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Quem são os pais omissos na trama das mães perversas

Publicado por Silvia Malamud em Psicologia

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O pai omisso é o parceiro que costuma facilitar o abuso da mãe narcisista perversa em detrimento dos próprios filhos. Ele, porém, é mais uma das vítimas sequestradas e é tão impedido de proteger a si mesmo, quanto aos seus filhos. É menosprezado, jogado para escanteio e ignorado.

As atitudes e diretrizes da família, portanto, ficam apenas e tão somente a critério da mãe, esposa desajustada.

Se acaso o cônjuge resolver reivindicar o seu posto, ou mesmo se tentar proteger as suas crias das crueldades a elas inferidas, os resultados costumam ser tão devastadores, que dificilmente conseguirá se sentir seguro o suficiente a ponto de poder se confrontar com as situações armadas.

Nas ocasiões de impacto, as respostas são repletas de dramas, descontrole emocional e encenações de mais cenários abusivos, a ira é direcionada ao marido, que no final, para não abandonar o barco com os filhos dentro e à deriva, acuado, decide por se calar. E em seu silêncio profundo anuncia a sua subjugação tornando-se coparticipante da trama abusiva, pela escolha da omissão.

Por outro lado, a esposa narcisista, escolhe como marido alguém com um terreno emocional e com características de personalidade específicas para que possa colocar em prática as suas desequilibradas e estratégicas ações.

A fúria, o discurso e o drama das mães predadoras são estonteantemente intensas, a ponto de calar qualquer um que estiver à sua volta. O pai, muitas vezes ciente do que ocorre, ainda assim não tem coragem de colocar limites claros para proteger os seus filhos ou abandonar a família. A causa da desistência de si mesmo se deve a conceitos culturais e também por conta do resultado que os acuamentos emocionais no ambiente tóxico promovem no universo psíquico.

Por mais inacreditável que possa parecer, algumas vezes, a mãe é quem acaba pedindo a separação deste pai, acusando-o de inútil, invasivo e impondo outras desqualificações, quando este tenta cuidar da família ao seu modo ou mesmo proteger os filhos.
Nesta trama sem saída, se o marido se cala, ele é acusado de inútil e omisso; se reivindica, é acusado de sem jeito, agressivo, egoísta, desumano e desrespeitador da autoridade materna.

Estas esposas muitas vezes avisam que vão se separar apenas para acuar mais ainda e dar uma espécie de "corretivo" no marido, imaginando que com isso a submissão poderá aumentar e elas assim ganhariam mais espaço ficando mais autoritárias e mais magnânimas em seus delírios de grandeza.
Se nesta fatídica oportunidade, o cônjuge estiver minimamente desperto, ele vai aproveitar para cair fora de vez, apostando que os filhos reconheçam a vida que têm e que quem sabe, a que podem ter.

Nesses momentos, porém, mais uma guerra costuma ser armada e essas adoecidas mães farão de tudo para minar ainda mais a imagem destes pais. A tentativa é a de fortalecer a aliança de submissão dos filhos aumentando o medo do desamparo e da rejeição.

As historias que tenho em consultório mostram que por mais que essas mães tentem denegrir a imagem do pai, a verdade de algum modo sempre aparece.
Certa vez, atendi um filho único que ficou grande parte de sua vida distante do pai, que havia se separado da sua mãe. Tinha lembranças das inúmeras vezes em que o esperou para passear e que ele não aparecia, tinha lembranças da sua mãe falando mal dele, dizendo que ele era assim mesmo, também tinha uma lembrança específica de um dia em que o pai veio visitá-lo e trouxe um colar de presente para a sua mãe, provavelmente numa tentativa de reconciliação e que ela não aceitou. Poucas vezes o viu depois disto, mas apesar das falas da mãe e da dor de não tê-lo mais encontrado, lembrava do pai sempre sendo afetivo com ele. Já adulto, casado e com filhos, a sua mãe adoeceu gravemente e, sendo ele o seu único filho, largou tudo passando um bom tempo no hospital com ela até que, inusitadamente, o seu pai aparece, olha para e diz, filho você está cansado, vejo no seu olhar, vá para casa, tome um banho e a partir de agora este posto é meu. Depois de um tempo, sua mãe falece e realmente amoleceu antes de partir permitindo-se ser cuidada. O meu paciente também pode entender toda a trama que houve, além da que ele próprio havia passado com a mãe.

Os filhos que vêm fazer terapia conseguem discernir fazendo as reparações necessárias. Cuidando de si mesmos porque também são vítimas que sofreram bastante.

Quanto mais despertos, melhor!

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Sobre o autor
silvia
Silvia Malamud é colaboradora do Site desde 2000. Psicóloga Clínica, Terapias Breves, Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand PhD/EUA.
Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
Tel. (11) 99938.3142 - deixar recado.
Autora dos Livros: Sequestradores de almas - Guia de Sobrevivência e Projeto Secreto Universos

Email: [email protected]
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