoniano e a visão judaico-cristã, típico de nossa cultura ocidental".

Já Jaroslaw Merecki registra "que a compreensão da unidade do homem (corpórea, emocional e espiritual) traz consigo a descoberta da dimensão moral dos dinamismos do corpo. A estrutura da sexualidade, em toda a sua dimensão humana, indica ao homem as formas fundamentais de sua autorrealização. O que vem a ser o órgão sexual se não um órgão como outro qualquer? Por que tantos medos, preconceitos e culpas depositados neste órgão? No final, tudo vira pó. O que importa é a intenção com que se faz. É com amor? É com respeito? É com carinho? Viver a sexualidade não é algo contra a natureza humana, muito pelo contrário. Faz bem, melhora nossa autoestima, nossa saúde física e mental. Corpo e espírito estão separados? É com este intuito que proponho pensar a relação entre sexualidade, corporalidade e espiritualidade". Merecki conclui que "o ato sexual exprime um dom da pessoa  -de toda pessoa com sua espiritualidade, emotividade e corporalidade- e não pode ser privado desse significado, que exprime o dom total de si ao outro".

Neste sentido, Iracema Teixeira afirma que "sexualidade é a possibilidade de viver o encontro, a fusão de duas pessoas na dança da vida, de experimentarmos a pulsação quente do existir. Assim sendo, o ato sexual passa a ser um ato sagrado, um ato de amor. E o amor é a liga que nos une e nos dá a chance de sobreviver".

Podemos vivenciar nossa sexualidade de forma extremamente benéfica e positiva para um desenvolvimento sadio, desde que feito com muito amor. Reprimir é anular a si próprio. Respeitar, aprender a sentir e escutar as mensagens que seu corpo transmite proporcionará uma elevação da autoestima. É preciso saber se amar para aprender a amar o outro. Amar o outro é doar-se. Quem não tem amor a si mesmo, não tem amor para dar.

Portanto, a experiência que vai muito além do prazer egoico, associa sexualidade, corporalidade e espiritualidade como um complemento essencial para a sensação de bem-estar na relação consigo próprio e com o outrem no mundo em que vivemos. Esta experiência expansiva, que une corpo e espírito através da sexualidade, é referência para a Era da Sensibilidade que se inicia. Nova Era, oportunidade para todos nós de mudarmos a nossa realidade para melhor. Enxergarmos o mundo com outros olhos, extravasarmos as nossas belas sensações de dentro para fora, do interno para o externo, do sentir e pensar para a ação de forma sábia, lúcida, sensível e inteligente diante da vida e do relacionamento humano.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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