A Consciência do Sagrado: uma Nova Visão de Deus

Transformar os fenômenos naturais em entidades, além de ser primitivo, é perverso e não contribui em nada para o necessário entendimento dos fenômenos que envolvem a condição humana. Deus não está envolvido nos problemas pessoais de ninguém; Ele já estabeleceu um conjunto de leis e princípios para cuidar disso. Cabe a nós compreender esses princípios e saber como nos ajustar a essa Natureza, uma vez que estamos em completa desarmonia com ela.

Esse tipo de comportamento pode ser compreensível para os primatas, mas não para o homem moderno. Não faz sentido hoje nos ajoelharmos diante de um trovão, acreditando tratar-se de um Deus furioso, ou fazermos sacrifícios a um vulcão em erupção, acreditando que ele precisa ser acalmado. Isso não corresponde ao nível mental alcançado pela humanidade. Deus não é o trovão, o mar, o vento, a terra, a água doce, ou qualquer coisa assim! Deus é um Sistema! Tudo é Deus, pois Deus é esse programa regido por princípios imutáveis, eternos e perfeitos, estabelecidos para regular o Universo. Em outras palavras, Deus é simplesmente um sistema inteligente que suporta nossa existência.

Conforme os grandes iluminados revelaram ao mundo, incluindo Jesus, Buda, Krishna e tantos outros, Deus é o único objetivo a ser alcançado. A Inteligência Universal revela que devemos nos submeter a Seus princípios por meio de uma profunda rendição e aceitação. Quando transgredimos as regras, surge o sofrimento e passamos a viver em um mundo de angústia e dor.

As religiões naturalistas, todas elas, trabalham apenas para nos manter ancorados no passado, acreditando em deuses com características humanas, sem se preocuparem em dissolver esse manto ilusório para nos revelar o verdadeiro Deus, um Deus científico que se apresenta por meio de princípios imutáveis. Esse Deus é o próprio Universo, apresentado em toda a sua perfeição, revelado por Leis eternas. Ele não é uma pessoa, mas um sistema.

A ignorância é o grande problema da humanidade, pois é a causa de toda a ruína em que vivemos. O homem ignorante, governado por medos e incertezas, está sempre receptivo a argumentos sedutores que o possam guiar, mesmo que esses conceitos o levem para a escuridão, contanto que ofereçam alguma vantagem ilusória no mundo em que está inserido. Esse é o cenário comum dos primatas apegados às energias grosseiras deste planeta.