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O caminho da renúncia

O caminho da renúncia

por Paulo Tavarez
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Merecemos uma vida em abundância. O Universo é pura abundância — e nós somos sua expressão mais preciosa. Na verdade, somos o próprio Universo em busca de si mesmo, como o uroboros que devora a própria cauda: um eterno retorno, em que a Consciência se experimenta a si mesma.

Se somos, portanto, infinitamente abundantes, por que insistimos em viver identificados com uma versão miserável de nós mesmos?
A resposta é simples: ignorância. Somos deuses, mas vivemos como réprobos, iludidos pelas energias impermanentes do samsara. Apegar-nos a coisas e pessoas, como se pudessem nos dar o que buscamos, é esquecer que nenhuma realização acontece neste mundo de sonhos que chamamos de realidade. Estamos adormecidos, presos na surrealidade de Maya, acreditando que precisamos “ser melhores”, quando na verdade só precisamos ser o que sempre fomos: o próprio Deus que procuramos.

A libertação só virá por um processo de “auto-antropofagia espiritual” — devorar o falso eu até que nada reste além da essência. É um mergulho radical no silêncio interior, um despertar da Consciência adormecida.

O que nos mantém presos? Nossas crenças. Elas moldam nosso inferno particular, erguem as paredes da gaiola e alimentam o ego como barro moldado por mãos cegas. Cada crença fixa é um grilhão. Cada identificação, uma prisão.

E como acelerar a libertação?
Há apenas um caminho — como dizia Renato Russo, “o caminho é um só”. Esse caminho é o da renúncia. É preciso desapegar-se de tudo, inclusive de si mesmo. Tudo o que acumulamos nos será tirado, cedo ou tarde. Apegos trazem sofrimento; perdas trazem libertação.

Por isso, não existe nada mais grandioso do que a perda. É o vazio que desperta a Consciência. Jesus mesmo não ofereceu consolo — ele trouxe a espada. Disse ao jovem que queria segui-lo: “Deixai os mortos enterrarem seus mortos”. Sua mensagem não foi de acomodação, mas de ruptura, de combate ao mundo de ilusões em que nos refugiamos.

As bênçãos da existência surgem justamente daquilo que conseguimos perder — voluntária ou involuntariamente. O que perdemos nos liberta. É no despojamento que nasce a plenitude.

Permaneça em silêncio. Deixe sua alma gritar o quanto quiser. Assista a tudo sem se envolver. Um dia, quando perceber que você perdeu o interesse, ela se calará. E nesse silêncio, a abundância que sempre foi sua se revelará.
 
Texto Revisado


Autor: Paulo Tavarez   
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Atualizado em 8/28/2025


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