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Depressão e preconceito: como o estigma pode atrapalhar tratamento

por Myriam Durante
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Indo de encontro ao estereótipo de que o brasileiro é um povo feliz, estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que o Brasil concentra o maior número de deprimidos (cerca de 20% da população). Apesar dos números serem impressionantes, a sociedade ainda enxerga a depressão com grandes doses de preconceito. E o pior, em alguns casos, a resistência em relação ao transtorno parte dos próprios pacientes. Não são poucas as pessoas que acreditam que psiquiatras e terapias são coisa para loucos. Geralmente, quando o paciente recebe o diagnóstico, não aceita, sente-se fraco e envergonhado, não quer falar para ninguém sobre o meu problema. Outros que tentam se abrir sentem a incompreensão de colegas e familiares.

Apesar de hoje em dia haver muito mais esclarecimentos, alguns mitos ainda precisam ser quebrados para que o estigma sobre a doença desapareça. Um deles é a confusão entre depressão e tristeza. Essa ideia faz com que muitos considerem "frescura" ir a um médico e acabam perdendo a oportunidade de se tratar. A tristeza é um sentimento normal, mas passa a ser preocupante se presente por um período de tempo mais longo e se associado à perda de energia e à irritação.

Em Londres, surgiu uma ideia muito bacana para ajudar a quebrar esse preconceito. Um grupo de quituteiros que já haviam passado por esse problema abriram uma doceria especial para deprimidos. Eles encaram o negócio como um trabalho social, pois a proposta é acolher com carinho quem sofre da doença.

Os bolos e docinhos não são coloridos e alegres. São sóbrios, em tons de cinza, mas feitos com muito carinho para dar um pouco de amor a quem tem essa doença. De acordo com os organizadores, uma em cada quatro pessoas vai sofrer de doença mental em algum momento de suas vidas e a loja do bolo deprimido quer fornecer uma plataforma única que permita sensibilizar e discutir questões de saúde mental (com foco na depressão), e ao mesmo tempo levantando fundos valiosos para uma instituição de caridade de saúde mental. Eles querem abrir a discussão sobre a doença mental e envolver as pessoas com as questões que decorrem da doença.

Muitos dos bolos também são feitos por aqueles com experiências pessoais de depressão, utilizando fermento como uma forma de expressar suas lutas com e experiências de, a doença. Através buscando patrocínio também pretendem realizar uma série de sessões de terapia panificação em todo o Reino Unido, e criar uma rede de apoio para aqueles que usam o cozimento para ajudar a combater a depressão.

O que também ajuda a vencer o preconceito é quando pessoas da sociedade contam suas experiências. O humorista Chico Anísio falou no Fantástico desse último domingo como enfrentou a doença e conseguiu ter uma vida cheia de realizações. Histórias desse tipo ajudam muito, incentivando a busca por tratamento.
 
Texto revisado

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Atualizado em 4/4/2014

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