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Terapia de Vivências Passadas: crença ou ciência?

Atualizado dia 2/8/2011 1:39:44 PM em Vidas Passadas
por Martha Mendes


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Bem, antes de entrar na questão da terapia regressiva, que responde a esta pergunta, vale pensar na frase de Mario Quintana: "O passado não reconhece o seu lugar, está sempre presente".

As memórias, situações de imensa alegria ou de extremo desprazer estão arquivadas e impressas em cada célula dos nossos corpos.

O cérebro é capaz de armazenar informações de toda a existência e, dependendo da carga afetiva que produz, desencadeia uma ciranda bioquímica que altera o funcionamento do sistema corporal lançando o indivíduo do paraíso ao inferno, sendo o inverso também verdadeiro.

Dito isto e, pensando nas informações que a história do passado nos revela, mais especificamente, o legado do considerado o Pai da Medicina - Hipócrates de "Cós", (a ilha da Grécia Antiga, onde médicos e terapeutas atuavam em suas práticas para atender de forma personalizada o "ser humano" que adoeceu) constatamos que já nesta época, Hipócrates consagrou-se pela habilidade em usar seu saber com amor, interessando-se pela dinâmica de vida de seus pacientes, procurando com isso entender com verdadeira visão holística, como cada ser/paciente se posicionava diante de sua própria existência. Da observação dos diversos e singulares sintomas, nasceu então o conceito e exercício das clínicas multidisciplinares.

O desequilíbrio era visto sem crendices. Consciente da importância da espiritualidade, Hipócrates afirmou que o adoecer se dava pela desarmonia do indivíduo com o cosmo.
Esta ordem de raciocínio/ diagnóstico comprova a existência de um ruído desagregador entre o corpo e a alma humana.

A alma necessita de um corpo para se manifestar e se auto-aprimorar, via caminho natural de evolução, independente da escolha religiosa que o indivíduo tenha.

Hipócrates direcionava seus conhecimentos de forma científica, não no supersticioso, entendendo os humores corporais (bioquímica) e a personalidade.

" Tuas forças naturais, as quais estão dentro de ti, serão as que curarão suas doenças." - Afirmava ele.

Parafraseando respeitosamente a Hipócrates, reporto-me às terapias regressivas, tema desta matéria.

A hipnose desde a antiguidade era considerada misteriosa, que de alguma forma, pela desinformação, impunha-se poder sobre o outro.

Hoje graças aos estudos sobre a técnica posso dizer que é uma das formas mais assertivas para que o indivíduo se conecte com a própria força.

Hipnose não é sono profundo, ao contrário, é estar desperto, onde todos os seus sentidos trabalham em conjunto. É uma verdadeira equipe em favor de si mesmo.

O terapeuta que utiliza esse recurso deve ter em mente de que é um facilitador no foco de atenção do cliente em suas habilidades que o auxiliarão a encontrar a origem de suas dificuldades/desequilíbrios.

A hipnose não tira a consciência, ela é um dos recursos para a autoconsciência.

É importante que o profissional tenha conhecimentos de neuroanatomia funcional e transpessoal (estados modificados de consciência), o que lhe conferirá segurança em sua atuação.

Cada cliente é um universo, para tanto precisa estar munido de diferentes recursos.

O terapeuta, como já indicava Hipócrates, precisa estar inteirado de como o cliente participa da vida, encontrar com ele a dificuldade prioritária. Através da hipnose (transe leve-mediano) é possível acessar um arquivo com memórias onde a origem dessa dificuldade que o trás ao consultório, possa ser encontrada e resignificada por ele com suas habilidades internas. É a manifestação de seu curador interno.

E é simples explicar "o curador interno", se fizermos uma mera comparação com a tecnologia criada pela própria inteligência humana para a ciência da computação. Existem as funções "restart" ou "reparar configurações", pergunto então: "Como o corpo e a mente humana, máquinas perfeitas em sua concepção, não teriam como acessar estas funções?Sim! É claro que temos este acesso! E são realizadas através do curador interno de cada ser-corpo e alma.

Nas experiências, durante a terapia regressiva, tudo é importante, carregado de conteúdo simbólico, independente de em que tempo esteja. O mais importante é o sentido que esse conteúdo tem na vida do Ser.

Estando a experiência em sua adolescência, na infância, na vida intra-uterina, num período entre vidas, em outra vida, com inimigos ou seres espirituais, nós terapeutas devemos respeitar e "acolher" o conteúdo para ser trabalhado em psicoterapia. O conteúdo é recheado de significados e conseqüentemente de entendimentos que resultam em soluções para as mais inusitadas fontes de dor, desequilíbrios e doenças.

Desejo do corpo aspiração da alma - o conflito ao qual Hipócrates se referiu.

As terapias regressivas são recursos na psicoterapia, utilizados por profissionais habilitados e com habilidade e não a terapia em si.

Acessar conteúdos, sem trabalhá-los é acentuar um desequilíbrio.

É sabido que o ser humano tem capacidade/habilidade de lembrar-se de fatos há muito tempo vivenciados. A memória é um recurso cognitivo que utiliza os sentidos para armazenar as experiências de toda a existência.

A TR favorece ao Ser/paciente, recordar/vivenciar (fatos muitas vezes registrados de forma distorcida) e esgotar a tensão emocional desse núcleo de dor e dar um novo significado a ele.
Trauma significa uma ferida aberta (dor emocional), infeccionada (carga afetiva intensa), que ao menor esbarro (gatilho) faz doer e ter reações diversas e desproporcionais.

A TR permite ao indivíduo higienizar sua ferida e curá-la com seus próprios recursos com a recuperação da força despendida no momento traumático.

Sendo um trauma uma ferida produz alterações funcionais.

No cérebro existem as amigadas (as da garganta são toncilas) que são arquivos de momentos traumáticos, pois armazenam a emoção vivenciada sinalizando perigo, envia mensagem de sobrevivência e todo o conjunto cerebral envolvido se mobiliza para a proteção/evitação, o que distorce a interpretação do evento. Quando há um gatilho a carga emocional é acionada (sem a lembrança do fato) e se perde a capacidade de diferenciar o perigo. A atividade elétrica do cérebro se altera, fica desordenada, produz irritação do funcionamento do hipocampo (autobiografia-história do indivíduo) libera o hormônio do estresse e os dois lados do cérebro trabalham de maneira irregular alterando o discernimento.

O terapeuta não é um juiz (não faz julgamentos) e sim um acolhedor dos conteúdos que serão objeto da psicoterapia.

Como psicoterapeuta me utilizo de várias ferramentas como Bioeletrografia para verificar como está a energia gerada pelo cliente, Florais de Bach para recuperar força e promover a homeostasia (recuperação da força vital), recorro aos conteúdos de sonhos, para depois utilizar a terapia regressiva, já com um endereço certo, sem turismo no passado.

A espiritualidade é condição do ser humano, a religião é uma escolha.

Estamos vivendo uma grande revolução científica e espiritual, nada pode ser ignorado, tudo precisa ser no mínimo, observado.



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Conteúdo desenvolvido por: Martha Mendes   
Pedagoga e Psicoterapeuta complementar, pós-graduada em psicossomática e psicobiofísica, com extensão em neuropsicologia: emoção e cognição e psicologia e religião. É também Mestre em Bioeletrografia pela IUMAB - International Union of Medical and Applied Bioelectrography e certificada pela Earth -European Association for Regression Therapy.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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