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Autoconhecimento
Você Teria Coragem?
por Paulo Roberto Savaris
Você teria coragem de perguntar o que os outros realmente pensam de você — além dos filtros, sorrisos ensaiados e curtidas das redes sociais?
Como seria se as pessoas pudessem conhecer sua relação com a
espiritualidade além dos primeiros bancos da igreja?
E a sua intelectualidade —
existe vida além da inteligência artificial?
E quanto às suas relações familiares... há nelas
respeito, valores e tradições ou apenas a aparência de harmonia em meio ao ruído cotidiano?
Você já parou para pensar como anda sua
empatia, sua
compaixão e sua
disposição para ajudar aqueles que você nem percebe — os invisíveis do seu caminho?
E na hora de escolher seus líderes e governantes, o que guia sua consciência?
Seria sua decisão movida por convicção, conveniência... ou simplesmente pela multidão?
Seu compromisso com a humanidade é autêntico ou apenas uma bela legenda de post?
Pergunto:
Será que sua
verdade e sua
autenticidade são as mesmas que você demonstra?
Ou será que por trás da aparência mora um personagem, um
estranho para si mesmo, buscando seguidores, fiéis, votos...?
Talvez sejamos, como ensinou o Mestre Nazareno, como sepulcros caiados — belos por fora, mas interiormente feitos de sombras e vazio.
Ou quem sabe, como nos antigos salões de baile, apenas dançamos uma valsa de aparências, embalados pelo som do próprio ego — acreditando estar em sintonia com o mundo, quando no fundo rodopiamos sós, em palcos vazios.
E aqui não falamos apenas de palavras ou pensamentos.
Falamos também do
materialismo disfarçado de sucesso, da
espiritualidade de fachada, das
relações sociais baseadas na aparência, do desejo de
ostentar o que nega o próprio ser e o outro.
Tudo em nome de uma imagem que precisa ser mantida — mesmo que nos esvazie por dentro.
Mas afinal,
que legado deixaremos?
O da aparência — aquele exaltado nos discursos da missa/culto de corpo presente — ou o da
essência, que só o olhar de Algo Maior poderá discernir?
Talvez seja assim no Céu: um momento de olhar para o ontem e perceber, em silêncio, o que realmente fomos.
As oportunidades que tivemos de ser melhores — não apenas para nós, mas
para o outro também.
Porque só há plenitude na relação entre o
EU e o TU, como nos recorda Martin Buber, quando o encontro é verdadeiro, despido de máscaras e aparências.
E então...
Você teria coragem de se olhar sem filtros?
Um Sonhador, Caminhando com Francisco
Paulo Roberto Savaris – Autor dos eBooks Série,
Descubra Caminhando com Francisco e
O Eremita Digital – Silêncio no Caos Moderno. Reflexões sobre espiritualidade, fé, natureza e simplicidade.
https://www.caminhandocomfrancisco.com/
Texto Revisado
Atualizado em 10/28/2025
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