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Você está desconectado?

Atualizado dia 9/3/2011 7:53:22 AM em Vidas Passadas
por Flávio Bastos


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Com o avanço da tecnologia de ponta em nível mundial, o homem moderno ganha em conforto mas perde no quesito naturalidade.

O que antes fluía naturalmente nas relações interpessoais, agora, constatamos a gradual perda da espontaneidade nas relações pessoais, onde a realidade virtual substitui a realidade presencial, tornando o âmbito das relações humanas cada vez mais objetivo, frio, direto e, paradoxalmente, próximo e distante.

A perda do contato humano mais espontâneo, principalmente, nos grandes centros urbanos onde a criança passa a ser educada em função da realidade virtual e cada vez mais "blindada" por questões de segurança, tem gerado um considerável decréscimo na qualidade do desenvolvimento infantil.

A precocidade que observamos nas atitudes infantis, revelam a influência da informação midiática que transforma crianças em "pequenos adultos". Dessa forma, estamos vivenciando um momento histórico em que as fases de desenvolvimento infantil sofrem interferência da mídia. Essa espécie de invasão virtual em mentes infantis, tem gerado curiosidade sexual precoce, ansiedade e comportamentos estereotipados em situações que fogem ao controle dos pais.

Hoje, verificamos crianças conectadas desde muito cedo no mundo virtual, mas desconectadas de valores e opções indispensáveis à sua boa formação. Esse vazio que fica é criado pela falta de vivência em um mundo imprescindível para a criança, onde o exercício da espontaneidade nas relações é o aprendizado do futuro adulto em paz com a sua criança interior.

A gradual perda da originalidade infantil, resulta em adolescentes e adultos desconfiados com o mundo à sua volta, onde vínculos pessoais ocorrem, geralmente, por interesses, desqualificando o sentido da amizade como forma de aproximar pessoas que estabelecem laços de empatia.

Hoje, pais urbanos estão levando seus filhos a hotéis-fazenda para que estes tenham a oportunidade de conhecer ao vivo uma galinha, uma vaca, um cavalo...

A desconexão com a originalidade da vida, tem contribuído para que o homem urbano sofra de males como a depressão causada pelo -sintomático- sentimento de solidão. Esse processo inconsciente revela-nos a perda de referência com a natureza infantil que não conseguiu formar no adulto, uma criança interior saudável.

A presença do lúdigo na experiência infantil, que em gerações passadas ocorria normalmente através de brincadeiras e jogos, é fator de estímulo à criatividade, sociabilidade e amizades por afinidade. No entanto, a insegurança dos dias atuais, associada à perda de espaço do lúdigo e à invasão da cultura cibernética, tem estimulado a criança ao isolamento e à ilusão de liberdade virtual.

Precisamos, com uma certa urgência, "reduzir" a velocidade dos dias atuais para refletirmos sobre algo que talvez não percebamos, mas que, por força dos tempos modernos, vem atuando sistemáticamente sobre mentes em formação.

Pais e educadores em geral, precisam acordar para uma realidade imposta pela tecnologia da informação que invade lares e mentes infantis de uma forma perigosamente marcante. Refletir ou questionar sobre os benefícios ou malefícios da cultura virtual sobre mentes e corpos em desenvolvimento é necessário e urgente.

A crise de valores que vivenciamos na educação é, em parte, reflexo da "invasão de privacidade" que mantém a criança hipnotizada à frente de um computador ou de um aparelho de televisão. Situação que pode comprometer a sua formação pela ausência ou omissão dos responsáveis no sentido de proporcionar-lhe experiências que exercitem a sua inerente naturalidade infantil.

Portanto, estar conectado implica em estar perceptivo para distinguir até que ponto a relação virtual é importante -ou não- em nossas vidas e na vida de nossos filhos. Estar desconectado é não perceber que estamos dominados pela máquina e distantes na relação consigo mesmo, com o outro e com a vida natural e saudável.
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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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